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Marcelo Camargo/Agência Brasil
05/05/2025 | 2 min de leitura
Três de cada dez brasileiros com idade entre 15 e 64 anos
enfrentam o analfabetismo funcional, ou seja, não sabem ler nem escrever ou
possuem habilidades tão limitadas que não conseguem compreender frases simples
nem identificar preços e números de telefone. Esse grupo representa 29% da
população — o mesmo porcentual observado em 2018.
Os dados são do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf),
divulgado nesta segunda-feira, 5. O estudo traz ainda um alerta específico
sobre os jovens: entre os que têm de 15 a 29 anos, o índice de analfabetismo
funcional aumentou de 14% em 2018 para 16% em 2024.
Segundo os pesquisadores, a pandemia pode ter contribuído
para esse retrocesso. O fechamento das escolas e a interrupção prolongada das
aulas presenciais afetaram diretamente o processo de ensino-aprendizagem,
especialmente entre os mais jovens, o que comprometeu a qualidade da educação
no país.
O Inaf classifica os indivíduos em cinco níveis de
alfabetismo, com base em testes aplicados a uma amostra representativa da
população. Os níveis “analfabeto” e “rudimentar” formam o grupo do
analfabetismo funcional, caracterizado pela dificuldade ou incapacidade de
compreender informações simples.
O nível “elementar”, por sua vez, sugere alguma autonomia
para ler e interpretar textos curtos. Já os níveis “intermediário” e
“proficiente” correspondem ao alfabetismo consolidado, com domínio mais amplo
da leitura e escrita e matemática.
Fonte: Revista Oeste