sexta-feira, 4 de março de 2022

IMPOSTO DE RENDA 2022 AMPLIA ACESSO À DECLARAÇÃO PRÉ-PREENCHIDA; ENTENDA

Imposto de Renda 2022 amplia acesso à declaração pré-preenchida; ENTENDA

Imposto de Renda 2022 terá o acesso ampliado à declaração pré-preenchida por meio de todas as plataformas disponíveis. Nessa modalidade, o contribuinte já inicia a declaração com várias informações úteis que facilitam o preenchimento, sem necessidade de digitá-las. 

O período de entrega da declaração do IR 2022 começa na próxima segunda-feira, 7 de março, e vai até 29 de abril. A expectativa da Receita Federal é que 34,1 milhões de declarações sejam enviadas até o fim do prazo.

No entanto, a declaração pré-preenchida só estará disponível a partir de 15 de março. Para utilizá-la, o contribuinte deverá ter conta gov.br nos níveis ouro ou prata, que demandam mais autenticações como reconhecimento facial e autorização via aplicativo.

A modalidade foi criada em 2014, mas só agora será disponibilizada em todas as plataformas. No ano passado, o serviço registrou mais de 10 milhões de declarantes, o que equivale a 32% do total de declarações.

O acesso será possível em todas as formas de preenchimento disponíveis: online, no portal e-CAC; no computador, com o programa do IR; e em dispositivos móveis, com o app Meu Imposto de Renda.

A declaração pré-preenchida traz informações sobre rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais e que são alimentadas diretamente no PGD IRPF 2022 (Programa Gerador da Declaração), sem a necessidade de digitação. É de responsabilidade do contribuinte a verificação da correção de todos os dados pré-preenchidos na declaração, e ele deve realizar as alterações, inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso.

O serviço traz dados como:

• Gastos com assistências médica e odontológica;
• Internações;
• Pagamentos efetuados com despesas de saúde;
• Reembolsos;
• Rendimentos exclusivos;
• Rendimentos isentos; 
• Rendimentos tributáveis. 

Quais as fontes dos dados?


• Das fontes pagadoras através da Dirf (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte), inclusive dados financeiros; 
• Das pessoas jurídicas do ramo de imóveis através da Dimob (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias); 
• Das pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde através da Dmed (Declaração de Serviços Médicos ); 
• Da própria declaração IRPF do contribuinte, do ano calendário anterior.

A declaração pré-preenchida recupera as informações prestadas no Carnê-Leão Web pelos
profissionais obrigados ao recolhimento mensal.

• Para o próprio profissional que informou no Carnê-Leão Web
Rendimentos recebidos – para a ficha rendimentos

• Para os clientes desse profissional (seja titular ou dependente)
Pagamentos efetuados – para ficha de pagamentos,

COM: ASCOM/UOL/TBN

OMS AUTORIZA PRIMEIRO TRATAMENTO ORAL CONTRA COVID; O QUE MONULPIRAVIR?

 

OMS autoriza primeiro tratamento oral contra a Covid


No começo deste mês, o Reino Unido tornou-se o primeiro país a aprovar o antiviral contra a Covid-19. Desenvolvido pela farmacêutica norte-americana MSD (Merck), o molnupiravir é o primeiro medicamento oral para pacientes com o vírus em quadros de leve a moderado não hospitalizados e que promete mudar o tratamento para pessoas imunossuprimidas ou com comorbidades. Estudos também avaliam o uso da pílula para a prevenção da doença.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também aprovou recentemente o uso de emergência do antiviral molnupiravir para a Covid-19. Entretanto, cada estado-membro da União Europeia vai decidir sobre o seu uso ou não.

Em paralelo, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, também analisa um pedido de uso emergencial do medicamento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não tinha recebido nenhum pedido para a análise do uso deste antiviral no Brasil.

No Brasil

A Anvisa se reuniu com a MSD recentemente para coletar os dados técnicos que podem encaminhar o uso emergencial do medicamento contra a Covid-19, segundo o site do Ministério da Saúde.

A próxima fase é a apresentação formal do pedido, que passa a depender do laboratório e não tem uma data definida para acontecer. Depois de apresentadas todas as informações de forma oficial pelo laboratório, a Anvisa começa seu processo de avaliação para uso do medicamento.

