Em uma iniciativa que mistura moda com diplomacia institucional, o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso,
anunciou nesta quinta-feira (6/2) o lançamento de gravatas e lenços
exclusivos do STF.
A medida visa retribuir os presentes recebidos pela
Corte, criando o que Barroso brincou de chamar de "departamento STF
Fashion". A ideia é oferecer esses itens personalizados como uma forma
de agradecimento às autoridades que visitam ou interagem com o tribunal.
A novidade foi recebida com um misto de humor e crítica nas redes
sociais, onde alguns usuários questionaram os custos associados a esta
nova empreitada, especialmente em um momento de austeridade econômica
para muitos brasileiros. No entanto, Barroso não detalhou os custos
envolvidos na produção desses artigos. A iniciativa reflete uma
tentativa de modernização e aproximação do STF com outras instituições,
embora também levante discussões sobre a adequação de tais gastos em uma
corte que frequentemente é alvo de debates sobre transparência e
eficiência.
Dados levantados pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, e
confirmados pelo Conexão Política dão conta de que mais de 700 clínicas
de diálise conveniadas do Sistema Único de Saúde (SUS), que atendem
pacientes com doença renal crônica, estão sem receber verbas do governo
federal desde dezembro do ano passado.
O atraso afeta o atendimento de
cerca de 110 mil pacientes com doença renal crônica em todo o país.
O
valor devido ultrapassa R$ 400 milhões, recursos que deveriam ter sido
transferidos a estados e municípios para custear o tratamento. O
pagamento do Fundo Nacional de Saúde geralmente ocorre em até 30 dias
após o fechamento do mês, seguido de um período adicional de 15 a 20
dias para que os valores cheguem às clínicas.
A situação é ainda
mais crítica porque a maioria desses estabelecimentos depende quase
exclusivamente da receita do SUS. Além disso, a tabela de valores
praticada pelo sistema público está defasada em aproximadamente 30% em
relação ao custo real da hemodiálise, segundo a Associação Brasileira
dos Centros de Diálise e Transplantes.
A entidade buscou
esclarecimentos com o Ministério da Saúde e foi informada de que o
problema decorre da implementação de um novo sistema de pagamento, que
teria gerado entraves burocráticos.
“O que mais nos espantou é
que não houve qualquer comunicado oficial de que haveria atraso no
pagamento. Os gestores das clínicas estão em desespero e a desinformação
só piora a situação”, afirmou o vice-presidente da associação, o
nefrologista Leonardo Barberes.
Em nota, o Ministério da Saúde
alegou que os recursos estão assegurados e que os repasses devem ser
concluídos até o fim da semana, ficando à disposição das secretarias
estaduais para encaminhamento às clínicas.
O Google extinguiu uma meta de contratação de grupos
sub-representados e vai revisar alguns de seus programas de diversidade,
equidade e inclusão (DEI), juntando-se a gigantes da tecnologia como
Meta e Amazon que estão eliminando políticas de representatividade.
A mudança foi anunciada nesta quarta-feira (5) em um email
enviado a funcionários que foi obtido pelo jornal The Wall Street
Journal.
Grandes empresas americanas estão extinguindo ou afrouxando suas
políticas de DEI em meio a um aumento da pressão conservadora com a
eleição de Donald Trump e na esteira da decisão de 2023 da Suprema Corte
de encerrar ações afirmativas em admissões universitárias.
A meta do Google de aumentar em 30% a proporção de minorias em
cargos de liderança foi adotada em 2020 em meio aos protestos sobre o
assassinato de George Floyd pela polícia.
No email, o gigante das buscas disse estar analisando decisões
judiciais recentes e medidas de Trump voltadas à restrição de programas
DEI no governo.
Segundo o Wall Street Journal, os resultados financeiros da
controladora Alphabet divulgados na terça (4) ainda retiraram um trecho
em que a empresa afirmava estar "comprometida em fazer da diversidade,
equidade e inclusão parte de tudo o que fazemos". A frase esteve
presente entre 2021 e 2024.
Relatório de diversidade de 2024 da empresa apontou que 5,7% de seus funcionários nos EUA eram negros e 7,5% eram latinos.
A empresa disse que vai continuar com grupos de recursos voltados
para funcionários sub-representados. "Continuaremos a investir em
estados por todo os EUA —e em muitos países no mundo—, mas no futuro não
teremos mais as metas de longo prazo," dizia o email.
