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28/03/2025 | 3 min de leitura
O empresário Bill Gates previu que os avanços na inteligência artificial vão reduzir significativamente o papel da humanidade em muitas tarefas tradicionais. Conforme o bilionário, em menos de dez anos, as mudanças devem afetar diversos segmentos, como medicina e educação, resultando, inclusive, na substituição de médicos e professores.
Durante uma entrevista recente com o comediante Jimmy
Fallon no “The Tonight Show” da NBC, o cofundador da Microsoft descreveu um
futuro em que os humanos não são mais necessários “para a maioria das coisas”.
Isso porque a tecnologia de IA executará prontamente tarefas que ainda exigem
habilidades humanas especializadas.
Gates: mudanças profundas e assustadoras
Conforme reportagem do jornal norte-americano New York Post, hoje, áreas como
medicina e educação ainda dependem de “um grande médico” ou “um grande
professor”. Mas tudo deve mudar. “É muito profundo e até um pouco assustador,
porque está acontecendo muito rápido, e não há um limite”, disse Gates.
No momento, há um debate sobre os papéis futuros que os
humanos vão desempenhar em uma sociedade movida por IA. Enquanto alguns
analistas sugerem que a ferramenta é um apoio principalmente à produtividade e
à geração de oportunidades econômicas, outras correntes expressam receio quanto
à estabilidade do emprego.
O CEO da Microsoft AI, Mustafa Suleyman, acredita que a
transformação do trabalho pela IA terá um impacto “enormemente
desestabilizador”. Em seu livro “The Coming Wave”, Suleyman escreve: “Essas
ferramentas aumentarão apenas temporariamente a inteligência humana. Elas nos
tornarão mais inteligentes e eficientes por um tempo e desbloquearão enormes
quantidades de crescimento econômico, mas estão fundamentalmente substituindo o
trabalho”.
Apesar de reconhecer potenciais interrupções, Gates
continua otimista sobre as contribuições positivas da IA, incluindo avanços em
tratamentos médicos, soluções climáticas e educação generalizada. No entanto,
ele reconhece que certas atividades sempre permanecerão específicas do ser
humano.
Fonte: Revista Oeste