quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

IVES GANDRA ESCREVE: O PROJETO DE PODER DE UM PRESIDENTE QUE SE DECLARA COMUNISTA

A grande arma da democracia é a palavra para mostrar o que é fato e o que é narrativa.

 Dia Internacional da Democracia - Portal C3

Hoje escreverei sobre teoria de poder e aquilo que entendo esteja ocorrendo no Brasil, mas com visão, embora de professor universitário, mais de historiador do que de jurista ou de filósofo. Escreverei sobre o que parece fundamental, de como a história vê a realidade dos fatos.

Para o historiador, interessam os fatos, não as narrativas de quem está no poder. Porque quem está no poder busca sempre, com suas narrativas, justificar o que está fazendo.

O historiador vê os fatos que são as consequências daquilo que quem está no poder ou está provocando ou está vendo.

É um fato que o presidente Lula declarou no Foro de São Paulo que ele se orgulhava de ser comunista.

Quem conhece Marx sabe perfeitamente que Marx queria eliminar por completo todos os opositores para impor o que ele chamava de ditadura do proletariado, inclusive justificando meios violentos para afastar aqueles que pensassem de forma diferente.

Também é fato que o Presidente da República declarou que ele se sentia orgulhoso de ter colocado um ministro comunista no Supremo Tribunal Federal.

É algo que, efetivamente, para o Poder Judiciário, cuja função é interpretar o direito sem se imiscuir na política, esse fato é um fato preocupante. Como também é fato que o Ministro Dino no Supremo segundo o presidente Lula exercerá também função política. O Supremo, tendo um
político, evidentemente poderá ver os fatos diferentemente daqueles que lá estão,  apesar de hoje muito mais voltados ao Executivo do que estavam no passado, não terem essa sensibilidade, por serem especialistas no direito.
 
É um fato que o presidente Lula recebeu Maduro, ditador da Venezuela, com tapete vermelho.  E que ele tem relações de grande amizade com Ortega, com os ditadores de Cuba, com Putin, ditador da Rússia, e com o Xi Jinping, ditador da China. É fato também que, por ser praticamente antiocidental, hoje está contra Israel e a favor do Hamas. Estou falando de fatos. Aquilo que, enfim, são fatos encontrados na realidade brasileira. Chegou até a dizer que os Estados Unidos orientaram, por seu departamento de Justiça, a Operação Lava Jato contra a Petrobrás.
 
O Supremo Tribunal Federal do Brasil, apesar de constituído de grandes ministros, passou a ter, desde o ano passado, uma certa condução política. Isso declarado pelos próprios ministros. Um dos ministros do Supremo declarou que eles derrotaram o bolsonarismo. Uma diferença de apenas 2 milhões de votos entre 60 e 58 milhões. Mas não é função do Supremo derrotar
o bolsonarismo. Um outro ministro declarou que eles garantiram a eleição do
Lula.
 
Também é verdade que os veículos favoráveis ao presidente Bolsonaro, esses veículos, nos últimos 15 dias que antecederam as eleições, foram desmonetizados e proibidos de veicular matéria contra o presidente Lula ou o candidato Lula.
 
Um dos aspectos que impressiona nas ditaduras da Venezuela, de Cuba, da Nicarágua, da Rússia e da China é que o Poder Judiciário é submisso
ao Poder Executivo.
 

E hoje nós vemos um Poder Judiciário que vai a solenidades com Presidente da República e está em permanente apoio ao que o Presidente da República diz. No próprio discurso, durante as “comemorações” do dia 8 de janeiro, o ministro Alexandre Moraes e o presidente Lula, num discurso fora do contexto, criticado até pelos editoriais dos grandes jornais, como a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo, declararam que eram os grandes defensores da democracia e queriam o controle das redes sociais. É um fato que todos ouviram.
 
É um fato também que o que ocorreu no dia 8 de janeiro foi algo que todos sabiam que não poderia ser um golpe de Estado.
 
O fato é que as Forças Armadas, eu dizia isso desde agosto do ano passado, como professor da Escola de Comando de Estado Maior do Exército onde ministrei aulas de direito constitucional até 2022 para aqueles coronéis que, dentre eles, no fim do ano seriam escolhidos, os generais de brigada daquele ano, que as Forças Armadas nunca embarcariam na iniciativa de dar um golpe de Estado. Isso já ficara demonstrado desde quando era presidente echefe das Forças Armadas, o presidente Bolsonaro. Naquele período não houve a menor tentativa de golpe, porque as Forças Armadas jamais o dariam.
 
À evidência, com muito mais razão não haveria golpe a partir do momento que o Presidente Lula passou a ser chefe das Forças Armadas!
 
Ora, um grupo desarmado, de pessoas sem nenhum passado, sem ficha policial e, ao mesmo tempo, pessoas que, de rigor, tinham, segundo os jornais, um deles, uma faca, não poderiam em nenhum lugar do mundo e nem no Brasil dar um golpe de Estado. Basta lembrar que um pequeno contingente de soldados, sem ter dado um tiro, conseguiu desocupar os prédios públicos e prender mil e setecentas pessoas, em alguns minutos apenas.
 