Em dezembro, a Amazon anunciou a suspensão de programas
considerados datados. No mês seguinte, a Meta (dona do Facebook,
Instagram e WhatsApp) também reduziu seus esforços em DEI em meio a um
esforço maior de reconciliação com os conservadores. Também se juntaram
ao movimento empresas como Walmart, McDonald’s e Boeing.
"O
panorama legal e político acerca dos esforços pela diversidade,
equidade e inclusão nos EUA está mudado", afirmou na ocasião a
vice-presidente de recursos humanos da Meta, Janelle Gale, em um
comunicado interno visto pela agência de notícias Reuters.
Outras empresas, porém, têm resistido. Entre elas estão a Apple e
a gigante do varejo Costco. Ambas as empresas pediram aos seus
acionistas que rejeitassem proposta do think thank National Center for
Public Policy Research.
Médicos do Hospital Nossa Senhora do Pari, no Centro de São Paulo,
usam furadeiras domésticas em cirurgias ortopédicas. É o que mostram
vídeos aos quais a TV Globo teve acesso. Nas imagens, é possível ver as
furadeiras usadas pelos médicos com marcas de sangue e até com fios
desencapados.
A associação Beneficente Nossa Senhora do Pari foi
fundada em 2002 e é 100% credenciada pelo SUS para atendimentos
ortopédicos. De acordo com um funcionário que não quis se identificar, a
unidade usa as furadeiras em todos os procedimentos que exigem
perfuração óssea.
O uso de furadeiras domésticas em cirurgias é
proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2008. Na
nota técnica, emitida pelo órgão, o uso representa um grave risco para a
saúde e constitui infração sanitária por se tratar de produto sem
registro na Anvisa.
Estão enviando mensagens por zap pedindo dinheiro para familiares de pacientes internados no Hospital Bom Pastor - HBP.
O golpe funciona assim: a mensagem por zap pede dinheiro para procedimentos e medicamentos – inclusive citando o nome de remédio - como se fosse o médico que estivesse pedindo.
De acordo com a diretora do HBP, Rosana Morais, estão usando nome de médicos e a logomarca do Hospital Bom Pastor. “Já orientamos a família a procurar a polícia para as providências pertinentes”, explica Rosana.
O Hospital Bom Pastor não pede dinheiro porque o atendimento é 100% SUS.
Portanto, a população deve ficar atenta para não cair em golpes. Em caso de dúvidas, entre em contato com o HBP
A distribuidora de insumos Lavoro, uma das maiores em seu segmento no Brasil, anunciou o fechamento de 70 lojas no País.
A notícia foi dada pelo CEO da empresa, Ruy Cunha, logo após ele
anunciar um prejuízo de R$ 267 milhões no primeiro trimestre do ano
fiscal de 2025 (que começou em julho do ano passado).
Em Mato Grosso do Sul, a Lavoro tem quatro unidades, distribuídas nas
cidades de São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e na capital, Campo
Grande.
A Lavoro conta com 223 lojas físicas na América Latina. A maioria
delas (187) está em território brasileiro, e outras 36, na Colômbia.
A empresa não informou quais lojas e em quais localidades serão fechadas.
“O plano de otimização da estrutura de distribuição reduz a
densidade de lojas em alguns estados, porém mantém nossa capacidade de
cobertura de mercado praticamente inalterada. A redução do número de
lojas não implica em uma redução proporcional de vendedores, que, em sua
maioria, apenas terão sua base alterada, mantendo sua carteira de
clientes. Por outro lado, esperamos ganhos importantes em despesas e
capital de giro ao longo dos próximos meses. Esse movimento foi iniciado
há alguns meses e deve ser concluído no primeiro trimestre de 2025”,
disse o CEO da Lavoro durante teleconferência.
O
prejuízo anunciado pela Lavoro supera o resultado negativo que já havia
sido detectado no mesmo período do ano fiscal 2024, realizado em 2023:
R$ 71 milhões.
A receita consolidada da companhia caiu 13% em reais, totalizando
R$ 2,05 bilhões, reflexo da deflação dos preços de insumos no Brasil e
das dificuldades de liquidez enfrentadas pelo setor, segundo justificou a
companhia.
