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Por falta de voluntários, o Instituto Butantan fez um novo chamado para que adultos participem da segunda fase dos estudos da ButanVac, uma das vacinas contra a Covid-19 que são desenvolvidas no Brasil.
Na primeira fase, os estudos mostraram que o imunizante é seguro e induz a produção de anticorpos contra o coronavírus.
A expectativa do Butantan é de preencher 400 vagas para a pesquisa até agosto. No entanto, até agora somente 70 pessoas se voluntariaram.
Diferente da primeira fase, quando era testada a eficácia do imunizante em que ainda não tinha sido vacinado contra a Covid-19, agora o estudo quer comprovar que a ButanVac gera anticorpos mesmo em quem já se vacinou.
Sobre a vacina Butanvac
Anunciada em março de 2021 como uma alternativa brasileira e mais barata para imunizar a população contra a Covid-19, a ButanVac usa uma tecnologia conhecida como “produção por inoculação em ovo embrionado”.
Segundo o Butantan, ela usa como vetor o vírus da Doença de Newcastle, que infecta aves, mas não provoca sintomas em humanos. Por isso, o vírus se desenvolve dentro de ovos de galinha embrionados, mas com alto grau de segurança para a população.
O processo é o mesmo da produção da vacina contra a Influenza e, por isso, a fábrica já existente no Butantan é capaz de produzi-la em escala industrial sem necessidade de investimentos de infraestrutura.
Por conta do rápido avanço na cobertura vacinal no Brasil a partir do segundo semestre de 2021, o estudo clínico da Butanvac precisou ser reformulado. A falta de voluntários não vacinados acabou atrasando a conclusão da fase 1, que tinha como propósito determinar se a vacina é segura.
A fase 1, iniciada em julho de 2021, só foi concluída em fevereiro de 2022, e os resultados foram apresentados em 30 de maio do mesmo ano.
Créditos: G1