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19/05/2025 |
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Nessa segunda-feira, 19 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará um decreto que introduzirá novas normas para a educação a distância no Brasil.
A iniciativa visa implementar uma fiscalização mais rigorosa
sobre a modalidade de ensino, estabelecendo um limite máximo de 70 alunos por
turma em aulas ao vivo dentro de cursos semipresenciais.
O novo regulamento também trará mudanças significativas ao
proibir a oferta de cursos na área da saúde e licenciaturas na modalidade de
ensino a distância.
Dessa forma, os alunos que desejarem cursar essas áreas
deverão frequentar as aulas presencialmente ou, em situações específicas,
participar de atividades semipresenciais com transmissão ao vivo via vídeo.
A decisão de restringir os cursos de saúde na modalidade EAD
foi anunciada anteriormente por Daniel Ximenes, diretor de regulação de
educação superior do Ministério da Educação (MEC), em abril.
Atualmente, diversas graduações na área da saúde, incluindo
Fisioterapia, Farmácia e Enfermagem, são oferecidas na modalidade EAD, o que
gera preocupações sobre a qualidade do ensino.
O setor de Enfermagem é um dos mais impactados pela nova
legislação, visto que cerca de 40% das matrículas nessa área eram realizadas na
modalidade a distância antes da suspensão das autorizações.
O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou em março
que sua gestão pretende assegurar que todas as matrículas nessa área sejam
presenciais.
As mudanças nas diretrizes para a educação a distância
estavam previstas para serem implementadas em dezembro do ano passado, mas
foram adiadas por quase seis meses devido à necessidade de encontrar um momento
apropriado para sua divulgação.
O governo considerou cuidadosamente as reações da opinião
pública e os possíveis impactos negativos associados às novas regras,
especialmente no que diz respeito ao acesso à educação para populações mais
vulneráveis.
Desde sua posse, Camilo Santana tem defendido uma regulação
mais rígida para garantir a qualidade do ensino. Em declarações anteriores, ele
enfatizou que as alterações visam coibir práticas inadequadas no setor
educacional e proteger os interesses dos estudantes.
Fonte: O antagonista