A empresa, que é listada na bolsa norte-americana Nasdaq, teve
uma queda ainda mais acentuada em dólares, de 24%, para US$ 370,2
milhões, afetada também pela desvalorização do real frente ao dólar.
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta
terça, 4, por unanimidade, não haver possibilidade do crime de injúria
racial contra uma pessoa branca, termo popularizado como ‘racismo
reverso‘.
Os ministros apreciaram o habeas corpus de um homem negro que foi
denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por ter enviado uma
mensagem a um homem italiano chamando-o de “escravista cabeça branca
europeia“, no contexto de que não teria sido remunerado por um serviço
prestado ao estrangeiro.
Segundo o relator do caso, ministro Og Fernandes, não é possível a “interpretação
de existência do crime de injúria racial contra pessoal, cuja pele seja
de cor branca, quando tal característica for o cerne da ofensa“.
“Concedo a ordem de ofício para afastar qualquer
interpretação que considere existente o crime de injúria racial quando
se tratar de ofensa dirigida a uma pessoa de pele de cor branca,
exclusivamente por esta condição, ficando anulados todos os atos
praticados no feito originário.”
Para o ministro, contudo, já existe uma tipificação de “injúria simples” para o caso em que uma pessoa branca for ofendida por uma negra.
“Especificamente, em face da injúria racial, caracterizada
pelo elemento de discriminação em exame, não se configura no caso em
apreço, sem prejuízo do exame de eventual ofensa à honra, desde que sob
adequada tipificação.”
No entendimento de Og Fernandes, a tipificação do crime de injúria racial mira a proteção de grupos historicamentediscriminados o que, segundo o ministro, não se aplicaria a população brasileira branca.
“Não é possível acreditar que a população brasileira branca
possa ser considerada como minoritária. Por conseguinte, não há como a
situação narrada nos autos corresponder ao crime de injúria racial, diz trecho da decisão.
No julgamento, o colegiado rechaçou a possibilidade de “racismo reverso” e anulou todos os atos processuais contra o homem negro.
O Projeto de Lei nº 244/2025 visa a proteger o sigilo bancário de
pessoas físicas e jurídicas e trava tentativas de taxar transações
bancárias via Pix. A proposta foi apresentada pelo senador Mecias de
Jesus (Republicanos/RR), nesta terça-feira, 4.
“O sigilo bancário e fiscal é um direito constitucional do
cidadão brasileiro, e não podemos permitir que normas infralegais violem
essa garantia”, afirmou Mecias. “Nosso projeto de lei protege o
contribuinte, assegura a privacidade de suas transações e impede que o
Pix seja usado como ferramenta de monitoramento indevido pelo Estado.”
O projeto é dividido em seis artigos, que estabelecem normativas para
garantir o sigilo bancário e fiscal aos brasileiros. A medida pretende
reforçar algumas garantias constitucionais relacionadas às transações
financeiras.
O Banco Central será responsável por criar mecanismos que impeçam
a disponibilização de dados financeiros e fiscais dos pagadores de
impostos por meio de “normas regulamentares abertas e sistêmicas”.
Segundo a assessoria jurídica do senador, a ideia é impedir que normas
sem clareza virem brechas para insegurança dos dados fiscais dos
brasileiros.
O descumprimento da lei vai acarretar a responsabilização
administrativa, civil e penal daquele que promover o vazamento das
informações. Além disso, a lei proíbe a criação de taxas ou impostos
sobre o Pix.
“Não
incide tributo, seja imposto, taxa ou contribuição, no uso do Pix para
transações financeiras realizadas por pessoas físicas e jurídicas”,
afirma o projeto.
Pix e dinheiro em espécie
O projeto também propõe igualar os pagamentos por meio de Pix à
vista ao pagamento em espécie. Dessa forma, os comerciantes não poderiam
cobrar valores diferentes para receber por Pix ou por dinheiro vivo.
“A simplicidade e a eficiência do Pix, enquanto instrumento de
democratização do acesso a serviços financeiros, justificam a proteção
contra a criação de barreiras fiscais que possam desincentivar sua
utilização”, diz Mecias, no documento.