A Fiocruz começou a procurar voluntários para testar o medicamento no Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a agência Unitaid, divulgou os progressos realizados para facilitar o acesso ao molnupiravir, que apontam que o medicamento antiviral oral experimental pode reduzir o risco de hospitalização em pacientes com quadros de leve a moderado pela metade.

Afinal, o que é o molnupiravir?

O molnupiravir é um antiviral que age no organismo, atrapalhando a replicação viral. Segundo os estudos, o medicamento é mais eficaz se tomado nos estágios iniciais da infecção, reduzindo pela metade o risco de óbito e hospitalização de pacientes com alguma probabilidade de desenvolverem quadros graves da enfermidade.

Para alcançar esse objetivo, o uso recomendado da medicação é de cinco dias, logo no início da infecção, com o tratamento sendo realizado em casa, sob prescrição médica.

A substância pode ser utilizada para tratar adultos com Covid-19 que não necessitam de oxigênio suplementar, mas que apresentam risco acrescido de ter a doença na sua forma grave, como possuir idade avançada, obesidade, diabetes mellitus e doença cardíaca.

O antiviral não é recomendado durante a gravidez e em mulheres que podem engravidar e não usam métodos contraceptivos eficazes. A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento e até quatro dias depois.

De acordo com a MSD, os eventos adversos foram semelhantes para pacientes com molunpiravir e placebo, mas os detalhes não foram divulgados.

Os dados revelados mostram que o molnupiravir não é capaz de induzir mudanças genéticas nas células humanas, mas os homens inscritos em seus testes devem se abster de relações heterossexuais ou concordar em usar métodos contraceptivos. Mulheres em idade fértil não podem estar grávidas e também devem usar métodos anticoncepcionais.

A empresa farmacêutica responsável espera produzir 10 milhões de cursos (período de tratamento contínuo com o uso do medicamento) até o final do ano, com mais doses chegando em 2022.

Versões genéricas´

Com o avanço nas negociações, a expectativa é que versões genéricas cheguem a mais pacientes. A entidade afirma que o tempo de aprovação em 105 países de baixa e média renda também deve ser encurtado.

A OMS fez novo apelo para que a indústria considere patentes abertas e transparentes, garantindo amplo fornecimento e acessibilidade para o gerenciamento efetivo da doença.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED...
 Veja mais em  - Portal PEBMED: https://pebmed.com.br/molnupiravir-o-que-sabemos-sobre-o-novo-tratamento-contra-a-covid-19/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytextA Organização Mundial da Saúde (OMS)anunciou a inclusão do antiviral molnupiravir na lista de tratamentos recomendados contra a covid-19. 

Trata-se do primeiro medicamento oral recomendado pelo órgão contra a doença.

Contudo, a OMS recomendou o uso do remédio apenas para pacientes com covid-19 que não desenvolveram formas graves da doença e que correm um alto risco de hospitalização — não vacinados, idosos, pacientes com deficiências imunológicas ou com doenças crônicas.

A agência governamental desaconselhou o uso entre crianças e mulheres grávidas ou lactantes. 

Produzido pela empresa alemã Merck, o comprimido tem de ser usado quando os primeiros sintomas do coronavírus aparecerem.

A OMS recomendou o consumo de quatro comprimidos (800 miligramas) do medicamento duas vezes por dia durante cinco dias, tempo habitual para o desenvolvimento dos sintomas da doença.

As recomendações são baseadas em dados obtidos de seis ensaios aleatórios envolvendo quase 5 mil pacientes. O tratamento de cinco dias com molnupiravir pode custar cerca de US$ 700 (cerca de R$ 3,5 mil).

CRÉDITOS: PEBMED

INTELIGÊNCIA SOCIAL; O VALOR DE ENSINAR AS CRIANÇAS A DIZER 'OBRIGADO', 'POR FAVOR' E 'BOM DIA'

 "Sou da geração da gratidão, do por favor e do bom dia, da mesma que não duvida em dizer “sinto muito” quando é necessário. Qualidades, todas estas, que não hesito em transmitir aos meus filhos, porque educar com respeito é educar com amor.

"O sistema neurológico de uma criança está programado geneticamente para se “conectar” com os outros.