Não houve golpe de Estado, porque não era possível um golpe sem armas, sem Forças Armadas, que estavam do lado do governo cujo chefe era o presidente da república, por isso não houve também atentado violento ao Estado de Direito. O Estado de Direito depende dessa segurança para ser mantido. Ele estava inteiramente com o presidente.
 
Também é um fato que, hoje, o conceito de democracia é um conceito que não é dado pelo povo, mas é definido por ministros do Supremo Tribunal Federal, que falam o que é democracia e a defendem.
 
Também, outro fato, há limitações na liberdade de expressão no país e há também presos políticos, porque esses presos, do dia 8 de janeiro, são presos políticos. Pessoas que sem nenhum passado criminal, sem nenhuma arma, incapazes de dar um golpe de Estado, foram condenadas a 17 anos por terem expressado e destruído alguns prédios públicos, como o pessoal do MST e o pessoal do PT fizeram na Câmara dos Deputados, no governo do Michel Temer, sem terem sido condenados por atos golpistas. Ou como se tentou fazer, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por ocasião da votação da privatização da Sa besp, um grupo também de esquerda, soltos em 24 horas.
 
Isso levou o V-Dem Instituto da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, que eu o cito sempre, a declarar que o Brasil é uma democracia relativa, que aqui há presos políticos e aqui no Brasil nós não temos liberdade de expressão.
 
Esses fatos é o que os historiadores verão no futuro e que nós estamos vivendo na atualidade.
 
E é por essa razão que eu gostaria de lembrar um outro fato que me preocupa, e esse mais do que outros.
 
A reforma tributária terminou com a federação, pois o que caracteriza uma federação é sua autonomia política, administrativa e, principalmente, financeira.
 
           O direito de definir aqueles tributos que são da sua competência dentro do âmbito da propriedade federativa.
 
Para os municípios, o grande imposto era o ISS, para os estados, o ICMS. Agora haverá apenas autonomia política e administrativa. Não haverá mais autonomia financeira. Todo o IBS, que é dos estados e municípios, será definido em lei pela União, que terá que seguir o regime jurídico do CBS.
 
E quem vai receber, distribuir, controlar, devolver aquilo que for necessário é um conselho instalado em Brasília com 27 representantes dos municípios, 27 representantes dos estados, mas subordinados a uma legislação definida pelo Congresso Nacional.
 
O que vale dizer, em outras palavras, aquele poder que as Assembleias Legislativas tinham de definir o regime jurídico, não existirá mais.
 
Isso será definido na forma de execução das leis aprovadas no Congresso Nacional por um conselho em que cada estado vai ter um delegado, que não se sabe qual será, e 5.569 municípios terão 27 delegados. Vale dizer, perderão a possibilidade de decidir em casa e serão subordinados a um conselho.
 
Num regime que vai devolver tributos e num regime que vai compensar, inclusive, estados e municípios que perdem, mas de acordo com critérios que vão ser estabelecidos e que, evidentemente, levarão os estados e municípios que vão perder receita a estarem com um pires na mão durante o governo. É um projeto de poder.
 
A própria competência das entidades federativas de definirem as alíquotas no regime jurídico imposto pela União é relativa, pela impossibilidade de se alterar o regime. Em outras palavras, dificilmente o farão.
 
Com a concentração da autonomia financeira das diversas entidades federativas na União, Brasília passa a ser não só a capital do país, mas, de rigor, o lugar onde se definirá toda a história de todas as entidades federativas.
 
Portanto, um projeto de poder na definição da democracia, um Poder Judiciário vinculado ao poder executivo nas decisões, nas suas declarações dos ministros e um Congresso Nacional que, em última análise, o governo, por enquanto, está sendo obrigado a conceder emendas para a destinação de verbas para determinados locais, para determinadas áreas de influência de alguns políticos, a fim de, com isso, ir também aprovando seus projetos no Congresso.
 
Há, portanto, um projeto de poder, de considerar que todos os pensam de forma diferente, para, enfim, desvirtuar o pensamento conservador, pois quem pensa diferente passa a ser bolsonarista. Sem se perceber, e tem consciência que se percebe, que uma parte daqueles que votaram em Bolsonaro não eram bolsonaristas. Votaram em Bolsonaro porque não queriam Lula. De rigor, dos 150 milhões de eleitores, Lula só teve 60 milhões de votos. Vale dizer, 90 milhões de brasileiros não queriam o presidente Lula no poder.
 
Então, dentro dessa linha, evidentemente, há um projeto de poder. Um projeto de concentração de poder. Um projeto de tentar desfigurar a oposição, os conservadores, fazendo com que esses pensadores recebam sempre o cunho de bolsonaristas, sabendo que, assim fazendo, a imprensa se coloca contra, porque no período do ex-presidente Bolsonaro, ele foi inábil no contato com a imprensa, além de reduzir os anúncios oficiais.
 
A maior parte da imprensa se colocou, durante os quatro anos, contra Bolsonaro e continua criticando pela forma como foi tratada pelo governo, principalmente em nível de receitas, que é o que não acontece no governo atual: que voltou a colocar os anúncios que a imprensa precisa, o que se compreende perfeitamente, porque, realmente, a imprensa tradicional depende dos anúncios para manter as equipes, que não são baratas.
 
