03/12/2024 | 3 min para saber
Se você é fã de café, já deve ter sentido o peso no bolso.
Nos supermercados, o preço da bebida subiu consideravelmente, refletindo uma tendência global.
Em março de 2024, o café arábica alcançou seu maior valor desde 1977, com alta de 70% em relação ao ano anterior.
O robusta, alternativa mais econômica, não ficou atrás: subiu 80% no mesmo período. Para muitos consumidores, a solução tem sido reduzir a quantidade comprada ou buscar substitutos.
Mas o que está por trás dessa disparada nos preços? O clima adverso é o grande vilão. O Brasil, maior produtor de café arábica no mundo, enfrentou a pior seca em 70 anos no segundo semestre de 2024, seguida por chuvas irregulares e até queimadas. Essas condições climáticas extremas destruíram plantações que levarão anos para se recuperar. “Os cafezais são sensíveis, e a recuperação é lenta. Enquanto isso, os preços continuam elevados”, explica o economista Robespierre do O’.
A situação não é exclusiva do Brasil. O Vietnã, líder na produção de robusta, sofreu com secas e chuvas intensas que comprometeram sua colheita. Outros países produtores, como Colômbia e Honduras, também enfrentam desafios climáticos, agravando o déficit global na oferta de café.
Para o consumidor, o momento é de adaptação. Reduzir o consumo, evitar desperdícios e pesquisar preços são algumas dicas para driblar o impacto no orçamento. Alternativas como chás também podem aliviar os gastos.
A previsão é de que os preços permaneçam altos até que os grandes produtores consigam estabilizar a produção. Enquanto isso, tanto agricultores quanto consumidores enfrentam os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelas pressões do mercado global.