O valor de ensinar as crianças a dizer "obrigado", "por favor" e "bom dia"

Transmitir às crianças a importância de agradecer, de pedir “por favor” ou de dizer “bom dia” ou “boa tarde” vai muito além de um simples gesto de educação. Estamos investindo em emoções, em valores sociais, e acima de tudo, em reciprocidade.

Para criar uma sociedade baseada no respeito mútuo, onde o civismo e a consideração façam a diferença, é preciso investir nesses pequenos hábitos sociais aos quais às vezes não damos a devida importância. Porque a convivência se baseia, no fim das contas, na harmonia, nessas interações de qualidade baseadas na tolerância onde todas as crianças deveriam ser iniciadas logo cedo.

Sou da geração da gratidão, do por favor e do bom dia, da mesma que não duvida em dizer “sinto muito” quando é necessário. Qualidades, todas estas, que não hesito em transmitir aos meus filhos, porque educar com respeito é educar com amor.

Um erro que muitas famílias costumam cometer é iniciar os filhos nestas normas de cortesia quando os pequenos começam a falar. Mas é interessante saber que o “cérebro social” de um bebê é extremamente receptivo a qualquer estímulo, ao tom de voz, e mesmo às expressões faciais de seu pai e sua mãe.

Acredite se quiser, podemos educar uma criança nos seus valores desde muito cedo. Suas aptidões são inesperadas e precisamos aproveitar essa grande sensibilidade em matéria emocional.

brincar-com-filhos

Agradecer, uma arma de poder no cérebro das crianças

Os neurocientistas nos lembram que o sistema neurológico de uma criança está programado geneticamente para se “conectar” com os outros. É uma coisa mágica e intensa. Mesmo as atividades mais rotineiras, como alimentá-los, dar banho ou vesti-los, se transformam em informações cerebrais que configuram de um jeito ou de outro a resposta emocional que essa criança terá no futuro.

O desenho dos nossos cérebros, por assim dizer, nos faz sentir implacavelmente atraídos por outros cérebros, pelas interações de todos aqueles que estão ao nosso redor. Portanto, uma criança que é tratada com respeito e que desde cedo se acostumou a ouvir a palavra “obrigado” rapidamente entenderá que está diante de um estímulo positivo poderoso e que, sem dúvida, irá desvendando pouco a pouco.

É muito provável que uma criança de 3 anos a quem seu pai e sua mãe ensinaram a dizer obrigado, por favor ou bom dia, não compreenda muito bem ainda o valor da reciprocidade e do respeito que essas palavras impregnam. Mas tudo isso cria uma base apropriada e maravilhosa para que depois as raízes cresçam fortes e profundas.

No fim das contas, a idade mágica compreendida entre os 2 e 7 anos é a que Piaget denominava como “estádio de inteligência intuitiva”. É aqui onde os pequenos, apesar de estarem sujeitos ao mundo dos adultos, irão despertando progressivamente o sentido do respeito, intuindo esse universo que vai mais além das próprias necessidades para descobrir a empatia, o sentido de justiça e, obviamente, a reciprocidade.

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A reciprocidade, um valor social de peso

Quando uma criança descobre finalmente o que acontece nos seus contextos mais próximos quando pede coisas com um ‘por favor‘ e as conclui com um ‘obrigado’, nada mais será igual. Até o momento, ela o realizava como uma norma social preestabelecida pelos adultos, uma coisa que lhe trazia incentivos positivos pelo seu bom comportamento.

Contudo, cedo ou tarde ela experimentará o autêntico efeito de tratar com respeito a um par, e como essa ação se reverte, por sua vez, nela mesma. É uma coisa excepcional, uma conduta que a acompanhará para sempre, porque tratar com respeito aos outros é, além disso, respeitar a si mesmo, é agir de acordo com certos valores e um sentido de convivência baseado em um pilar social e emocional de peso: a reciprocidade.

criancas-brincando

Será por volta dos 7 anos de idade que nossos filhos descobrirão plenamente todos estes valores que perfazem a sua inteligência social. É nesse instante que começam a dar mais importância à amizade, a saber o que implica essa responsabilidade afetiva, a entender e desfrutar da colaboração, atendendo necessidades alheias e interesses diferentes dos próprios.

