A
última semana do verão e os primeiros dias de outono podem apresentar
grandes acumulados de chuva, com volume acima de 100 milímetros por dia,
especialmente no centro-norte do país, devido à combinação do calor e
alta umidade. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na
semana entre os dias 18 e 25 de março a atuação da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) continuará influenciando as instabilidades no
extremo norte do Brasil, provocando chuvas intensas.
Para a região Sudeste, a previsão é de mais chuva no estado do
Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo e no sul e
Zona da Mata de Minas Gerais, com acumulados em torno de 80 mm/dia.
Pontualmente, pode ser registrada chuva mais intensa, acompanhada de
rajadas de vento e trovoadas.
Outono
O outono no hemisfério Sul começará à 0h06 (horário de Brasília)
desta quarta-feira (20) e terminará em 21 de junho, às 17h51. A estação é
considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e
seco, principalmente, na parte central do país. Neste período, as
chuvas são mais escassas no interior do Brasil, em particular no
semiárido nordestino.
Na parte norte das regiões Norte e Nordeste, ainda é época de
muita chuva, principalmente se houver a persistência da ZCIT atuando
mais ao sul de sua posição climatológica. A estação também é
caracterizada por incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do
continente, que provocam o declínio das temperaturas do ar,
principalmente na Região Sul e parte da Região Sudeste.
Durante a estação, o Inmet aponta as primeiras ocorrências de
fenômenos adversos típicos do outono, como: nevoeiros nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato
Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e
friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e
Mato Grosso.
Mais de 25 milhões de eleitores optaram por não votar ou justificar sua ausência nas eleições de 2022, o que equivale a cerca de 16% do total de 156,4 milhões de eleitores registrados.
Até o dia 8 de maio deste ano, é possível regularizar o título de eleitor de forma online, utilizando o aplicativo e-Título ou comparecendo pessoalmente aos cartórios eleitorais em todo o país.
Este prazo também se estende à obtenção do título pela primeira vez, à atualização de dados como endereço ou nome, e à solicitação de uma seção eleitoral com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. É recomendado que os eleitores verifiquem sua situação eleitoral para evitar complicações.
Todos os serviços mencionados podem ser realizados de forma online, exceto nos casos que exigem a coleta de biometria, como na emissão inicial do título. Nestas situações, é necessário agendar um atendimento prévio no cartório eleitoral, o que pode ser feito através do site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de cada estado.
Em certos casos, é possível solicitar essas operações sem sair de casa, através do autoatendimento eleitoral.
As eleições municipais de 2024 estão marcadas para o dia 6 de outubro, com a possibilidade de um eventual segundo turno ocorrendo no último domingo do mês, dia 27.
O levantamento do número de eleitores que não justificaram sua ausência na última eleição foi baseado em dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal, não se pode concluir que esses eleitores estejam em situação irregular.
Isso se deve a várias possibilidades: o eleitor pode ter pago a multa eleitoral para regularizar sua situação com a Justiça Eleitoral ou pode ter faltado apenas a um dos turnos, por exemplo. É uma análise que se limita ao período daquele pleito, podendo a situação do eleitor ter mudado desde então.
O Tribunal esclarece que os turnos de 2020 não foram considerados como ausência para fins de cancelamento da inscrição de eleitores faltosos. Portanto, não houve esse procedimento em 2023. Está previsto para 2025 o cancelamento das inscrições dos eleitores que faltaram às eleições de 2022 e 2024.
No entanto, é crucial não perder o prazo para a regularização do título de eleitor. Segundo o chefe de cartório da 326ª Zona Eleitoral de São Paulo, Lutemberg de Souza Silva, é comum os eleitores esquecerem que deixaram de votar.
As consequências de não regularizar o título de eleitor incluem restrições como a impossibilidade de obter passaporte ou carteira de identidade, bloqueio dos vencimentos para servidores públicos, inaptidão para participar de concorrências públicas ou administrativas, inscrição em concursos públicos ou posse de cargos públicos, renovação de matrícula em estabelecimentos de ensino oficial fiscalizados pelo governo, entre outras.