E a grande parte de conservadores, que não querem o marxismo, já que o presidente Lula se disse comunista e colocou um ministro, que se declara comunista, no Supremo.
 
Mas, a essa altura, como todos os conservadores para a esquerda são considerados bolsonaristas, cria-se a ideia que quem é bolsonarista não pode pensar em democracia e os da esquerda são os únicos que sabem bem o que é a democracia, que é o caminho de pensamento único e socialista.
 
É dentro desse quadro parece-me que nós estamos, em um processo de tornar o Brasil de rigor, como dizia Gramsci “uma das formas da esquerda de conquistar o poder é utilizar todos os caminhos da democracia” e implantar a ditadura. Nós estamos a caminho, no Brasil, das trilhas gramscianas, daquele filósofo e cientista político que percebeu que, em muitos países, a ditadura de esquerda era conseguida por meio de processos ditos democráticos.
 
Creio que a única forma que os conservadores têm de combater, numa democracia, esse quadro é utilizar o que eu mesmo, como conselheiro da OAB, de 1979 a 1984, usei, ou seja, a palavra. Se mais pessoas tiverem a coragem de dizer o que está acontecendo e não tiverem receio de ser perseguidas por pensarem de forma diferente do governo e continuarmos a defender o que a democracia se faz com o diálogo amplo, respeitoso, mas permanente entre as teses de situação e oposição, se nós não fizermos isso, nós correremos a passos largos para uma ditadura.
 
Como um velho professor de direito, acostumado a escrever sobre direito, economia, ciência política, filosofia, história e literatura, que completará 89 anos em 12 de fevereiro, venho aos brasileiros e, especificamente, aos meus leitores fazer esse apelo: que tenhamos coragem de utilizar a grande arma da democracia, que é a palavra, a fim de mostrar quais são os fatos e não as narrativas que hoje estão dominando o país.

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Dire ito da Fecomercio-SP, ex-p residente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

PÓS GRADUAÇÃO EM CAFEICULTURA: FUNDAÇÃO PROCAFÉ CONVOCA PARA ÚLTIMAS VAGAS


Pós Graduação em Cafeicultura

Descubra como aumentar sua produtividade e lucratividade. ​

 

Para quem é o curso?

O curso de Pós Graduação em Cafeicultura é para o profissional, portador de diploma de curso superior, que deseja estar inserido nas necessidades da cafeicultura moderna, em que não basta ter conhecimento em áreas específicas, mas sim na atividade como um todo.

 

Nossos alunos sairão com um nível de conhecimento elevado, tendo passado por todas as áreas envolvidas na cafeicultura, desde a escolha da área para formação de lavouras até a comercialização do produto final.

 

Sendo assim, terão forte embasamento, para o dia a dia de sua vida profissional, seja para pesquisas, departamento técnico, representação comercial ou para trabalhos autônomos, estando todos aptos a indicarem e trabalharem com o que se tem de mais eficiente na cafeicultura atual.

 

Objetivo do Curso:

Promover um forte embasamento técnico e prático, de modo que os alunos sejam capacitados para atuar de forma decisiva e transformadora na cafeicultura moderna. Conhecimento de novas cultivares, aumento da produtividade, otimização de processos, redução de custos e produção de um produto final de qualidade, todas estas são competências que o curso proporcionará aos alunos para que, no dia a dia de sua vida profissional, seja como pesquisadores, consultores técnicos, representantes comerciais ou trabalhadores autônomos, estejam aptos a atuar e indicar o que há de mais eficiente na cafeicultura atual.

 

Carga horária e duração

  • 360 horas

  • Duração de 25 meses

  • Serão 22 encontros e mais 3 meses para confecção do TCC

  • Encontros mensais, com aulas às sextas-feiras, das 13:30h às 21:30h, e aos sábados, das 8h às 12h.

  • Aulas em Varginha e Boa Esperança

 

Programação

  • Sistemas Produtivos

  • Botânica, Fisiologia e Desenvolvimento de Novos Cultivares

  • Formação de Mudas e Implantação de Lavouras

  • Fertilidade do Solo e Nutrição do Cafeeiro

  • Metodologia Científica

  • Pragas e Doenças do Cafeeiro

  • Colheita e Pós-colheita

  • Podas do Cafeeiro

  • Irrigação do Cafeeiro

  • Gestão Econômica, Financeira

  • Mercado de Cafés

  • Tópicos Especiais em Cafeicultura

  • Trabalho de Conclusão de Curso

 

Investimento

  • Matrícula: R$350,00

  • 22 parcelas de R$ 684,74 (Valor bruto)

  • 22 parcelas de R$ 594,65 (o desconto está condicionado ao pagamento antecipado até a data limite estabelecida pela instituição, conforme informado no boleto)

  • Previsão de início: 15 de Março 2024

 

Inscrições:

https://www.uniube.br/curso/presencial/pos-graduacao/especializacao-em-cafeicultura-varginha

 

EUA ENFRENTAM UMA EPIDEMIA DE IST 'FORA DE CONTROLE': A SÍFILIS APARECE MAIS GRAVEMENTE


 iLexx/istock

iLexx/istock

05/02/2024

Os Estados Unidos estão enfrentando uma epidemia de infecções sexualmente transmissíveis que está se ficando cada vez mais “fora de controle”, conforme alerta da Coligação Nacional de Diretores de IST.

