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24/03/2025 | 4 min de leitura
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) concluiu a
investigação contra Ana Carolina Brites, de 27 anos, acusada de se passar por
biomédica e esteticista. A suspeita foi indiciada por realizar procedimentos
estéticos ilegais, incluindo preenchimentos labiais, que resultaram em
complicações graves para várias pacientes.
As investigações tiveram início em setembro de 2024, após
quatro mulheres relatarem reações adversas severas aos procedimentos realizados
pela suspeita em um espaço de coworking em Campo Grande (MS). As vítimas, que
acreditavam estar sob os cuidados de uma profissional qualificada, acabaram
necessitando de atendimento médico emergencial e, em alguns casos, internação.
Quais foram as complicações enfrentadas pelas vítimas?
As complicações enfrentadas pelas pacientes foram significativas. Em um dos
casos mais graves, uma mulher precisou passar por uma traqueostomia devido à
severidade da reação alérgica, resultando em uma deformidade permanente. Tais
incidentes destacam os riscos associados a procedimentos estéticos realizados
por indivíduos não qualificados.
A investigada foi formalmente indiciada por lesão corporal
de natureza gravíssima, uso de produtos medicinais sem registro na Anvisa,
indução do consumidor a erro e uso de documento falso. Estes crimes refletem a
gravidade das ações cometidas e o impacto negativo na saúde das vítimas.
Quais produtos ilegais foram apreendidos?
Durante a investigação, a polícia apreendeu na residência de Ana Carolina
Brites diversos medicamentos de uso estético. Esses produtos, que deveriam ser
manuseados exclusivamente por profissionais formados em medicina, odontologia
ou biomedicina, foram importados ilegalmente e não possuíam registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além dos produtos ilegais, um diploma de estética,
supostamente emitido por uma faculdade de Campo Grande, foi encontrado. Laudos
periciais confirmaram que o documento era falso, evidenciando a tentativa da
suspeita de legitimar sua atuação na área estética.
Quais são as possíveis consequências legais para a falsa biomédica?
A Polícia Civil obteve uma decisão judicial que proíbe Ana Carolina Brites de
continuar atuando na área estética. O Ministério Público agora avaliará os
crimes pelos quais ela será formalmente denunciada. Caso seja condenada, a soma
das penas pode ultrapassar 25 anos de reclusão, refletindo a seriedade das
acusações.
Este caso serve como um alerta sobre a importância de
verificar as credenciais de profissionais da área estética e os riscos
associados ao uso de produtos não regulamentados. A fiscalização rigorosa e a
conscientização pública são essenciais para prevenir incidentes semelhantes no
futuro.
Fonte: TBN