sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

DOUTRINAS E AFIRMAÇÕES TEMERÁRIAS DISTORCEM OS DOGMAS DA IGREJA DE CRISTO: A MARXISTA "TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO"


Bispo Dom Leo Assis


 19/12/2025 | 4 min para saber

Como Bispo da Santa Igreja, pelo exercício da autoridade doutrinária que a Tradição e o Magistério nos outorgam, é mister que coloquemos um termo à confusão semeada por certos clérigos que, embora populares, obscurecem a clareza do dogma com o verniz de um sentimentalismo sociológico.

​Referimo-nos a um certo padre que, em sua ânsia de validar movimentos de inspiração puramente imanente, tenta reabilitar a chamada "Teologia da Libertação" como se esta fosse o cerne da Revelação. Nada mais falso. Nada mais perigoso.
​Eis nosso parecer sobre tal doutrina e sobre as afirmações temerárias que a buscam sustentar:
​I. Da Pobreza Doutrinária e da Ausência de Cristo
​A Teologia da Libertação não é teologia, mas uma ideologia travestida de piedade. Ela é essencialmente pobre, não porque se volta aos pobres, mas porque é desprovida da riqueza sobrenatural da Graça. Ao reduzir o Verbo Encarnado a um mero ativista galileu ou a um símbolo de insurreição contra estruturas temporais, essa "teologia marginal" comete o crime de deicídio intelectual: retira Jesus do Trono da Glória e O encarcera nas grades de uma análise de classes marxista, ainda que tente negá-lo. Um "Jesus" que não salva do pecado e da condenação eterna, mas apenas da opressão econômica, não é o Cristo da Fé; é um ídolo de gesso moldado pelo punho erguido.
​II. Da Desonestidade Intelectual e da interpretação equivocada do Santo Magistério de João Paulo II por esse Clérigo:
​É de uma audácia deplorável citar a carta de São João Paulo II aos Bispos do Brasil em 1986 para validar a TL. O Santo Padre, em sua sabedoria petrina, nunca deu carta branca ao erro. Quando ele afirma que uma "correta" teologia da libertação é necessária, ele está, de fato, aniquilando a TL que esse certo padre defende.
​O Papa sublinha o que é indispensável: a libertação deve ser, antes de tudo, soteriológica. Quem antepõe o social ao espiritual "desnatura e subverte" a verdade. O que esses clérigos fazem é o uso de um "copia e cola" teológico, pinçando frases de conveniência e ignorando as condenações fulminantes contidas nas Instruções Libertatis Nuntius e Libertatis Conscientia.
​III. A Bíblia como Refém da Ideologia
​Afirmar que a TL está em "todos os 73 livros da Bíblia" é uma heresia exegética. A Escritura Sagrada é a história da Aliança de Deus com o homem para a sua santificação. Reduzi-la a um panfleto de libertação política é profanar a Palavra. Esse certo padre confunde a Caridade Cristã (que é teologal e desinteressada) com a Justiça Social Humanista (que é política e, muitas vezes, vingativa).
​Portanto a Teologia da Libertação é um galho seco que se desprendeu da Videira Verdadeira. É uma teologia sem o Espírito Santo, pois foca na terra e esquece o Céu; "foca" no estômago e esquece a alma; foca no "nós" social e esquece o "Eu Sou" divino.
OS POLÍTICOS A ELA LIGADOS SÃO CRIMINOSOS E LADRÕES.
​Aos fiéis, exortamos: não vos deixeis enganar por canções de ninar teológicas ou por padres que trocam o Alto pelo "Lulismo Teológico". A Igreja de Cristo é Santa e Eterna, e ela não necessita das muletas de ideologias falidas para amar os pobres. Quem segue a TL termina com um partido político nas mãos e o coração vazio de Deus.