O aviso veio através da divulgação do relatório anual de dados sobre ISTs pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

De acordo com o CDC, foram relatados mais de 2,5 milhões de casos de clamídia, gonorreia e sífilis no país.

A clamídia manteve-se como a IST mais comum nos EUA em 2022, ocupando o primeiro lugar ao longo dos anos.

No entanto, é o aumento recente da sífilis que tem gerado maior preocupação entre as autoridades de saúde. De acordo com os dados do CDC, os casos de sífilis em todos os estágios aumentaram 80% nos últimos cinco anos.

Embora muitos associem as ISTs a adultos, a sífilis também representa uma ameaça à vida dos bebês. Quando uma criança contrai sífilis da mãe durante a gravidez ou parto, isso é denominado sífilis congênita.

Em 2022, mais de 3.700 casos de sífilis congênita foram oficialmente notificados nos EUA, representando um aumento de 937% em uma única década.

A sífilis é curável com os antibióticos adequados. No entanto, se não for diagnosticada e tratada a tempo, a infecção pode causar danos irreversíveis ao organismo.

Nos bebês, a sífilis é especialmente perigosa, podendo resultar em atrasos no desenvolvimento, convulsões ou até mesmo a morte.

Transmissão da sífilis em adultos


Em adultos, a sífilis é transmitida por sexo vaginal, anal ou oral e tende a progredir em estágios.

O estágio primário geralmente envolve feridas ao redor da boca ou genitais, enquanto o estágio secundário pode desencadear erupções cutâneas no corpo e sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre , dor de cabeça, dor de garganta e fadiga.

As duas primeiras fases são os períodos em que a infecção apresenta maior contagiosidade. A progressão para o terceiro estágio, que pode afetar os órgãos e ter consequências fatais, é rara.

A preocupação cresce com o aumento de cerca de 10% ao ano nas fases iniciais da sífilis, representando uma ameaça significativa à saúde dos bebês em todo o país.

Em apenas um ano, os casos de sífilis congênita registraram um aumento de 31% nos EUA, impactando de maneira desproporcional as crianças negras ou afro-americanas.

Fonte: Catraca Livre

PREFEITO VÉRDI MELO REÚNE COM EQUIPE DA VARRIÇÃO

O prefeito Vérdi Melo começou a Terça-feira, 6, reunido com  as responsáveis pela varrição de praças e ruas da cidade. Eram 7h quando ele chegou na secretaria de obras e se dirigiu até o refeitório era aguardado para uma reunião.  Um momento de ouvir suas reivindicações.

Desde que assumiu  a prefeitura essa tem sido a postura do Prefeito. Dar voz aos servidores, ouvir suas necessidades buscando sempre melhorar a qualidade do serviço e de trabalho para  todos.

Na oportunidade Vérdi  lembrou do aumento substancial proporcionado pela
Administração no tíquete alimentação que chegou a R$ 970,00, falou do reajuste salarial e da Unimed.

Por fim, Vérdi ouviu as reivindicações e irá decidir quais medidas serão implementadas.

 

IMPORTANTE: ZEMA PUBLICA LIVE AO LADO DE CLEITINHO E NÍCOLAS FERREIRA; ASSISTA AO VÍDEO

 Zema sobre Cleitinho e Nikolas: 'Minas muito bem representada em Brasília'  - Estado de Minas

O governador de Minas, Romeu Zema, postou à pouco uma live onde se pronuncia sobre a obrigatoriedade da vacinação das crianças para matrícula na escolas da rede pública em todo o estado de Minas gerais.

Acompanhado pelo senador Cleitinho e pelo deputado Nícolas Ferreira, os representantes do povo mineiro reafirmaram seu compromisso com as liberdades individuais e constitucionais e garantiram que em Minas, as crianças vão frequentar as escolas independente de terem se vacinado ou não. 


 

CONHEÇA 7 SINAIS DE INTOLERANCIA À LACTOSE E APRENDA ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM O PROBLEMA

 Intolerância à Lactose - Labimed | Laboratório de Análises Clínicas

Dores abdominais, flatulência e diarreia após o consumo de leite ou seus derivados, como queijos e iogurtes, podem indicar intolerância à lactose. Essa condição resulta da incapacidade do organismo em digerir adequadamente a lactose, o açúcar presente no leite.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), a intolerância à lactose afeta até 70% da população mundial em diferentes graus.

A origem do distúrbio digestivo está relacionada à ausência parcial da enzima lactase, podendo ser de origem genética, manifestando-se desde a infância, ou surgir na idade adulta. O problema ocorre no intestino delgado, onde a lactose deveria ser decomposta nos açúcares simples que a constituem, galactose e glicose.

A função da enzima lactase é facilitar a absorção dos alimentos. Quando ela está deficiente ou ausente, a lactose não é devidamente digerida, resultando em sua fermentação no intestino.

Sinais de que você tem intolerância à lactose

Quando a lactose não é devidamente processada, ela permanece no trato intestinal e passa a ser fermentada pela flora bacteriana presente ali.

O processo atrai líquido para nosso cólon e eleva a produção de gases, originando os sintomas mais familiares deste problema.

