Em evento na capital de Sergipe, Aracaju, e
com a participação do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o
empresário Sadi Gitz se matou ao atirar contra o próprio rosto nesta
quinta-feira (04/07/2019). Ele estava na plateia do simpósio sobre gás natural
– a conferência contava também com a presença do governador Belivaldo Chagas
Silva, parlamentares locais e empresários.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, Gitz era
dono de uma empresa de cerâmica que faliu – a Escurial. A informação é de que o
empreendimento trabalhava muito com gás. A empresa vinha enfrentando
dificuldades há algum tempo e atualmente está em recuperação judicial. “Ele
chegou ao evento e chamou o governador de mentiroso”, afirma a SSP.
Em nota, o Governo do Estado de Sergipe lamentou o ocorrido com o
empresário Sadi Gitz e informou que o Simpósio de Oportunidades para o Novo
Cenário do Gás Natural, com participação de cerca de 500 pessoas, está
cancelado.
O Instituto Médio Legal (IML) foi chamado para recolher o corpo do
empresário.
A crise da Escurial
Em 17 de maio deste ano, a Escurial anunciou o processo de hibernação do parque industrial. Em nota, a empresa culpou diretamente a Sergas pelo acontecimento, dizendo que “política de preços encontra-se abusiva”. Assim, afirmou a empresa, foram perdidos 600 empregos direto e indiretos.
Em 17 de maio deste ano, a Escurial anunciou o processo de hibernação do parque industrial. Em nota, a empresa culpou diretamente a Sergas pelo acontecimento, dizendo que “política de preços encontra-se abusiva”. Assim, afirmou a empresa, foram perdidos 600 empregos direto e indiretos.
Ainda na nota, a empresa diz que “o motivo determinante para essa decisão
foi o preço do gás cobrado pela Sergas, empresa do Governo do Estado de
Sergipe”. A Escurial também contestou judicialmente a Sergas pelo preço
abusivo, “inclusive com pedido de perdas e danos”.
A empresa lamentou as demissões e disse que “a perda de arrecadação de
tributos, redução de ambiente de negócios, são fatos que se sobrepõem a
qualquer discurso teórico-político. Nenhuma empresa ou empresário tem
satisfação em hibernar, mudar ou relocar uma Unidade, mas as condições
operacionais só existem se houver uma política real de fomento à atividade
produtiva”.
À época, o presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de
socorro (Assedis), Celso Horishi Hayasi, disse que o Brasil inteiro sofre com o
problema do gás natural. Segundo ele, a Cerâmica de Sergipe teve o fornecimento
cortado no dia 15, por isso deixou de operar.
No mesmo dia, a Sergás enviou uma rebatendo às críticas da Escurial e
afirmou que os gestores estavam devendo à Sergás.
Busque ajuda
A política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.
A política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a
público com frequência, para o ato não ser estimulado. O silêncio, porém,
camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva
essas pessoas a se matarem.
Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males
identificados pelos médicos em um potencial suicida – problemas que poderiam
ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de
Psiquiatria.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV)
pode ajudar você. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do
suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e
precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24
horas, todos os dias.