15/set/2025 - 4 minutos para saber
O sistema de pedágios nas rodovias brasileiras está passando por uma transformação significativa com a introdução do modelo de fluxo livre, também conhecido como free flow. Essa inovação tem como objetivo eliminar as praças físicas de pedágio, substituindo-as por uma cobrança automatizada que se baseia na identificação eletrônica dos veículos, realizada por pórticos instalados ao longo das rodovias. Essa tecnologia já é adotada em diversos países ao redor do mundo, e segundo o governo, visa trazer segurança, eficiência e redução de custos operacionais para o Brasil .
O modelo de free flow representa
não apenas uma modernização dos pedágios, mas também um avanço na forma como as
informações de trânsito são geridas. A Carteira Digital de Trânsito (CDT) desempenhará
um papel crucial nesse cenário, reunindo todas as informações de passagem dos
veículos, o que permitirá aos usuários acessar suas cobranças de forma prática
e segura.
Quais são os benefícios do modelo de fluxo livre?
O maior benefício do sistema de fluxo livre é a
eliminação das antigas praças de pedágio físicas, o que reduz consideravelmente o tempo
de viagem e promove uma maior fluidez no trânsito. Além disso, a automatização
do processo de cobrança minimiza os custos operacionais e diminui a necessidade
de paradas, evitando trânsito e congestionamentos em zonas de pedágio, o que é
uma experiência comum no modelo tradicional. Outro aspecto relevante é a
transparência e a segurança jurídica que este sistema propõe, garantindo que as
informações sejam de fácil acesso e pouco suscetíveis a falhas.
Pagando pedágio na rodovia – Créditos: depositphotos.com / welcomia
Como será implementada a interoperabilidade no sistema de
pedágios?
A interoperabilidade é uma característica fundamental do
novo modelo de pedágios, permitindo que todo o sistema de cobrança seja
integrado por meio da Carteira Digital de Trânsito. Dessa forma, não importa em
que estado ou concessão a passagem seja feita, todas as informações estarão
centralizadas e disponíveis para o usuário, promovendo um ambiente de
transparência e eficiência. Este aspecto facilita a fiscalização e assegura que
cada veículo pague de forma justa pelas suas passagens.
O que muda para os próximos leilões de concessão?
Os novos leilões de concessão já deverão considerar a
implementação do modelo de fluxo livre, com cronogramas específicos para
adaptar o sistema de cobrança de pedágios. Esse novo requisito é um reflexo do
compromisso do governo em modernizar e digitalizar a infraestrutura logística
do país, impulsionando melhorias na experiência dos usuários de rodovias. Essa
transição busca não apenas benefícios imediatos com maior eficiência e redução
de custos, mas também uma transformação a longo prazo, onde a inovação
tecnológica redefine a dinâmica do trânsito e da gestão rodoviária do
planejamento e discussão desse modelo representantes de diversas entidades,
como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e
secretarias estaduais de infraestrutura, o que reforça a importância e
abrangência desse projeto. A apresentação do modelo final ocorreu no mês de
setembro, onde todos os detalhes técnicos e operacionais foram discutidos para
garantir uma implementação coordenada e eficaz. Exemplos de onde o sistema já
foi implementado incluem a BR-101 no Rio de Janeiro e a SP-333
em São Paulo, destacando a evolução concreta dessa iniciativa.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre o sistema de fluxo livre
(Free Flow)
- Quando
o modelo de fluxo livre começará a funcionar no Brasil?
O cronograma detalhado de implementação ainda será divulgado após a apresentação do modelo final em setembro. No entanto, a expectativa é que a adoção comece gradualmente nas rodovias concedidas a partir dos próximos leilões. - Como
o pagamento do pedágio será realizado?
O pagamento será feito automaticamente, por meio da identificação eletrônica do veículo. O usuário poderá acessar os valores cobrados e efetuar o pagamento de forma prática pela Carteira Digital de Trânsito (CDT) ou através de sistemas bancários e aplicativos integrados. - É
obrigatório ter tag ou dispositivo eletrônico no veículo?
A tendência é que o uso de tags facilite a identificação e pagamento, mas veículos sem tag também poderão ser identificados por meio de leitura das placas, com cobrança eletrônica posterior. - O
que acontece se eu não pagar o pedágio no sistema fluxo livre?
O não pagamento poderá gerar multas e restrições administrativas, seguindo a regulamentação vigente, pois a passagem em pedágios é registrada de forma eletrônica e cruzada com os dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do veículo. - É
seguro ter minhas informações centralizadas na CDT?
Sim. O sistema foi desenvolvido em colaboração com órgãos reguladores, prezando pela segurança das informações e privacidade dos dados de cada usuário. - O
modelo free flow será implantado em todas as rodovias do país?
Inicialmente, o modelo será adotado em rodovias concedidas a partir de novos leilões, mas há a intenção de expandir para outras estradas no futuro, de acordo com a adaptação do setor e aceitação dos usuários.
§ Por Bruno Silva/TBN