O processo de regularização do título eleitoral pode ser feito consultando a situação do eleitor no site do TSE, do TRE do respectivo estado, ou através do aplicativo e-Título. É possível quitar multas diretamente pelo site, via Pix ou mediante a emissão de guia de recolhimento da União. O valor da multa é de R$ 3,51 por turno não votado.
Em ano de eleição, o cadastro eleitoral deve ser fechado 150 dias antes do pleito, o que corresponde ao dia 8 de maio. Este é o último dia para realizar alterações no cadastro, como mudança de nome, endereço ou outras informações.
O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para maiores de 18 anos e facultativos para pessoas entre 16 e 18 anos, maiores de 70 anos e analfabetos.
Para consultar a situação eleitoral, é necessário acessar o portal do TSE, informar os dados solicitados e clicar em "Consultar". Se houver débitos eleitorais, é possível escolher a forma de pagamento na mesma página, incluindo Pix, cartão de crédito ou boleto bancário. O pagamento também pode ser feito pelo aplicativo e-Título, disponível para iOS e Android.
Os BRICS duplicaram o seu número de membros no
início de 2024 e enfrentam enormes tarefas pela frente: integrar os seus
membros mais recentes, desenvolver futuros critérios de admissão,
aprofundar os fundamentos da instituição e, o mais importante, lançar os
mecanismos para contornar o dólar americano nas finanças
internacionais.
Em todo o Sul Global, os países fazem fila para se juntarem aos
BRICS multipolares e ao futuro livre de Hegemonia que este promete. A
onda de interesse tornou-se um tema inevitável de discussão durante este
ano crucial da presidência russa sobre o que, neste momento, é o
BRICS-10.
A Indonésia e a Nigéria estão entre os principais candidatos com
probabilidade de aderir. O mesmo se aplica ao Paquistão e ao Vietname. O
México está numa situação muito complexa: como aderir sem invocar a ira
do Hegemon.
E depois há a nova candidatura em alta: o Iémen, que conta com bastante apoio da Rússia, da China e do Irão.
Coube ao principal sherpa russo dos BRICS, o imensamente capaz
vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Ryabkov, esclarecer o
que está por vir. Ele diz à TASS :
Devemos proporcionar aos países interessados na
aproximação com os BRICS uma plataforma onde possam trabalhar
praticamente sem se sentirem deixados para trás e aderirem a este ritmo
de cooperação. E quanto à forma como a expansão futura será decidida –
isto deveria ser adiado pelo menos até que os líderes se reúnam em Kazan
para decidir.
A decisão chave sobre a expansão do BRICS+ só sairá da cimeira de
Kazan, em Outubro próximo. Ryabkov sublinha que a ordem do dia é
primeiro “integrar aqueles que acabaram de aderir”. Isto significa que
“como um ‘dez’, trabalhamos pelo menos com a mesma eficiência, ou
melhor, com mais eficiência do que nos ‘cinco’ iniciais.”
Só então os BRICS-10 “desenvolverão a categoria de estados
parceiros”, o que, na verdade, significa criar uma lista baseada em
consenso entre as dezenas de nações que estão literalmente ansiosas por
aderir ao clube.
Ryabkov faz sempre questão de salientar, em público e em privado, que
o duplo aumento de membros do BRICS a partir de 1 de Janeiro de 2024 é
“um acontecimento sem precedentes para qualquer estrutura
internacional”.
Não é uma tarefa fácil, diz Ryabkov:
No ano passado, demorou um ano inteiro para desenvolver
os critérios de admissão e expansão ao nível dos altos
funcionários. Muitas coisas razoáveis foram desenvolvidas. E muitas
das coisas que foram formuladas naquela época foram refletidas na lista
de países que aderiram. Mas provavelmente seria impróprio formalizar os
requisitos. No final das contas, a admissão à associação é uma questão
de decisão política.
O que acontece depois das eleições presidenciais na Rússia
Numa reunião privada com alguns indivíduos seleccionados à margem da recente conferência multipolar em
Moscovo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, falou
efusivamente dos BRICS, com particular ênfase nos seus homólogos Wang Yi
da China e S. Jaishankar da Índia.