E que sintomas são esses? Veja os mais comuns a seguir:

  1. Som audível do movimento intestinal: ocorre como borbulhas ou ruídos vindos do trato digestivo, e também pode gerar flatulências;
  2. Diarreia: a intolerância à lactose gera diarreia algumas horas após o consumo de produtos lácteos;
  3. Dores abdominais: pessoas com intolerância à lactose experienciam dores abdominais que podem variar de leves a severas;
  4. Sensação de inchaço: o acúmulo de gases no sistema gastrointestinal pode causar uma sensação de inchaço e desconforto abdominal;
  5. Náusea e vômitos: dependendo do grau da intolerância, algumas pessoas podem experimentar náuseas e vômitos após a ingestão de derivados do leite;
  6. Diarreia ácida: em casos mais sérios, a diarreia resultante pode ser ácida, causando irritação na pele ao redor do ânus;
  7. Perda de peso: em casos mais graves de intolerância à lactose, é possível que haja perda de peso e desidratação como resultado de uma ingestão inadequada de líquidos e nutrientes.

Os sintomas da intolerância à lactose podem se manifestar minutos ou horas após a ingestão de alimentos contendo lactose, variando em intensidade.

O diagnóstico preciso dessa condição é obtido através de consulta a um médico ou nutricionista.

Como ocorre o diagnóstico?

Normalmente, o profissional orienta o paciente a suspender o consumo de alimentos com lactose por um período, observando se os sintomas diminuem ou desaparecem. Posteriormente, o paciente reintroduz a substância para verificar se os desconfortos retornam.

Outra abordagem para identificar a intolerância à lactose é por meio do teste de hidrogênio respiratório. Esse exame não invasivo analisa o ar expirado pela pessoa antes e depois de ingerir uma dose de lactose.

Quando a lactose fermenta no intestino, ocorre uma superprodução de hidrogênio. Se o teste indicar que o ar exalado contém uma quantidade elevada desse gás, é um sinal de intolerância à lactose.

Por outro lado, um teste genético pode determinar a possível origem ou predisposição genética (homozigótica e heterozigótica) da doença.

Como lidar com a intolerância à lactose?

Viver com intolerância à lactose pode representar um desafio, mas é perfeitamente viável. Manter uma dieta equilibrada e evitar alimentos que contenham lactose são medidas essenciais.

Em casos menos severos, consumir uma pequena quantidade de lactose ocasionalmente pode não resultar em efeitos colaterais significativos.

A intolerância à lactose não implica necessariamente em uma alimentação sem sabor. Mesmo não podendo consumir leite e derivados, aqueles com intolerância à lactose ainda podem desfrutar de uma dieta equilibrada e saborosa, incluindo carnes, ovos, frutas, verduras, legumes, cereais, grãos e sementes, que não contêm lactose. Além disso, há produtos “sem lactose” disponíveis no mercado.

O fundamental é seguir sempre as orientações do médico e nutricionista para garantir uma alimentação saudável e adequada às necessidades do corpo.

Com informações de Catraca Livre

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

BRASIL REGISTRA MAIS DE 600 AMPUTAÇÕES DE PÊNIS POR ANO; DESCUBRA O MOTIVO

Foto: GETTY IMAGES via BBC

País tem alto número de desfechos graves do câncer que pode ser evitado com higiene diária.

Nos últimos 10 anos, mais de 6 mil procedimentos de amputação peniana foram registrados no Brasil, com uma média anual superior a 600 casos, conforme revelado por um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), baseado em dados do Ministério da Saúde.

A amputação de pênis tornou-se uma medida de tratamento adotada em cerca de três em cada 10 pacientes diagnosticados com estágios avançados de câncer peniano durante esse período. A SBU destaca que essa situação poderia ser evitada por meio de práticas simples, como hábitos adequados de higiene e a vacinação contra o HPV.

O Dr. Maurício Dener Cordeiro, coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, ressalta que o número alarmante de amputações está principalmente relacionado à falta de informação. Ele destaca que muitos homens desconhecem a possibilidade de desenvolver câncer no pênis, o que leva à ausência de busca por especialistas e, consequentemente, a diagnósticos tardios.

É crucial destacar que, quando detectado em estágio inicial, o câncer peniano apresenta altas taxas de cura e pode ser tratado de maneira menos invasiva. Em estágios precoces, o tumor é restrito à camada superficial da pele, não afetando estruturas mais profundas, possibilitando a remoção apenas da área afetada, sem a necessidade de amputação completa.

A amputação é considerada em situações extremas, sendo o câncer peniano geralmente associado a uma infecção crônica do prepúcio, a pele que cobre a glande (a cabeça do pênis). Inicialmente, manifesta-se como uma ferida que não cicatriza e evolui para uma úlcera ou lesão grave. A falta de higiene adequada na região é uma das causas comuns, favorecendo a proliferação de fungos e bactérias.

O Dr. Maurício destaca a importância da higiene diária, especialmente durante o banho, recomendando a retração do prepúcio, exposição da glande e lavagem da região com água e sabão. Pacientes com fimose, caracterizada pela dificuldade na exposição da glande, estão mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença, podendo considerar a remoção cirúrgica do prepúcio para facilitar a higienização.

