Créditos:
Agência Brasil
19/05/2025 | 5 min de leitura
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou,
neste domingo (18), que investiga duas novas suspeitas de foco de gripe aviária
(H5N1) no Brasil. Os casos em análise estão no Rio Grande do Sul e em
Tocantins.
Uma das apurações é de uma propriedade de subsistência que
fica no raio de 3 km da granja comercial em Montenegro (RS), onde surgiu o
primeiro foco da doença em aves no país.
A notícia do primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi
divulgada pelo Mapa na sexta-feira (16). Também foi identificado um foco de
gripe aviária no zoológico de Sapucaia do Sul (RS), também na Região
Metropolitana de Porto Alegre. Lá, houve a morte repentina de 38 cisnes e
patos, e o local acabou fechado para visitação.
Depois disso, oito países e a União Europeia suspenderam as
compras de proteína de frango do Brasil.
A propriedade de subsistência onde é investigada a nova
suspeita de gripe aviária fica no raio de 3 quilômetros do primeiro foco da
doença, em Montenegro. Já houve a coleta de amostras para exames, e o material
está em trânsito para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São
Paulo, no município de Campinas (LFDA-SP). A previsão é de que o resultado
preliminar saia no fim desta segunda-feira (19).
Na granja comercial de Montenegro, ocorreu o descarte de
todas as aves e ovos, e o local passa por um trabalho de limpeza e desinfecção
das instalações. O Mapa afirma ter rastreado e providenciado a destruição de
todos os ovos que saíram do estabelecimento.
Em Minas Gerais, o governo descartou 450 toneladas de ovos.
Outra suspeita
O segundo caso que está em investigação no Brasil é do
município de Aguiarnópolis (TO), na divisa com o Maranhão. O Mapa afirmou, em
nota, que uma análise preliminar constatou se tratar de um dos tipos de
influenza. No entanto, ressalvou haver “baixa probabilidade de se tratar de
amostra de alta patogenicidade (IAAP), tendo em vista as características
epidemiológicas, laboratoriais e clínicas observadas na investigação”.
A IAAP é uma das maneiras pelas quais o ministério se refere
à gripe aviária. Na suspeita de Tocantins, amostras estão em análise
laboratorial, e “medidas de controle de trânsito adotadas, com manutenção da
situação sob controle e vigilância adequados”.
Na nota divulgada à imprensa, o Mapa informou ser uma
tendência o possível aumento nos casos em investigação.
“Em casos onde emergências são declaradas, o sistema fica
sensibilizado, e o número de investigações tende a aumentar em um primeiro
momento, o que reforça a robustez do sistema de Defesa Agropecuária do Brasil”,
diz trecho de nota.
Santa Catarina e Goiás
Em Santa Catarina, uma investigação foi aberta para coleta
de amostras, mas ainda sem resultado laboratorial, de acordo com o Serviço
Veterinário Oficial, conforme consta na plataforma de Síndrome Respiratória e
Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura.
O painel indica que uma galinha está sob investigação, mas
ainda não há confirmação de gripe aviária ou doença de Newcastle.
No site do ministério consta que há, no total, seis casos de
síndrome respiratória nervosa das aves em investigação. A causa principal da
síndrome pode ser a gripe aviária ou a doença de Newcastle. Já houve a coleta
de amostras, mas ainda sem resultado laboratorial conclusivo.
O governo de Goiás decretou situação de emergência
zoossanitária, por meio de um decreto publicado no sábado (17/5). O objetivo é
“reforçar as ações de vigilância, prevenção e pronta resposta diante do cenário
nacional da doença, mesmo sem qualquer registro da gripe aviária no estado”.
Créditos: Agência Brasil