Lavrov tem grandes expectativas para o BRICS-10 este ano – ao mesmo
tempo, lembra a todos que este ainda é um clube; deverá eventualmente
aprofundar-se em termos institucionais, por exemplo, nomeando um
secretariado-geral, tal como a sua organização de tipo primo, a
Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
A presidência russa terá muito trabalho durante os próximos meses,
não só navegando no espectro geopolítico das crises actuais, mas, acima
de tudo, na geoeconomia. Uma reunião ministerial crucial em Junho –
daqui a apenas três meses – terá de definir um roteiro detalhado até à
cimeira de Kazan, quatro meses depois.
O que acontecer depois das eleições presidenciais russas desta semana
também condicionará a política dos BRICS. Um novo governo russo tomará
posse apenas no início de maio. É amplamente esperado que não haja
mudanças substanciais no Ministério das Finanças russo, no Banco
Central, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e entre os principais
conselheiros do Kremlin.
A continuidade será a norma.
E isso leva-nos ao principal dossiê geoeconómico: os BRICS na
vanguarda para contornar o dólar americano nas finanças internacionais.
Na semana passada, o principal conselheiro do Kremlin, Yury Ushakov,
anunciou que o BRICS trabalhará para estabelecer um sistema de pagamento
independente baseado em moedas digitais e blockchain.
Ushakov enfatizou especificamente “ferramentas de última geração,
como tecnologias digitais e blockchain. O principal é garantir que sejam
convenientes para governos, pessoas comuns e empresas, bem como
econômicas e livres de política”.
Ushakov não mencionou isso explicitamente, mas já existe um novo
sistema alternativo. No momento, é um projeto cuidadosamente guardado na
forma de um white paper detalhado que já foi validado academicamente e
também incorpora respostas a possíveis perguntas frequentes.
The Cradle foi informado sobre o sistema por meio de várias
reuniões desde o ano passado com um pequeno grupo de especialistas em
fintech de classe mundial. O sistema já foi apresentado ao próprio
Ushakov. Tal como está, está prestes a receber a luz verde final do
governo russo. Após passar por uma série de testes, o sistema em tese
estaria pronto para ser apresentado a todos os membros do BRICS-10 antes
da cúpula de Kazan.
Tudo isto está relacionado com a declaração pública de Ushakov de que
uma tarefa específica para 2024 é aumentar o papel dos BRICS no sistema
monetário/financeiro internacional.
Ushakov recorda como, na Declaração de Joanesburgo de 2023, os chefes
de estado dos BRICS se concentraram no aumento das liquidações em
moedas nacionais e no fortalecimento das redes de correspondentes
bancários. A meta era “continuar a desenvolver o Arranjo Contingente de
Reservas, principalmente no que diz respeito ao uso de moedas diferentes
do dólar americano”.
Não há moeda única no futuro próximo
Tudo o que foi dito acima enquadra a questão fundamental que está
sendo discutida atualmente em Moscou, no âmbito da parceria Rússia-China
e, em breve, mais profundamente entre os BRICS-10: pagamentos de
liquidação alternativos ao dólar americano, aumento do comércio entre
“nações amigas” e controles na fuga de capitais.
Ryabkov acrescentou elementos mais cruciais ao debate, dizendo esta semana que os BRICS não estão a debater a implementação de uma moeda única:
Quanto a uma moeda única, semelhante à que foi criada
pela União Europeia, isso dificilmente será possível num futuro
próximo. Se estamos a falar de formas de compensação de liquidação mútua
como o ECU [Unidade Monetária Europeia] numa fase inicial do
desenvolvimento da União Europeia, na ausência de um verdadeiro meio de
pagamento, mas na oportunidade de utilizar de forma mais eficaz os
recursos disponíveis dos países em acordos mútuos para evitar perdas
devido a diferenças nas taxas de câmbio, e assim por diante, então este é
precisamente o caminho ao longo do qual, na minha opinião, os BRICS
deveriam seguir. Isto está sendo considerado.
A principal conclusão, segundo Ryabkov, é que os BRICS não deveriam
criar uma aliança financeira e monetária; deveriam criar sistemas de
pagamento e liquidação que não dependessem da instável “ordem
internacional baseada em regras”.
É exactamente essa a ênfase das ideias e experiências já
desenvolvidas pelo Ministro da Integração e Macroeconomia da União
Económica da Eurásia (EAEU) Sergei Glazyev, como explicou numa entrevista exclusiva, bem como do novo projecto inovador prestes a receber luz verde por o governo russo.