FONTE: MS/SBU

O IMPACTO DAS PROTEÍNAS NA TERCEIRA IDADE: ESTUDO APONTA QUE MULHERES SÃO MAIS IMPACTADAS


Disponível em Gazeta Brasil
Disponível em Gazeta Brasil

05/02/2024 

Os resultados revelaram que mulheres com uma ingestão mais elevada de proteínas apresentavam taxas notavelmente menores de doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento, incluindo doenças cardíacas, câncer, diabetes e declínio cognitivo.

Além disso, o tipo de proteína ingerida também influencia. Mulheres que consumiam mais proteínas de origem vegetal tinham 46% mais chances de envelhecer com saúde.

“O consumo de proteínas, especialmente as de origem vegetal, na meia-idade, está significativamente associado a uma maior probabilidade de um envelhecimento saudável”, concluíram os pesquisadores.

Andrés Ardisson Korat, cientista do Centro de Pesquisa sobre Envelhecimento da Nutrição Humana Jean Mayer do USDA da Universidade de Tufts e pesquisador principal do estudo, enfatizou que “consumir proteínas na meia-idade está ligado à promoção de uma boa saúde na terceira idade”.

Importância da Fonte de Proteínas:

O estudo também revelou que a fonte de proteínas desempenha um papel crucial. Mulheres que consumiam mais proteínas de origem animal, como carne bovina, laticínios e ovos, tinham 6% menos chances de manter sua saúde, em parte devido a preocupações como colesterol elevado. No entanto, ainda eram mais saudáveis do que aquelas que consumiam menos proteínas em geral.

Vantagens das Proteínas Vegetais:

Um maior consumo de proteínas vegetais foi associado a níveis mais baixos de colesterol LDL, pressão arterial e sensibilidade à insulina, indicando benefícios para a saúde cardíaca feminina.

Os pesquisadores sugeriram que os benefícios das proteínas vegetais podem derivar não apenas da proteína em si, mas também de outros componentes presentes em alimentos vegetais, como fibras, micronutrientes e compostos benéficos, que ajudam a prevenir a inflamação.

Recomendações e Fontes de Proteínas:

Os autores do estudo sugeriram que é uma boa ideia começar a consumir proteínas adequadas desde a juventude, antes que problemas de saúde surjam.

Entre os alimentos ricos em proteínas vegetais, destacam-se leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico, além de cereais integrais como aveia e quinoa. Frutos secos, como nozes, amêndoas e castanhas, também são fontes de proteínas, fornecendo gorduras saudáveis e outros nutrientes essenciais para a saúde cardiovascular.

As leguminosas, ricas em ferro e vitaminas do grupo B, são essenciais para a saúde cerebral e sanguínea. A quinoa, com seus aminoácidos essenciais e baixo índice glicêmico, contribui para o controle do colesterol.

Os frutos secos, além de proteínas, fornecem omega-3, fibras, vitamina E e potássio, promovendo a saúde cardiovascular. No entanto, recomenda-se um consumo moderado, adaptado às necessidades individuais, e a orientação de um nutricionista.

Essas descobertas enfatizam a importância de uma dieta equilibrada, rica em proteínas, especialmente aquelas provenientes de fontes vegetais, para promover a saúde ao longo do envelhecimento.

Fonte: Gazeta Brasil

TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS SERÁ LIBERADO PELO GOVERNO LULA PARA DIVERSOS TIPOS DE ESTABELECIMENTOS; VEJA LISTA

Breno Esaki/Agência Saúde-DF

O Ministério do Trabalho está finalizando a relação dos setores que terão permissão para operar durante os feriados sem a necessidade de autorização por meio de convenção coletiva, que é negociada entre sindicatos e empresas.

Além dos já divulgados farmácias e postos de gasolina, conforme anunciado pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, outros estabelecimentos que poderão abrir em feriados sem a necessidade de negociação coletiva incluem o comércio de flores e coroas funerárias, padarias e confeitarias, salões de beleza, pontos de gás, locadoras de bicicletas, parques de diversão, estabelecimentos esportivos (como estádios de futebol), feiras de livros, feiras e exposições, e agências de turismo.

Hotéis, restaurantes, bares e similares também serão exceções à regra do acordo coletivo. A lista de setores contemplados deve abranger aproximadamente 200 segmentos.

No ano anterior, o ministro Marinho revogou uma medida do governo de Jair Bolsonaro que permitia o funcionamento do comércio em feriados sem a necessidade de negociação coletiva.

O ministro argumenta que tal medida vai de encontro à lei 10.101, de 2000, que estabelece explicitamente a permissão para o trabalho em feriados no comércio, “desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal”.

Bolsonaro havia liberado o comércio para trabalhar em feriados sem negociação coletiva em 2021, justificando que isso impulsionaria as contratações e o número de empregos.

Marinho acredita que a lei deveria ser aplicada a todas as categorias novamente. Ele afirma: “Não há proibição, apenas a exigência de uma negociação. O país precisa perder o medo de acordos.” Ele destaca ainda que “o trabalhador tem o direito de se programar”.

A reação à iniciativa levou o ministério a iniciar negociações com entidades patronais e de trabalhadores, resultando na elaboração da lista com 200 setores considerados essenciais, os quais ficarão isentos da obrigação de negociar.

