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Durante uma escavação no deserto de Neguev, em 4 de maio, arqueólogos da Universidade de Tel-Aviv encontram sementes de uvas citadas na Bíblia. O achado tem mais de mil anos. A fruta é mencionada em Gênesis 49:11, quando Jacó abençoa seu filho Judá: “Ele amarrará seu jumento a uma videira, seu jumentinho ao ramo mais escolhido; ele lavará suas vestes no vinho, suas vestes no sangue das uvas”.
Outra passagem está em Números 13:23, que descreve um cacho de uvas muito grande, trazido pelos homens enviados por Moisés para explorar a “terra prometida”: “Quando chegaram ao Vale de Eshkol (identificado por alguns como Nahal Sorek), eles cortaram um galho com um único cacho de uvas. Dois deles o carregavam numa vara entre si”.
Entre outras sementes, os pesquisadores da Tel-Aviv acharam a variedade Syriki, usada até hoje para fazer vinho tinto de alta qualidade na Grécia e no Líbano. O nome da planta, que marca seu local de origem, é derivado de Nahal Sorek, um riacho importante nas colinas da Judeia.
Como as sementes de uvas citadas na Bíblia foram identificadas
Os cientistas encontraram 16 sementes de uvas no chão de uma sala localizada no sítio arqueológico de Avdat, onde fica uma cidade nabateia (civilização antiga) em ruínas desérticas. Os cientistas fizeram a descoberta por meio de uma técnica de espectroscopia infravermelha.
A partir disso, os pesquisadores extraíram o DNA das sementes e fizeram comparações com bancos de dados de videiras modernas.
Revista Oeste