O
projeto foi apresentado depois da repercussão negativa da mudança da
fiscalização pela Receita Federal sobre movimentações bancárias. Em
janeiro, o órgão havia anunciado que iria receber dados de operadoras de
cartão de crédito e instituições de pagamento sobre transações
financeiras acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e acima de R$ 15 mil
para empresas.
A Receita decidiu revogar a medida dias depois do anúncio, por causa da repercussão negativa nas redes sociais.
A Argentina anunciou a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS)
nesta quarta-feira (5). A informação foi confirmada pelo porta-voz da
presidência Manuel Adorni.
Segundo o porta-voz, o presidente argentino, Javier Milei,
instruiu o ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, a retirar
a participação da Argentina na OMS por conta de “diferenças sobre a
gestão sanitária” principalmente durante a pandemia da Covid-19. Adorni
disse que a organização e o ex-presidente, Alberto Fernández, levou o
país “ao maior confinamento da história da humanidade e à falta de
independência da influência política de alguns estados”.
Ele acrescentou que a Argentina não vai permitir que uma organização
internacional intervenha na soberania do país e muito menos na saúde.
Adorni também afirmou que o governo não recebe financiamento da
OMS para a gestão nacional da saúde e, portanto, a medida não representa
uma perda de fundos para o país nem afeta a qualidade dos serviços.
“Pelo contrário, dá ao país maior flexibilidade para implementar
políticas adaptadas ao contexto e aos interesses exigidos pela
Argentina, bem como maior disponibilidade de recursos, reafirmando nosso
caminho em direção a um país com soberania também em questões de
saúde”, disse ele.
A decisão da Argentina acontece após Donald Trump anunciar a saída dos Estados Unidos da organização.
A disparada no preço do café tradicional tem levado os supermercados a oferecerem novas opções aos consumidores. Entre elas, destaca-se o chamado “café fake”, um substituto que imita o sabor da bebida, mas sem utilizar os grãos convencionais.
A escassez global do café se deve, em parte, a dificuldades enfrentadas por grandes produtores, como Vietnã e Colômbia, que tiveram suas safras prejudicadas. Diante desse cenário, a indústria alimentícia tem buscado alternativas mais acessíveis para os consumidores, resultando no surgimento do chamado “café sabor tradicional”, disponível em diversas redes varejistas.
O que é o “café fake” e por que ele está ganhando espaço?
Diferente do café comum, o “café fake” é elaborado a partir de cascas e folhas da planta do café, sem conter os grãos que dão origem à bebida tradicional. Esse método de produção reduz significativamente o custo, permitindo que o produto seja vendido por cerca de R$ 13 o quilo, enquanto o café tradicional pode chegar a R$ 30.
A empresa Master Blends, uma das fabricantes dessa alternativa, afirma que não há enganação ao consumidor, pois as embalagens deixam claro que o produto não é café puro.
Como economizar e continuar consumindo café de qualidade?
Para quem prefere manter o consumo do café tradicional sem comprometer o orçamento, algumas estratégias podem ser úteis:
Comprar em maior quantidade para aproveitar preços reduzidos por volume;
Ficar atento a promoções em supermercados e feiras locais, onde produtores regionais costumam oferecer preços mais competitivos;
Optar pelo café em grãos e moê-lo em casa, o que pode garantir mais frescor e, em alguns casos, ser uma opção mais econômica.
Com essas medidas, é possível continuar apreciando o sabor autêntico do café sem gastar além do necessário.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que “a cocaína não é
pior que o uísque” e questionou a ilegalidade da droga. Segundo ele, a
proibição da substância se dá por razões geopolíticas.
“A cocaína é ilegal porque é feita na América Latina, não porque é
pior que o uísque. Os cientistas estão analisando isso ”, declarou
durante reunião do Conselho de Ministros, transmitida ao vivo pela
televisão colombiana na tarde de terça-feira, 4.
Petro ainda argumentou que drogas como o fentanil — responsável por
uma crise na saúde pública dos Estados Unidos — não enfrentam as mesmas
restrições.
Na análise de Petro, a liberação do consumo de cocaína poderia
ser um caminho para desmantelar o narcotráfico global, pois a
regulamentação da substância poderia gerar recursos que seriam
investidos em campanhas de conscientização de jovens colombianos.
A fala gerou resistência interna e externa. Na própria reunião,
ministros expressaram divergências em relação ao posicionamento do chefe
de Estado.