Com informações da Folha de SP/MÔNICA BERGAMO

CIÊNCIA REVELA O QUE SENTIMOS NA HORA DA MORTE E RESULTADOS IMPRESSIONAM

A vida que é túnel com a morte ao fundo | Megafone | PÚBLICO

Ainda que seja uma realidade incontestável, o fenômeno da morte continua a ser um dos enigmas mais profundos para a humanidade.

Por um lado, diversas construções culturais, religiosas ou mesmo filosóficas tentam conjecturar sobre o que aguarda além desse limite.

Por outro lado, a ciência busca explicar o breve instante que separa a vida da morte.

A morte do ponto de vista neurológico

Sob uma perspectiva neurológica, durante o momento da morte, o sistema nervoso central cessa de operar de maneira permanente e irrevogável. Os processos desencadeados no corpo podem variar conforme as circunstâncias específicas do falecimento de cada indivíduo.

Em situações em que a morte ocorre de forma gradual, como em casos de falência de múltiplos órgãos, observa-se uma tendência do organismo em priorizar o funcionamento do cérebro, do coração e dos rins.

“Existe um processo lento e progressivo que pode acontecer em algumas situações, como por exemplo um indivíduo que entra em falência de múltiplos órgãos. O que ocorre lenta e progressivamente é que os órgãos principais são priorizados, como por exemplo o cérebro, o coração e os rins. Os outros órgãos vão sofrendo. No decorrer do tempo, tudo para, como se fosse um ônibus que colide com um poste. Quem está dentro, aos poucos também vai sofrer uma desaceleração e para de ter o movimento em ação”, explica o médico neurocirurgião Fernando Gomes, professor livre-docente do Hospital das Clínicas de São Paulo.

O médico neurologista Felipe Chaves Duarte, do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, explica o que acontece em casos de mortes que não envolvem o cérebro inicialmente.

Quando um paciente morre por causas não neurológicas, lentamente há uma perda da regulação da pressão arterial dos vasos da cabeça, com redução do aporte de oxigênio e glicose. Com isso os neurônios entram em morte celular por hipóxia, que é a falta de oxigênio, e ocorre uma isquemia das células neuronais. Elas extravasam seu conteúdo para o meio ao redor das célula e param de funcionar (Felipe Chaves Duarte, médico neurologista)

Após a morte neuronal, dependendo do tipo de cuidados médicos que o paciente recebe, como por exemplo aqueles oferecidos em unidade de terapia intensiva (UTI), outros órgãos do corpo podem permanecer funcionando com o uso de medicamentos e suporte de aparelhos de ventilação mecânica.

“Esse estado é diagnosticado por especialistas e chamado de morte encefálica. Quando ocorre a morte encefálica, não existe mais a consciência do paciente. Ele não consegue mais pensar ou perceber o meio ao redor. Ele deixa de existir como pessoa e seus órgãos fora do sistema nervoso continuam funcionando de forma artificial”, afirma Duarte.

Morte das células

Os especialistas explicam que a morte das células acontece de maneira progressiva. A ordem com a qual o processo acontece depende da causa da morte.

“Se um corpo que sofreu morte encefálica continuar sendo mantido de forma artificial, os órgãos fora do sistema nervoso podem continuar funcionando por semanas. Caso o coração pare de bater, como uma parada cardíaca, órgãos como o pulmão podem se manter viáveis para transplante por até 4 horas e órgãos como o rim por até 36 horas desde que armazenados em recipientes adequados”, aponta Duarte.

Dentro do cérebro, algumas células que sozinhas não consegue manter a atividade cerebral podem sobreviver por horas após a declaração da morte.

Quando um paciente tem morte cerebral, as primeiras células que morrem são os neurônios, como explica o neurocientista Fernando Gomes.

“Esse tipo de célula consegue permanecer em situações normais de temperatura e pressão até cinco minutos sem o aporte de oxigênio. Depois disso, lesões irreversíveis acontecem nessas células e, em um contexto geral, isso pode provocar o que nós chamamos de morte cerebral. É questão de tempo até que todo o corpo deixe de funcionar principalmente se não tiver um suporte de terapia intensiva”, afirma.

De acordo com o especialista, as células que conseguem resistir por mais tempo sem a presença de oxigênio são as epiteliais da córnea. Elas recebem o elemento químico de maneira diferente e podem se manter viáveis por aproximadamente 6 horas após o falecimento, tornando-se aptas para transplantes dentro desse período. Em contraste, outros órgãos destinados a transplantes necessitam de cuidados especiais para sua preservação, como resfriamento adequado ou o uso de soluções químicas específicas.

O que podemos sentir no momento da morte?

Um estudo denominado Aware, divulgado em 2014 pela revista Ressuscitation, conduziu entrevistas com 101 pacientes que experimentaram uma parada cardíaca e foram ressuscitados por intervenção médica. 

Quase metade deles afirmou não recordar de nada relacionado ao evento, enquanto um pouco mais de 40% descreveram memórias detalhadas, como a visão de plantas ou pessoas, além de relatos de intenso medo. Cerca de 9% dos participantes relataram experiências compatíveis com fenômenos de quase morte.