É, sem dúvida, uma idade maravilhosa onde todo adulto precisa ter em mente um aspecto fundamental: precisamos continuar sendo o melhor exemplo para nossos filhos. Agora, a pergunta mágica é a seguinte… De que forma vamos envolvendo nossos filhos desde cedo nessas normas de convivência, de respeito e de cortesia?

Sugerimos algumas simples estratégias para que você tenha em mente, algumas orientações básicas para apontar às crianças em cada situação:

  • Você chegou ou entrou em algum lugar? Cumprimente, diga bom dia ou boa tarde.
  • Você vai embora? Diga adeus.
  • Recebeu um favor? Alguém lhe deu alguma coisa? Agradeça.
  • Alguém falou com você? Responda.
  • Alguém está falando com você? Ouça.
  • Você tem alguma coisa? Compartilhe.
  • Você não tem? Não inveje.
  • Você tem alguma coisa que não é sua? Devolva-a.
  • Você quer que façam alguma coisa por você? Peça por favor.
  • Você se enganou? Peça desculpas.

São regras simples que, sem sombra de dúvida, serão de grande ajuda no dia a dia de qualquer família.

CRÉDITOS: A MENTE É MARAVILHOSA

VARGINHA EDUCATION: CIDADE É REFERÊNCIA DO GOOGLE FOR EDUCATION BRASIL

A tecnologia está transformando o ensino e a aprendizagem. Ela ajuda os alunos a aprender no próprio ritmo e a se tornarem solucionadores de problemas criativos e colaboradores eficientes. Mas para aqueles que não têm acesso, as desigualdades na aprendizagem estão apenas aumentando. E para atenuar essas desigualdades, a Prefeitura de Varginha vem investindo na aquisição de equipamentos tecnológicos e formação de professores.

E numa evolução constante, necessária nos processos educacionais para acompanhar as transformações da sociedade, a Secretária Municipal de Educação de Varginha, Gleicione Dias Bagne de Souza,  juntamente com a Diretora do Departamento de Ensino, Juliana de Paula Mendonça, a Coordenadora Pedagógica, Vânia de Fátima Flores Paiva e a Técnica de Informática Gabrielle Luiz participaram no dia 24 de fevereiro de uma reunião on-line com a equipe do Google for Education, Larissa Gomes Silveira e Fábio Nakano, dos escritórios Google de Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente, com o objetivo de maximizar a utilização dos recursos tecnológicos adquiridos pela Prefeitura de Varginha.

Em 2021, a Prefeitura de Varginha adquiriu chromebooks e tablets com internet que serão utilizados por estudantes da Educação Infantil/Pré-escola e pelos alunos do Ensino Fundamental I e II visando o desenvolvimento da Cultura digital, competência geral da BNCC, estabelecida pelo MEC.

A reunião realizada traz novas possibilidades de aperfeiçoamento docente e para a gestão na adoção dos equipamentos adquiridos e projeta Varginha para ser referência nacional no uso de ferramentas digitais na educação.




UNIS PESQUISA: CESTA BÁSICA VOLTA A SUBIR EM VARGINHA

 

 

Valor da cesta básica volta a subir em Varginha neste mês de março
 


Depois da estabilidade ocorrida em fevereiro, o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL, apresentou alta de 3,88% neste mês de março. A elevação nos preços de produtos como tomate, leite integral, óleo de soja e arroz foi preponderante para esse resultado.

Considerando o intervalo de 12 meses, entre março de 2021 e março de 2022, a cesta básica em Varginha acumula forte alta de 28,41%. A pesquisa é realizada nos principais supermercados da cidade por meio do levantamento dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos e utilizando a metodologia adotada nacionalmente pelo DIEESE.

Neste mês de março o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha é de R$594,09, correspondendo a 52,99% do salário mínimo líquido. Este é o maior valor absoluto para a cesta básica na cidade desde o início da pesquisa em maio de 2018. O trabalhador varginhense que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 107 horas e 50 minutos no mês para adquirir essa cesta de produtos.

Comparando os preços de março com o mês de fevereiro, é possível verificar que, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha, nove tiveram alta nos preços médios: tomate, leite integral, óleo de soja, arroz, café em pó, feijão carioquinha, manteiga, carne bovina e farinha de trigo. Quatro produtos apresentaram quedas em seus preços médios: batata, pão francês, banana e açúcar refinado.

