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A cirurgia foi realizada em 8 de dezembro, no Paraná. A princípio, a menina deve ficar no hospital até fevereiro de 2023, focada na recuperação, junto da família.
De acordo com a endocrinologista pediátrica Julienne Carvalho, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, a condição é rara, sem tratamento disponível e faz com que o cérebro não consiga entender que o corpo está saciado após comer.
O Ministério da Saúde autoriza a operação para adolescentes a partir dos 16 anos para casos em que a vida do paciente corre risco. Por isso, no caso de M., foi necessário buscar caminhos judiciais para tentar a única alternativa para ajudar a criança na perda de peso.
Antes da cirurgia, por mais de nove anos a família buscou por diagnósticos, restrições e tratamentos – que não surtiram efeito.
Para a mãe dela, ter conseguido a cirurgia é uma vitória diante de toda a luta. Ela frisou que, assim como entendeu a Justiça, os riscos de uma operação não eram maiores que os trazidos pela mutação e pela obesidade à criança.
“A gente sabe que não vai ser fácil, mas é uma vitória. Eu lutei muito, nós lutamos muito para estar aqui. […] O que mais penso é que, depois da cirurgia e do medicamento, nós vamos ter uma vida normal, porque até hoje nossa vida foi muita privada, muito difícil”, contou a mãe.
Segundo ela, a filha passa bem, está sem dor, e deve passar mais 50 dias na instituição. A ideia é que ela deixe o hospital “totalmente recuperada” do pós-operatório.
COM: G1