Operação ocorre em águas internacionais, não se configurando como intervencionismo
15/08/2025 - 3 minutos para saber
Presidente Donald Trump embarca no Air Force
One no Aeroporto Internacional Lehigh Valley, Pensilvânia — Foto: Haiyun
Jiang/The New York Times
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A Marinha dos Estados Unidos começou a mobilizar mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para as águas da América Latina e do Caribe nesta sexta-feira como parte de um esforço intensificado para combater cartéis de drogas, informou a CNN, com base em informações de duas autoridades de defesa americanas. A movimentação ocorre no momento em que a presidente do México, Claudia Sheinbaum, está em viagem para a Guatemala. Segundo ela, porém, a operação ocorre em águas internacionais, não se configurando como intervencionismo.
O
contingente é formado por militares do Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima
(ARG, na sigla em inglês) e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais
para o Comando Sul dos EUA. Sua movimentação faz parte de um reposicionamento
mais amplo de ativos militares para a área de responsabilidade do Comando Sul
dos EUA (Southcom), que vem sendo realizado nas últimas três semanas, disse uma
das autoridades de defesa.
Um
submarino de ataque com propulsão nuclear, aeronaves de reconhecimento P8
Poseidon adicionais, vários contratorpedeiros e um cruzador de mísseis guiados
também estão sendo alocados para o Comando Sul dos EUA como parte da missão,
segundo as fontes da CNN.
Segundo
a imprensa americana, o destacamento americano teria como objetivo combater o
tráfico de drogas e pressionar o governo venezuelano. Uma terceira pessoa
familiarizada com o assunto especificou à CNN que os recursos adicionais visam
"enfrentar ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de organizações
narcoterroristas especialmente designadas na região".
Um
oficial da Marinha disse à CNN que a Unidade Expedicionária de Fuzileiros
Navais "está pronta para executar ordens legais e apoiar os comandantes
combatentes nas necessidades que lhes forem solicitadas".
- Espionagem: CIA
conduz missões secretas com drones sobre o México para espionar cartéis
Na
semana passada, o presidente Donald
Trump assinou secretamente uma diretiva ao Pentágono para começar
a usar força militar contra cartéis de drogas latino-americanos classificados
por seu governo como organizações terroristas. A ordem fornece uma base oficial
para a possibilidade de operações militares diretas no mar e em solo
estrangeiro contra cartéis, levantando questões jurídicas.
A
decisão de envolver as Forças Armadas na questão é a medida mais agressiva até
agora na campanha crescente do governo contra os cartéis. Isso sinaliza a
disposição contínua de Trump de usar as forças militares para cumprir o que tem
sido considerado principalmente uma responsabilidade das autoridades policiais:
coibir o fluxo de fentanil e outras drogas ilegais.
Não é
a primeira vez, porém, que os EUA realizam mobilizações perto da fronteira
marítima com o México. Em março, as forças americanas enviaram
contratorpedeiros para áreas ao redor da fronteira entre os países para apoiar
a missão de segurança de fronteiro do Comando Norte dos EUA e reforças a
presença dos EUA no hemisfério ocidental.
—
Nossa opinião sempre será a autodeterminação dos povos. Não somente no caso do
México, mas no caso de todos os países da América e do Caribe — afirmou
Sheinbaum durante sua coletiva de imprensa matinal. — Colaboramos, coordenamos,
há instâncias internacionais para resolver conflitos, mas nunca o
intervencionismo.
Questionada
sobre as declarações do presidente americano, Donald Trump, no sentido de que
México e Canadá fazem o que Washington pede, afirmou:
— O presidente Trump tem uma forma de falar, mas (...) o único que manda no México é o povo, tão simples e tão importante assim.
Com agências internacionais — Washington - G1