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18/09/2025 13:41 | 2 min de leitura
Um total de 1.282 municípios não é capaz de gerar recursos suficientes nem sequer para custear despesas mínimas da administração pública, como os salários do prefeito e dos vereadores de suas Câmaras Municipais.
A informação faz parte de um estudo sobre a situação fiscal das
cidades brasileiras, divulgado nesta quinta-feira (18/9) pela Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A análise toma como base dados 2024 sobre 5.129 cidades. Elas abrigam 95% da
população brasileira. O trabalho define um indicador para avaliar a situação
entre gastos e receitas dessas prefeituras. Trata-se do Índice Firjan de Gestão
Fiscal (IFGF), que vai de 0 a 1, sendo melhor o quadro fiscal do município
quanto mais próximo ele estiver da nota de 1.
O estudo avaliou quatro fatores básicos. Foram eles: 1) a liquidez, que mostra
se a cidade cumpriu com suas obrigações financeiras no ano observado; 2) o
gasto com pessoal, que traz o peso da folha de salários dos trabalhadores
ativos e inativos no orçamento; 3) os investimentos; e 4) a autonomia, que mede
a capacidade de arrecadar recursos a partir da própria economia local (ou seja,
fazendo o dinheiro girar).
Foi justamente esse quarto ponto da avaliação, o que afere a autonomia, que
constatou a incapacidade dos 1.282 municípios, o equivalente a 25% do total
analisado, de gerar receita. Para definir o potencial das cidades em originar
esses recursos, a pesquisa avaliou a arrecadação com impostos vinculados à
atividade econômica, como ISS, IPTU, ICMS e IPVA.
Fonte: Metrópoles