Ryabkov confirmou que “um grupo de especialistas, liderado pelos
Ministérios das Finanças e representantes dos Bancos Centrais dos
respectivos países [BRICS]”, está a trabalhar sem parar no dossiê. Além
disso, há “consultas em outros formatos, inclusive com a participação de
representantes do ‘ocidente histórico’”.
A conclusão de Ryabkov reflete o que os BRICS como um todo pretendem:
Coletivamente, devemos criar um produto que seja, por um
lado, bastante ambicioso (porque é impossível continuar a tolerar os
ditames do Ocidente nesta área), mas ao mesmo tempo realista, não fora
de alcance. com o chão. Ou seja, um produto que seria eficiente. E tudo
isso deveria ser apresentado em Kazan à consideração dos líderes.
Em poucas palavras: o grande avanço pode estar literalmente batendo à
porta dos BRICS. Depende apenas de uma simples luz verde do governo
russo.
Comparemos agora os BRICS que concebem os contornos de um novo
paradigma geoeconómico com o Ocidente colectivo que pondera sobre o
roubo real dos activos apreendidos pela Rússia em benefício do buraco
negro que é a Ucrânia.
Para além de ser uma declaração de facto dos EUA e da UE contra a
Rússia, isto é algo que carrega o potencial, por si só, de destruir
totalmente o actual sistema financeiro global.
Um roubo de activos russos, caso alguma vez aconteça, deixará
furiosos, para dizer o mínimo, pelo menos dois membros-chave dos BRICS, a
China e a Arábia Saudita, que trazem à mesa um peso económico
considerável. Tal medida por parte do Ocidente destruiria completamente o
conceito de Estado de direito, que teoricamente sustenta o sistema
financeiro global.
A resposta russa será feroz. O Banco Central Russo poderia, num
piscar de olhos, processar e confiscar os activos do Euroclear belga, um
dos maiores sistemas de liquidação e compensação do mundo, em cujas
contas as reservas russas foram congeladas.
E isso para além da apreensão dos activos da Euroclear na Rússia –
que ascendem a cerca de 33 mil milhões de euros. Com o Euroclear a ficar
sem capital, o Banco Central Belga terá de revogar a sua licença,
causando uma enorme crise financeira.
Falemos de um choque de paradigmas: o roubo ocidental versus um
sistema de liquidação comercial e financeira equitativo baseado no Sul
Global.
Algumas companhias aéreas no Brasil oferecem um serviço com tarifas diferenciadas, que podem proporcionar descontos de até 80% em relação ao preço original do bilhete de passagem.
Essa modalidade, embora não seja obrigatória, é destinada a casos de luto ou emergências médicas, requerendo comprovação prévia. Empresas como Gol e Latam disponibilizam descontos em suas tarifas para passageiros que necessitam viajar em situações emergenciais.
Até o momento, a Azul e Avianca não oferecem esse tipo de serviço. No caso da Latam, a empresa especificou, por meio de comunicado, que o benefício da tarifa emergencial é concedido em casos de falecimento ou internação de familiares diretos, como cônjuge, pais, filhos, entre outros.
A Gol oferece assistência emergencial em caso de falecimento de familiares diretos, como cônjuge, pais ou filhos. O desconto na tarifa, segundo a Latam, é avaliado caso a caso, podendo chegar a 80% do valor em determinadas situações.
Esse benefício pode ser utilizado tanto em voos nacionais quanto internacionais. A Gol também realiza descontos nas tarifas mediante análise das informações fornecidas pelo passageiro, aplicáveis apenas a voos domésticos.
Em ambos os casos, o passageiro deve contatar o SAC das companhias aéreas para solicitar o benefício e enviar a documentação exigida para análise. A Latam também informou que o cliente pode requerer o benefício diretamente em uma loja de vendas nos aeroportos.
As empresas recomendam que o passageiro apresente a certidão de óbito original, laudos médicos e documentação legal que comprove a relação familiar. Para casais com união estável, é necessário comprovar por meio da certidão. Se não houver registro formal, documentos como faturas ou notas fiscais de serviços que comprovem a convivência no mesmo domicílio podem ser aceitos.
