A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional. (Foto: Marcello Casal Jr./AgĂŞncia Brasil)
A bandeira tarifĂĄria para o mĂŞs de junho serĂĄ vermelha no
patamar 1, anunciou a AgĂŞncia Nacional de Energia ElĂŠtrica (Aneel), indicando
aumento no custo da energia para os consumidores. Como a bandeira em vigor, em
maio, foi a amarela, isso significa que as contas de luz devem ficar mais
caras.
As contas de energia elÊtrica terão cobrança adicional de
R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos.
A medida vale para todos os consumidores de energia
conectados ao Sistema Interligado Nacional.
“Diante do cenĂĄrio de afluĂŞncias abaixo da mĂŠdia em todo
o paĂs indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução
da geração hidrelÊtrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos
de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais
onerosas, como as usinas termoelĂŠtricas”, afirma a Aneel em nota.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval de AraĂşjo Feitosa
Neto, jĂĄ havia adiantado durante a semana a tendĂŞncia de que a bandeira
vermelha fosse implementada neste ano.
“Ă possĂvel que as bandeiras tarifĂĄrias se posicionem
entre o patamar amarelo e o vermelho atĂŠ o fim do ano, caso se confirmem as
condiçþes desfavorĂĄveis”, disse durante o XP FĂłrum PolĂtico Setorial Energia
2025.
Ele ressaltou que os nĂveis de armazenamento estĂŁo abaixo
de 71%, menor do que os 75% registrados no mesmo perĂodo do ano passado.
Segundo o diretor-geral da Aneel, outros fatores aumentaram o risco de
acionamento da bandeira vermelha, como a ampliação da faixa de isenção de
consumo para a baixa renda e o aumento do custo de geração.
Sistema
O sistema, implantado em 2015, ĂŠ uma forma diferente de
apresentar um custo que jĂĄ estava na conta de energia, mas que geralmente
passava despercebido. NĂŁo existe, portanto, um novo custo, mas um sinal de
preço que sinaliza para o consumidor o custo real da geração no momento em que
ele estĂĄ consumindo a energia, dando a oportunidade de adaptar seu consumo, se
assim desejar.
Antes, as variaçþes que ocorriam nos custos de geração de
energia, para mais ou para menos, eram repassados atĂŠ um ano depois, no
reajuste tarifĂĄrio seguinte, corrigido pela Selic (taxa bĂĄsica de juros).
Entenda
* Bandeira verde: condiçþes favoråveis de geração de
energia. A tarifa nĂŁo sofre nenhum acrĂŠscimo;
* Bandeira amarela: condiçþes de geração menos
favorĂĄveis. A tarifa sofre acrĂŠscimo de R$ 1,885 para cada quilowatt-hora (kWh)
consumidos;
* Bandeira vermelha – Patamar 1: condiçþes mais custosas
de geração. A tarifa sofre acrÊscimo de R$ 4,463 para cada quilowatt-hora kWh
consumido.
* Bandeira vermelha – Patamar 2: condiçþes ainda mais
custosas de geração. A tarifa sofre acrÊscimo de R$ 7,877 para cada
quilowatt-hora kWh consumido.
COM: DIĂRIO DO BRASIL