Em outra pesquisa, publicada no periódico científico Frontiers in Aging Neuroscience, pesquisadores alcançaram um feito inédito ao analisar imagens cerebrais registradas exatamente no momento da morte. O paciente em questão, um indivíduo de 87 anos com epilepsia, encontrava-se submetido a um exame de eletroencefalografia quando sofreu um ataque cardíaco fulminante.

“No estudo, foi possível captar instantes antes e depois do momento da morte desse paciente. O que se notou é que 15 segundos antes e depois houve oscilações gama. Então acaba sendo um ritmo de funcionamento eletroencefalográfico bastante alto, com mais de 32 hertz de frequência”, afirma Gomes.

Responsáveis pela atividade sincronizada dos neurônios, as ondas gama também são associadas a fatores como a memória, meditação e aos sonhos humanos. O neurocirurgião explica que durante a fase de sono REM (rapid eye movement, em inglês), em que há um relaxamento do corpo e alta atividade cerebral, essas ondas de alta frequência podem ser captadas.

“Isso mostra uma possibilidade para aquela ideia que a gente tem de que no instante da morte, antes de fato da consciência ir embora, a gente passa por um momento de superconsciência, em que memórias de muita relevância, principalmente emocional, são acionadas, como se passasse um filme da sua vida mesmo. Não dá para provar isso, mas do ponto de vista elétrico isso faz sentido”, diz Gomes.

O neurocientista afirma que, em alguns contextos, torna-se difícil vivenciar qualquer tipo de sensação, como em mortes súbitas ou com extrema dor.

Em casos de morte súbita, é muito difícil interpretar no plano consciente o que está ocorrendo por que o sistema nervoso central simplesmente deixa de funcionar e a consciência se apaga. Por outro lado, em situações onde existe sofrimento envolvido, o indivíduo acaba perdendo a consciência e desmaiando por dor. Existe a liberação de neurotransmissores que podem provocar uma certa sensação de conforto, de analgesia e de bem estar. Talvez isso represente um mecanismo para que a experiência não seja totalmente dolorosa (Fernando Gomes, médico neurocirurgião)

Experiência de quase morte (EQM)

A experiência de quase morte (EQM) é caracterizada por uma redução do fluxo sanguíneo cerebral, que afeta principalmente uma estrutura chamada lobo parietal. Segundo Gomes, do ponto de vista neuronal, o baixo fluxo sanguíneo não é suficiente para provocar um acidente vascular cerebral com lesão irreversível das células, porém mantém algum grau de consciência, de maneira que existe memória sobre a experiência.

“É muito comum o relato da percepção de um túnel com uma luminosidade no final e uma sensação de bem-estar provavelmente provocada pela liberação de neurotransmissores como, por exemplo, derivados de opioides, endorfinas e correlatos”, diz Gomes.

O recrutamento de memórias que tenham um fundo afetivo tem sentido principalmente por que, dessa maneira, o indivíduo entra em um estágio em que as coisas mais importantes do ponto de vista autobiográfico ficam mais em evidência (Fernando Gomes, médico neurocirurgião)

Com a temporária inatividade de várias regiões cerebrais durante experiências de quase morte, indivíduos podem vivenciar uma variedade de sensações. Uma hipótese robusta sugere que a ativação de áreas no mesencéfalo, uma parte do cérebro, durante momentos de intenso estresse físico, como uma parada cardíaca, resulta na liberação de noradrenalina.

O neurologista Felipe Duarte esclarece que a noradrenalina desempenha um papel na resposta ao medo e ao estresse, além de estar associada a regiões que medeiam emoções, como a amígdala e o hipocampo. Outros neurotransmissores aparentemente envolvidos incluem os opioides endógenos, produzidos internamente pelo cérebro, e a dopamina.

São relatos que pacientes que sobreviveram a uma parada cardíaca e contam de percepções de um extrapolamento da consciência, vendo seu corpo e os cuidados que recebe de fora, passando por uma luz ou um túnel e tendo uma sensação mística, em geral positiva, de conexão com mentais importantes da sua vida e por vezes de escolhas de retornar para a vida terrena (Felipe Chaves Duarte, médico neurologista)

A percepção de vivenciar uma experiência fora do corpo ocorre em situações de sono interrompido, como na paralisia do sono, quando a pessoa está adormecida, mas permanece consciente do ambiente ao seu redor. Há uma área específica no cérebro, localizada entre os lobos temporal e parietal, que, quando estimulada, pode induzir uma sensação artificial de estar fora do corpo.

“Uma possível explicação para a sensação de estar entrando em um túnel de luz acontece quando existe uma queda de pressão nos vasos que irrigam a retina, que ocorre durante paradas cardíacas”, aponta Duarte.

Experiências de quase morte frequentemente envolvem emoções positivas, como euforia e aceitação. Alguns medicamentos, como a quetamina, têm a capacidade de replicar essas sensações quando administrados.

“Ela ocorre ao inibir um receptor neuronal chamado NMDA. A base neuroquímica para as sensações positivas pode ser semelhante, pois esses receptores são afetados quando animais se percebem em perigo extremo. Alucinações com pessoas que já faleceram é comum em pessoas com doenças neurodegenerativas, como doença de Parkinson e doença de Alzheimer e falhas em regiões semelhantes podem ocorrer na experiência de quase morte”, detalha Duarte.

As informações são da CNN

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