Uma
pesquisa divulgada pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de
Oxford, no Reino Unido, identificou doze fatores de risco considerados
determinantes para o risco de demência. Metade desses fatores, advertem
os especialistas, está ligada a hábitos e estilo de vida evitáveis, o
que abre uma janela de oportunidade significativa para a prevenção do
distúrbio.
Ainda de acordo com o estudo, a
redução em apenas 15% no diagnóstico desses fatores já seria o
suficiente para evitar “dezenas de milhares de casos” de demência nos
últimos anos. Por exemplo, uma diminuição de 15% na prevalência de
obesidade poderia ter correspondido a uma redução de aproximadamente
182.100 casos em 2020, destacando a importância crítica da saúde e dos
esforços preventivos.
Hábitos que ajudam evitar a demência Os
pesquisadores enfatizaram a necessidade de políticas públicas focadas em
estratégias preventivas, especialmente na meia-idade. A redução da
obesidade, hipertensão e o estímulo à atividade física foram
identificados como alvos essenciais. Estes três fatores de risco estão
significativamente associados à maior parte dos casos de demência nos
Estados Unidos, indicando áreas específicas onde as intervenções podem
ter um impacto profundo.
O método de estudo e os hábitos associados à demência A
pesquisa utilizou riscos relativos e estimativas de prevalência
estabelecidas pelo relatório da comissão Lancet, proporcionando uma base
sólida para suas conclusões.
Os hábitos identificados como fatores de
risco para a demência incluem baixa escolaridade, perda de audição,
traumatismo cranioencefálico, hipertensão, consumo excessivo de álcool,
obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física,
diabetes e exposição à poluição do ar.
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) emitiu um decreto que
causou grande repercussão no Brasil, relacionado à retirada de amada
marca de café, bem como outros produtos populares, do mercado.
Essa medida foi tomada em
resposta à descoberta de casos de paralisia e retardo mental grave em
consumidores que apresentavam uma alta frequência de consumo desses
produtos.
A Anvisa determinou a suspensão da comercialização, distribuição,
fabricação, propaganda e uso dos produtos da marca CBD Café Blends do
Brasil.
As empresas têm ativado gradualmente o 5G no país, desde julho de 2022
Publicado em 18/03/2024
A
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou o licenciamento e
ativação de estações de tecnologia 5G em mais 395 municípios, a partir
desta segunda-feira (18). Com isso, o total de municípios que poderão
contar com o 5G chegará a 3.678. Nestas localidades, vivem
aproximadamente 181,3 milhões de brasileiros, o que corresponde a
aproximadamente 85% da população do país.
O 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e
de banda larga, que sucede as redes de conectividade 4G. As empresas de
telefonia celular têm ativado gradualmente o 5G no país, desde julho de
2022.
A liberação da faixa de 3,5 GHz da rede móvel 5G não significa que
serão instaladas de imediato nas localidades, o que dependerá do
planejamento individual de cada prestadora que poderá solicitar o
licenciamento e ativação de suas estações 5G standalone ou 5G puro.
A lista com os 395 municípios em que as prestadoras poderão solicitar
à Anatel o licenciamento e ativação de estações de 5G na faixa de 3,5
GHz está no site da agência reguladora.
Atualmente, são oito estados mais o Distrito Federal (AL, AP, DF, PR,
RJ, RR, RS, SC e SP) com todos os municípios liberados para o 5G. A
Anatel já definiu a lista dos municípios a serem liberados para ter a
internet 5G nas próximas etapas e outras nove unidades da Federação
completarão essa fase.
· Em abril/2024, serão 220 municípios. Ao fim dessa etapa, todos os municípios do ES, MA e SE serão liberados para o 5G;
· em maio/2024, 233 municípios. Ao fim dessa etapa todos os municípios de PB, RO e TO serão liberados;
· em junho/2024, 171 municípios. Ao fim dessa etapa todos os municípios de AC, AM e GO serão liberados.
Modernização
Os donos de aparelhos de televisão que recebem sinal de TV aberta via
antena parabólica precisam substituí-las pelas novas parabólicas
digitais ou instalar um adaptador para continuar a receber as
transmissões. De acordo com o Ministério das Comunicações, em breve, as
parabólicas tradicionais vão parar de funcionar, porque a tecnologia 5G,
que já está sendo implementada no Brasil, utiliza a mesma faixa da
radiofrequência. Para quem tem antena do tipo espinha de peixe, antena
digital interna ou TV por assinatura não há necessidade de troca da
antena.
