Fabricante das marcas Marlboro e L&M publicou anúncios em jornais do país
informando que sua meta para 2018 é substituir a venda por produtos alternativos,
como o cigarro eletrônico
A Philip Morris,
maior fabricante de cigarros do mundo, anunciou no início deste ano que
pretende deixar de vender cigarros tradicionais no Reino Unido e substituí-los
por alternativas que ajudem a largar o vício em nicotina, como o cigarro
eletrônico, que está em seu portifólio de produtos.
A fabricante
das marcas Marlboro e L&M publicou anúncios em vários jornais britânicos na
terça-feira (3) informando que sua meta de Ano Novo para 2018 é "parar de
vender cigarros" no país, segundo o site "Business Insider".
"A Philip
Morris é conhecida por seus cigarros. Todo ano, muitos fumantes desistem de
fumar. Agora é nossa vez", diz o comunicado.
"Nossa
ambição é parar de vender cigarros no Reino Unido. Não será fácil. Mas estamos
determinados a mudar nossa visão da realidade. Há 7,6 milhões de adultos
fumantes no Reino Unido. O melhor que eles podem fazer é parar de fumar",
informa a empresa.
O anúncio faz
parte da estratégia da empresa, previamente anunciada, de abandonar gradualmente a
produção de cigarros e substituída por dispositivos eletrônicos para fumar. A
empresa não deu uma data para o que chama de "futuro livre do
cigarro".
Homem fuma cigarro eletrônico da Philip Morris em imagem de arquivo em Bogotá, Colômbia (Foto: Reuters/Jaime Saldarriaga) |
A companhia
afirma que, entre suas metas está a de desenvolver, divulgar e vender
alternativas ao cigarro "o mais rápido possível ao redor do mundo". A
empresa também diz que pretende propôr normas regulatórias para estimular a
substituição do fumo por estes produtos "menos nocivos".
Regulamentação
no Brasil
Em alguns
países, a regulamentação veta o uso do cigarro eletrônico. No Brasil, a importação e venda de cigarros eletrônicos foi proibida em 2009 pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na ocasião, o órgão entendeu
que o produto libera nicotina e outras substâncias cancerígenas e não ajuda no
propósito de parar de fumar.
Procurada, a
Philip Morris no Brasil informou que a
iniciativa do Reino Unido reforça o compromisso global de longo prazo de
substituir cigarros por "produtos de risco reduzido, como produtos de
tabaco aquecido". Segundo a empresa, estes produtos são melhores
alternativas para os adultos fumantes que cigarros.
Segundo a
empresa, a Anvisa pode regulamentar esses novos produtos "nas próximas
semanas" pela revisão da RDC 90, que regulamenta todos os produtos de
tabaco.
"Nossa
visão de construir um futuro sem fumaça não significa construir um futuro sem
tabaco. Nosso principal produto de risco reduzido é um produto que contém
tabaco, o que reforça nosso compromisso com a cadeia produtiva do tabaco no
Brasil", informou a empresa em nota.
Obrigadas
a combater o fumo
No ano passado,
a maioria das grandes companhias de tabaco dos EUA difundiram uma série
de anúncios que advertem para os riscos que fumar representa para
a saúde, seguindo uma ordem judicial de 11 anos atrás.
Em novembro de
2006, uma corte federal dos Estados Unidos concluiu que as companhias que
fabricam e distribuem tabaco fizeram um acordo para mentir e enganar os
consumidores a respeito dos riscos do tabagismo.
A Justiça havia
ordenado na ocasião que empresas como R.J. Reynolds e Philip Morris difundissem
na TV e na imprensa escrita mensagens para "corrigir suas mentiras").
As empresas apelaram da sentença para mudar algumas partes do texto,
conseguindo, assim, retardar em mais de dez anos a divulgação de suas declarações.
Dê: G1