Bebida pode ser benéfica para a saúde, no entanto, dependendo da forma que é consumido, o efeito é contrário
Foto: John Schnobrich/Unsplash
04/08/2023
Tomar café de barriga vazia faz mal para o estômago
O café é a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros, atrás apenas da água.
Ao longo dos anos, a bebida foi associada a benefícios de prejuízos à saúde. O Dr. Roberto Kalil desmentiu a crença no CNN Sinais Vitais e afirmou que a ingestão moderada de cafeína não faz mal à saúde.
“O adulto sem problema de saúde pode consumir até quatro xícaras de café coado por dia. O equivalente a, no máximo, 400 mg de cafeína.”
Os benefícios do café para o intestino
O gastro cirurgião e endoscopista Eduardo Grecco explicou à CNN que o consumo moderado da cafeína tem dois benefícios para o intestino:
- ajuda na melhora das bactérias que estão no intestino, ou seja, melhora o funcionamento da flora intestinal
- é um relaxante da musculatura intestinal, ajudando pacientes com constipação
Portanto, tomar café pode ser benéfico para a saúde. No entanto, dependendo da forma que é consumido, o efeito é contrário.
Os malefícios do café para o intestino
Grecco explicou que a bebida é um irritante gástrico, principalmente se for consumido de estômago vazio.
“A cafeína pode ser agressiva ao estômago, por isso, o ideal é que você não ingira o café com ele vazio. Com o estômago vazio, a bebida vai direto na mucosa e a prejudica”, apontou.
A mucosa é a membrana que reveste a parede interna do estômago e produz um muco alcalino que impede que as enzimas da digestão e o ácido clorídrico, que formam o suco gástrico, afetem o órgão.
“O nosso estômago tem um suco gástrico, então é um ambiente ácido. A cafeína aumenta essa acidez, produzindo uma secreção mais ácida, mas sem alimento, sem o produto para ser digerido – esse que é o problema. Tomando o café com o alimento no estômago, ele está protegido.”
Segundo o gastro cirurgião, o consumo da cafeína de estômago vazio pode levar a um quadro de gastrite – inflamação no revestimento do estômago, podendo ser aguda ou crônica.
FONTE: TBN