As famílias inscritas em programas sociais do Governo Federal
(CadÚnico) e que possuem uma parabólica tradicional instalada e
funcionando têm direito à instalação do kit gratuito com a nova
parabólica digital. A antena parabólica tradicional precisa estar
instalada, conectada à TV e em funcionamento. Para conferir se tem
direito, basta acessar aqui ou telefonar para 0800-729-2404.
A nova parabólica digital promete vantagens em relação à tradicional:
imagem sem sombras e chuviscos; som com melhor qualidade; mais de 80
canais; canais regionais; programação continua gratuita; antena de
tamanho menor; nomes e números de canais passam a ser padronizados;
equipamentos modernos e com mais tecnologia.
Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Para
alguns, o caminho do sangue de volta para o coração, depois de ter
descido para irrigar os membros inferiores até a ponta dos pés, torna-se
árduo, como se ele fosse obrigado a enfrentar um trânsito lento ao
subir uma ladeira íngreme.
Aumenta, então, o risco de a
perna inchar de repente, ficar afogueada e arder como estivesse em
brasas. Estes são os sinais capazes de acusar que um trombo, ou coágulo,
se formou em uma veia, bloqueando o trajeto no retorno da circulação.
Ou seja, são indícios de uma trombose venosa.
"As pessoas, quando escutam esse nome, correm para o
pronto-socorro com medo de uma amputação. Fazem bem em procurar
atendimento depressa, mas esse receio é um equívoco. Na trombose venosa,
você não perde a perna. Mas pode perder a vida", esclarece o
angiologista paraense Armando de Carvalho Lobato. Ele é o atual
presidente da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia
Vascular), que, no final do ano passado, fez um alerta sobre o
crescimento dessa ameaça no país.
Os númerosSe, em 2012, foram pouco mais de 21 mil casos e 59
internações por dia por causa de trombose venosa no SUS, bastou passar
uma década e, em 2022, tivemos um total de 35.172 hospitalizações, sendo
uma média de 98 por dia. E em 2023, somente até outubro, a média de
internações diárias já tinha dado novo salto, indo para 105.
"A nossa quantidade de casos deve ser até maior", pensa o doutor
Lobato, que também é diretor do Instituto de Cirurgia Vascular e
Endovascular, em São Paulo. Ele elenca as razões dessa desconfiança: "Os
registros do Ministério da Saúde de trombose venosa no Norte são
baixos, discrepantes proporcionalmente em relação aos das outras regiões
brasileiras. Portanto, deve haver uma subnotificação entre os
nortistas. Além disso, nem todas as pessoas que sentem os sintomas
suspeitam de algo perigoso e procuram um hospital. Algumas chegam a
morrer sem terem esse diagnóstico. Por fim, o número deve ser bem mais
alto porque esses dados não consideram os pacientes da rede privada."
Vacina de covid-19: acusada sem motivoIndiscutível é que aqui,
como no resto do mundo, a trombose venosa vem se tornando mais comum. No
entanto, o tempero brasileiro para essa história foi que, ao divulgar o
aumento de casos, a SBACV recebeu comentários de gente especulando que a
vacina contra a covid-19 seria a razão. "Daí que resolvemos fazer um
outro levantamento, cruzando os registros da trombose com os números da
vacinação. E mostramos que uma coisa não tinha a ver com a outra",
afirma Lobato.
Então, o que será que justificaria a escalada da trombose venosa?
É preciso entender como acontece o problema para dar possíveis
explicações.
Há tromboses e trombosesOu melhor, há dois tipos, que as pessoas costumam confundir como se fossem uma coisa só. Existe
a trombose arterial que, como o nome diz, acomete uma artéria — vaso
que leva o sangue que foi oxigenado nos pulmões para os mais diversos
órgãos e tecidos do corpo. "No caso, o que obstrui a passagem da
circulação em até 75% das vezes é uma placa gordurosa, mole e instável,
que se rompe de uma hora para outra e desencadeia um coágulo", descreve
Lobato.
