De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a demanda por
conexão de internet cresceu gradativamente a partir da segunda semana de março,
se estabilizando ao patamar acima de 40%, se comparado a dias antes da
pandemia, desde o início de abril e conforme confirmação de Leandro Santos,
gerente regional da MASTER INTERNET, empresa que atende 77 cidades no sul e
sudoeste de Minas: “Esse período de luta contra o COVID-19 tem sido um grande
desafio para a Master também, o novo cenário impulsionou
significativamente a procura por conexão de internet, exigindo mais empenho e
investimento na entrega dos serviços aos milhões de mineiros que
intercomunicamos.
O isolamento social evidenciou a internet como serviço essencial.
Com a população em casa, trabalho e estudos dependem diretamente de uma
boa conexão de internet, lembrando que a população tem utilizado a internet
como opção de divertimento e entretenimento, assistindo filmes, séries ou
jogando games.
São atividades de consumo intenso do recurso, onde verificamos o aumento
em torno de 40% na utilização de banda, fluxo esse, que mesmo momentaneamente
inesperado, foi atendido com tranquilidade...
Percebemos nossa responsabilidade aumentada ao sermos conceituados como um
"serviço essencial" durante a pandemia, isso pra nós, significa
permanecer 100% operacional em todas as atividades, nos adaptando a esses novos
desafios sem deixar nunca de priorizar a segurança de nossos colaboradores;
diariamente, distribuímos centenas de máscaras e itens de higienização para as
equipes, no mantendo muito atentos às orientações da OMS. Os times internos,
sejam administrativos ou de atendimento, foram realocados para estruturas
seguras com o devido espaçamento.
Leandro Santos gerencia operações da MASTER INTERNET na região
Todos os colaboradores enquadrados em algum grupo de risco, foram
atarefados em home office”, concluiu Leandro Santos.
Nossa reportagem conversou também com a Carol Generoso, ela tem 20 anos, mora
em Varginha e está cursando psicologia na UNIFENAS, ela comentou: “Antes eu
usava o computador no máximo por 1 hora durante o dia, e nem eram todos os
dias, mas agora, devido às aulas não presenciais, tenho ficado em média, 3h30m,
todos os dias... também tem as conversas com familiares, amigos e vários
serviços de entrega e operacionais que estamos fazendo pela internet, aqui em
casa... Eu acredito que vamos retornar a rotina normal, penso que deva demorar
um pouco, mas, voltaremos ao normal, sim; principalmente na faculdade, onde
graças aos recursos da internet, estamos dando sequencia e não estamos perdendo
quase nada de conteúdo”, concluiu a estudante.
| Carol Generoso é estudante do curso de Psicologia da UNIFENAS, em Varginha |
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As informações da estudante aqui em Varginha, confirmam o previzíel mas
inesperado aumento de demanda observado pela Anatel, que é justificado nas
milhões de pessoas confinadas que estão precisando das redes para a manutenção
dos estudos, interação com familiares e amigos distantes – intensificada com a
distância física exigida pelo isolamento e também, pela adoção em larga escala
do home office.
Outro fator considerado agravante pelo órgão e já citado por nossos
entrevistados, é o maior uso das plataformas para assistir filmes e séries, que
também geram grande tráfego de dados na rede mundial de computadores.
‘Não há risco de colapso’, afirma Anatel
O contexto inesperado assusta pelos dados significativos, mas os órgãos
e empresas envolvidas nos serviços de manutenção das redes asseguram que não há
risco de quebra do sistema brasileiro de internet.
Recomendações
Há cuidados que os usuários podem tomar para evitar a persistente lentidão
causada pelo volume incomum no tráfego digital. Aos clientes, a MASTER Internet
recomenda evitar, se possível, o uso da internet em períodos de pico, sendo que
o mais comum ocorre após o horário comercial em dias úteis, entre o final da
tarde e o princípio da noite. Também é aconselhado fechar os aplicativos que
não estão sendo utilizados no computador ou no celular, uma vez que,
funcionando em segundo plano, eles ainda podem consumir internet.
Como não existem recomendações ou nenhuma adaptação aos
consumidores, alertamos para a importância do “uso consciente de todos os
recursos em períodos como esse, inclusive o vallioso recurso das redes de
telecomunicações”.
Por: Antonio Wydher
Com dados da ANATEL