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Pessoas saudáveis estão decidindo se tornar ou agir como alguém que tem problemas físicos. Nas redes sociais, passaram a ser chamadas de “deficientes trans”.
Jørund Alme, trans de 53 anos, é analista de crédito sênior em Oslo, na Noruega. Ele usa uma cadeira de rodas para se locomover no dia a dia, embora não seja paraplégico. Durante o programa Bom dia, Noruega, transmitido em 2022, revelou que gostaria de ter nascido “uma mulher paralisada da cintura para baixo”.
Alme não é único nessa nova modalidade de “deficientes trans”. Moradora da Carolina do Norte, Jewel Shuping, 33 anos, queimou os próprios olhos com um produto de limpeza, por se sentir “cega” desde pequena. O ato ocorreu com a ajuda de um psicólogo, em 2015.
Nos Estados Unidos, a prática se chama “transableism”, noticiou o jornal New York Post, no sábado 29, e tem gerado debate na internet. Ainda não há tradução para o português. Anteriormente, o nome desse comportamento era Body Integrity Identity Disorder (Desordem de Identidade de Integridade Corporal, em português), conhecido pela sigla BIID. A nomenclatura, contudo, mudou para abranger pessoas trans.
O portal Evolution News and Science Today, referência na publicação de notícias sobre ciência, descreve os atos dos “deficientes trans” da seguinte maneira: “Algumas dessas pessoas se mutilam; outras pedem aos cirurgiões uma amputação ou a transecção da medula espinhal”.
Deficientes trans e trans alien
Diferentemente de pessoas que modificam o próprio corpo para se parecerem com o sexo oposto, o francês Anthony Loffredo, 33 anos, decidiu transformar-se em um “trans alien”. Para isso, realizou uma série de cirurgias.
Os procedimentos envolveram remoção das orelhas, do nariz e até alguns dedos das mãos. Loffredo também raspou os dentes, de modo a afiá-los, e os pintou de roxo. Além disso, cortou a língua e cobriu-se de tatuagens estilizadas.
Ao podcast mexicano Club 113, o “trans alien” revelou que, antes das modificações, se sentia em “um corpo ao qual não pertencia”. Ele disse que sua aparência atual faz com que se sinta seguro quanto a si mesmo e ao mundo.
Segundo Loffredo, as cirurgias começaram há setes anos e se tornaram um vício. Ele garantiu que, desde a adolescência, era “apaixonado por mutações”.
Revista Oeste