Cientistas desenvolveram exame que é capaz de
detectar precocemente o Alzheimer; confira detalhes
A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que, progressivamente, compromete as atividades de vida diária. Além disso, manifesta uma variedade de alterações comportamentais e sintomas neuropsiquiátricos. Através de muitos estudos, foi comprovada a importância do diagnóstico precoce deste transtorno fatal.
Recentemente, pesquisadores da Karolinska Institutet, na Suécia,
desenvolveram um método capaz de diagnosticar uma forma hereditária do
Alzheimer dez anos antes de seus primeiros sinais aparecerem. A técnica baseada
em biomarcadores sanguíneos foi detalhadamente explicada no artigo publicado na
revista Brain.
No artigo, os cientistas explicam como a GFAP (proteína glial fibrilar
ácida) promove mudanças no cérebro devido ao Alzheimer, mas que ocorrem antes
de seja possível identificar o acúmulo de outra proteína. Em um
comunicado, a primeira autora do estudo, Charlotte Johansson, do Departamento
de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade do Karolinska Institutet,
explica como funcionaria o método:
"No futuro, [o método] pode ser usado como um biomarcador não
invasivo para a ativação precoce de células imunes, como astrócitos, no sistema
nervoso central, o que pode ser valioso para o desenvolvimento de novos
medicamentos e para o diagnóstico de doenças cognitivas", afirma
Johansson.
A forma estudada pelos cientistas é rara e apresenta menos de 1% de
todos os casos de Alzheimer. Porém, segundo os estudos, ela ocorre em
indivíduos com pais que possuam mutações genéticas específicas - que levam ao
aumento do risco de desenvolvimento da doença.
Importância do
diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce dessa perigosa doença vem sendo buscado há
décadas. Ele possui uma importância única pois, quando o Alzheimer é
identificado cedo, existem formas de atrasar a progressão do distúrbio,
garantindo melhor qualidade de vida ao paciente.
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 55 milhões de
pessoas vivem com demência em todo o planeta, das quais entre 60% e 70% têm
Alzheimer. E, com o envelhecimento da população, a estimativa é que a demência
atinja 78 milhões de pessoas em oito anos.
Para entender mais detalhes sobre esse distúrbio degenerativo, confira
nossa matéria falando sobre Alzheimer, o que é, sintomas e
tratamento.
COM: OMS/SELEÇÕES