segunda-feira, 2 de junho de 2025

CONTA DE LUZ FICA MAIS CARA EM JUNHO COM BANDEIRA TARIFÁRIA VERMELHA

 


Torre de energia ao fundo

Descrição gerada automaticamente com confiança mÊdia

A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional. (Foto: Marcello Casal Jr./AgĂŞncia Brasil)

A bandeira tarifĂĄria para o mĂŞs de junho serĂĄ vermelha no patamar 1, anunciou a AgĂŞncia Nacional de Energia ElĂŠtrica (Aneel), indicando aumento no custo da energia para os consumidores. Como a bandeira em vigor, em maio, foi a amarela, isso significa que as contas de luz devem ficar mais caras.

As contas de energia elÊtrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos.

A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.

“Diante do cenĂĄrio de afluĂŞncias abaixo da mĂŠdia em todo o paĂ­s indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução da geração hidrelĂŠtrica em relação ao mĂŞs anterior, com um aumento nos custos de geração devido Ă  necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelĂŠtricas”, afirma a Aneel em nota.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval de AraĂşjo Feitosa Neto, jĂĄ havia adiantado durante a semana a tendĂŞncia de que a bandeira vermelha fosse implementada neste ano.

“É possĂ­vel que as bandeiras tarifĂĄrias se posicionem entre o patamar amarelo e o vermelho atĂŠ o fim do ano, caso se confirmem as condiçþes desfavorĂĄveis”, disse durante o XP FĂłrum PolĂ­tico Setorial Energia 2025.

Ele ressaltou que os níveis de armazenamento estão abaixo de 71%, menor do que os 75% registrados no mesmo período do ano passado. Segundo o diretor-geral da Aneel, outros fatores aumentaram o risco de acionamento da bandeira vermelha, como a ampliação da faixa de isenção de consumo para a baixa renda e o aumento do custo de geração.

Sistema

O sistema, implantado em 2015, Ê uma forma diferente de apresentar um custo que jå estava na conta de energia, mas que geralmente passava despercebido. Não existe, portanto, um novo custo, mas um sinal de preço que sinaliza para o consumidor o custo real da geração no momento em que ele estå consumindo a energia, dando a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar.

Antes, as variaçþes que ocorriam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, eram repassados atÊ um ano depois, no reajuste tarifårio seguinte, corrigido pela Selic (taxa båsica de juros).

Entenda

* Bandeira verde: condiçþes favoråveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acrÊscimo;

* Bandeira amarela: condiçþes de geração menos favoråveis. A tarifa sofre acrÊscimo de R$ 1,885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

* Bandeira vermelha – Patamar 1: condiçþes mais custosas de geração. A tarifa sofre acrĂŠscimo de R$ 4,463 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

* Bandeira vermelha – Patamar 2: condiçþes ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acrĂŠscimo de R$ 7,877 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

COM: DIÁRIO DO BRASIL