19/05/2025
O Brasil registrou, em 2023, o menor número de nascimentos
em quase meio século, com 2.523.267 bebês vivos, conforme dados divulgados
nesta sexta-feira (15) pelo IBGE.
O total só foi maior do que o observado em 1974, 1975 e 1976
— início da série histórica. Em relação a 2022, houve uma leve queda de 0,7%.
Já na comparação com a média anual entre 2015 e 2019, a redução foi de 12%, o
que indica uma aceleração na queda da natalidade ao longo da última década.
Segundo o instituto, há indícios de que 2023 tenha marcado o
ponto mais baixo da série, embora a subnotificação de nascimentos nas décadas
passadas possa ter influenciado os números mais antigos.
Todas as regiões do país apresentaram queda nos nascimentos,
exceto o Centro-Oeste, que teve alta de 1,1%. A maior redução foi registrada no
Sudeste, com -1,4%. Os estados com mais registros foram São Paulo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná. Já as menores quantidades vieram de
estados da Amazônia, como Roraima, Amapá, Acre e Tocantins.
Entre os estados, os maiores aumentos percentuais ocorreram
no Tocantins (3,4%) e em Goiás (2,8%). Já as quedas mais expressivas foram em
Rondônia (-3,7%), Amapá (-2,7%) e Rio de Janeiro (-2,2%). No total, 18 estados
registraram redução no número de nascimentos, enquanto nove apresentaram
aumento.
O levantamento também mostra mudanças no perfil das mães. Em
duas décadas, a participação de mulheres com mais de 30 anos na maternidade
cresceu, passando de 27,5% em 2003 para 39% em 2023. No Distrito Federal, essa
parcela chegou a 49,4%. As mães com mais de 40 anos dobraram sua presença, de
2,1% para 4,3%. Apesar da tendência de adiamento da maternidade, a faixa entre
20 e 29 anos ainda lidera, com 49,1% dos nascimentos.
O número de mães adolescentes segue elevado, embora tenha
recuado. Em 2023, 11,8% dos bebês foram gerados por meninas de até 18 anos — a
maioria concentrada na Região Norte. Em 2003, esse índice era de 20,9%.
Os dados também revelam uma curiosidade: março foi o mês com
mais partos registrados (233.432), seguido por maio. Já novembro, nove meses
após o carnaval, teve o menor número de nascimentos (188.411), contrariando a
ideia popular de que o período pós-folia é o mais fértil. E mais:
Comitiva de Lula à Rússia e China teve ao menos 120 pessoas. Clique AQUI para
ver. (Foto: PixaBay; Fonte: O Globo)
Resumo:
Menor número de nascimentos desde 1976
Total: 2,52 milhões de bebês em 2023
Queda de 0,7% em relação a 2022
Redução de 12% comparada à média de 2015-2019
Sudeste teve maior queda (-1,4%), Centro-Oeste subiu (1,1%)
Maiores aumentos: Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%)
Maiores quedas: Rondônia (-3,7%) e Amapá (-2,7%)
Mães com +30 anos: 39% dos partos (DF: 49,4%)
Mães com +40 anos dobraram em 20 anos (de 2,1% para 4,3%)
Faixa principal: 20 a 29 anos (49,1%)
Mães adolescentes: 11,8% em 2023 (20,9% em 2003)
Mês com mais nascimentos: março (233 mil)
Mês com menos: novembro (188 mil)
FONTE: IBGE