Já se a artéria problemática se localiza na perna, ao contrário
do que acontece na trombose venosa, ela fica fria, além de esbranquiçada
ou arroxeada, justamente porque está deixando de ser abastecida de
oxigênio pela corrente sanguínea. "Quando o sangue oxigenado para de
chegar, o tecido morre e, aí sim, o sujeito pode perder a perna, a não
ser que seja reestabelecida prontamente a circulação", informa o médico.
O paciente de trombose arterial geralmente tem familiares que já
infartaram ou que tiveram um AVC e deverá ser acompanhado de perto, até
para manter as taxas de colesterol sob controle.
Já o risco de trombose venosa aumenta por outras razões. E ele é
bem maior em quem tem um veia anormal. Veias são os vasos que fazem a
rota inversa e levam o sangue repleto de gás carbônico para o coração.
A força das panturrilhasExistem duas estratégias para o sangue
vencer a gravidade, subindo na direção do coração. "Uma delas é
caminhar. A cada passo, a musculatura da panturrilha, na batata da
perna, espreme as veias da região", conta Armando Lobato.
O aperto provoca um esguicho do sangue no interior desses vasos.
Talvez imagine: se a gente joga água para cima, ela cai "Aqui, isso não
acontece porque as veias, diferentemente das artérias, têm válvulas",
diz o médico. "Quando o músculo da panturrilha faz a compressão, essas
válvulas se abrem e, no instante seguinte, se fecham, sem deixar o
sangue voltar", descreve o doutor. Desse modo, ele vai subindo por
compartimentos, como pulasse de um andar para outro, logo acima.
Outro mecanismo para fazer a circulação correr por veias acima é a
respiração. "Quando você inspira, cria uma pressão negativa que seria
comparável ao efeito de um aspirador, puxando o sangue venoso", explica o
médico. "A respiração, porém, não ajuda tanto quanto a caminhada. É um
recurso do organismo que, digamos, quebra um galho por umas três horas,
se a veia é normal. Se você fica muito tempo sentado, logo sente esse
limite: a partir de um momento, pés e pernas começam a inchar."
Segundo Armando Lobato, a obesidade, determinadas doenças
genéticas e a gravidez são exemplos de condições que podem fazer as
válvulas de uma veia não funcionarem tão bem. Então, vivendo
semiabertas, deixam uma parte do sangue descer.
"Só que isso nunca acontece na veia inteira, mas em um
compartimento dela. E o que está logo abaixo, continuará mandando sangue
normalmente", explica o especialista. "Vindo de cima e vindo de baixo, o
volume sanguíneo poderá dobrar naquela porção, que logo irá se
dilatar."
Então, especialmente se a pessoa faz pouco exercício físico, a
parede do vaso, que é permeável, deixa escapar plasma, a parte líquida
do sangue, causando o inchaço. É uma estratégia para não se arrebentar.
Mas a questão maior nem é essa: quando a circulação está em velocidade
lenta e perdendo volume, o organismo entende que a veia está em apuros,
formando um coágulo, como se precisasse fechar um machucado para
estancar uma hemorragia.
Hoje, há medicações que podem resolver isso até sem necessidade
de internação, isto é, quando o problema é diagnosticado ligeiro. O
perigo, se isso não acontece, é o coágulo viajar pelas veias até
alcançar o pulmão, bloqueando seus vasos e impedindo suas trocas
gasosas. E é esse quadro, o da embolia pulmonar, que costuma ser fatal.
Outras causas
Existem indivíduos com tendência genética à trombose venosa —
quem tem parentes de primeiro grau que passaram por esse susto precisa
ficar esperto. Mas a incidência disso não muda tanto ao longo do tempo.
O tabagismo, algumas doenças autoimunes e as alterações hormonais
da gravidez e do puerpério são outros fatores de risco, bem como o uso
de certas pílulas anticoncepcionais.
Mas, para Armando Lobato, é mais provável que, por trás do
crescimento de tromboses venosas, esteja o aumento da obesidade, do
sedentarismo e até de casos de câncer com o envelhecimento da população.
"Os tumores malignos favorecem o surgimento de coágulos mesmo em quem
tem veias normais. Tanto que, muitas vezes, descobrimos um câncer de
mama ou de outro órgão investigando o que causou a trombose venosa"