Foi possível notar nesta pesquisa que a dinâmica dos preços foi influenciada por questões como fatores climáticos, demanda externa, perspectivas em relação às safras que estão se iniciando e, em menor medida ainda, impactos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Influências maiores deste conflito poderão ser sentidas nos próximos meses a depender da extensão temporal do mesmo. Produtos que estavam em queda ou mais estáveis como arroz e óleo de soja voltaram a ter elevações consideráveis. Este novo aumento no valor da cesta básica aprofunda ainda mais o impacto no orçamento das famílias, especialmente as de baixa renda, exigindo atenção das políticas públicas a fim de tentar minimizar esse problema.

A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.

Publicação: http://noticias.unis.edu.br/valor-da-cesta-basica-volta-a-subir-em-varginha-neste-mes-de-marco/

ESCUTA: JOVEM SURDA VIRALIZA AO CONTAR COMO É OUVIR MÚSICA PELA PRIMEIRA VEZ

Jovem surda viraliza ao contar como é ouvir música pela primeira vez

Isabela Coelho contou no Twitter quais foram os sons que mais agradaram ou desagradaram após implante coclear. ‘Starman’, de David Bowie, foi a mais próxima de uma ‘favorita’

Você já parou para pensar sobre o que te faz gostar das suas músicas favoritas? É só uma questão de “qualidade” do som, ou o prazer está mais relacionado ao conjunto de experiências sociais a que as músicas remetem? Essa foi uma das discussões que surgiram após a jovem surda Isabela Coelho “viralizar” nas redes sociais com o relato de como foi ouvir músicas pela primeira vez, aos 30 anos. 

A analista de qualidade de software decidiu criar a sequência de posts no Twitter para compartilhar com seus amigos como estava sendo o processo de adaptação do implante coclear (um aparelho auditivo), feito há três semanas. Mas ela não esperava que tivesse tanto alcance.

“Fiz a thread para os meus seguidores, que me pediram para relatar a experiência de músicas que nunca ouvi na vida. Eu imaginei que teria um pequeno alcance, mas não a esse ponto de ter tantos compartilhamentos e tantas curtidas. Realmente fiquei impressionada”, contou Isabela ao g1.

Algumas pessoas ficaram decepcionadas, porque as primeiras impressões sobre artistas consagrados como Bob Dylan e Pink Floyd não foram as melhores. Ela explicou, no entanto, que sua percepção pode mudar ao longo do tempo, já que o treino auditivo é um processo de aprendizagem. 

“Vários sons podem ser estranhos nessa primeira fase do implante coclear, e o motivo é que o cérebro está aprendendo a ouvir, reconhecendo novos sons. Aos poucos, o cérebro vai assimilando, e quando vem a identificação, melhora. É como uma bagunça no seu quarto. Quando você procura alguma coisa que precisa e não acha no meio dessa bagunça”, diz.

Isabela também consultou um amigo musicista para tentar entender se havia uma razão técnica para alguns sons serem mais agradáveis para ela do que outros. 

“Estou entendendo que quanto mais agudo, pior para mim. Me dou melhor com grave. Procurei um amigo que poderia entender melhor quais os meus incômodos, e fomos descobrindo. Como por exemplo: eu falava que tal minuto do vídeo que me incomodou muito, e ele disse que era um solo de guitarra.”

O incômodo com os agudos virou até “trolagem” de um amigo, que enviou o famoso falsete da MC Melody para saber a sua opinião.

Já Starman, de David Bowie, soou melhor aos ouvidos da Isabela. Embora ela ainda não consiga interpretar o que ele canta, ela afirma que consegue distinguir a voz do cantor da melodia dos instrumentos.

“AINDA não tenho uma [música] favorita, mas a que chega perto disso é Starman – David Bowie. É um som bem limpo e o ritmo é bem agradável de ouvir. Talvez tenha sido esse o objetivo do David Bowie”, afirma. 

“Por incrível que pareça, eu gostei de ouvir Vintage Culture. Muitos podem não entender por ser eletrônica, mas é justamente na eletrônica que é grave e há um padrão. É diferente de músicas cujos solos isolados, como solo de guitarra, são bastante agudos e se tornam desagradáveis para ouvir.”

POR: CORREIO BRASILIENSE