sábado, 6 de janeiro de 2018

AULAS NAS ESCOLAS ESTADUAIS SÓ VÃO COMEÇAR DEPOIS DO CARNAVAL

Resolução publicada nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado de Educação transfere começo das aulas de 5 de fevereiro para o dia 19 do mesmo mês. Sindicato critica determinação
Casarão histórico  que é a sede da Escola Estadual Afonso Pena  no centro da cidade de Varginha/MG





As férias escolares no sistema público de ensino em Minas só acabam depois do Carnaval. A mudança de calendário, que previa início do ano letivo de 2018 em 5 de fevereiro foi confirmada nesta sexta-feira, com a republicação da Resolução SEE Nº 3.652, da Secretaria de Estado de Educação (SEE), no Minas Gerais. Com as novas regras, professores se apresentam nas instituições de ensino no dia 15 de fevereiro para realizar o planejamento pedagógico. Já os alunos, voltam às salas de aulas a partir do dia 19.
Com a mudança do calendário escolar da rede pública estadual de ensino, o ano letivo que terminaria em 14 de dezembro agora segue até o dia 18 daquele mês. A alteração causou descontentamento em representantes dos professores, que temem por um esquema de reposição de carga horária que sacrifique sábados e recessos.

De acordo com a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Augusta Mendonça, a reorganização do calendário escolar visa otimizar os processos de distribuição de turmas e cargos nas instituições de ensino e outras medidas necessárias para garantir um início das atividades com mais tranquilidade nas unidades, sem a interrupção que ocorreria com o recesso de carnaval.

“Dessa forma, iniciamos o ano escolar efetivamente após o feriado, sem nenhum prejuízo no cumprimento dos 200 dias letivos e da carga horária anual dos estudantes”, explica. O recesso do mês de julho será de 16 a 27/07. Já a tradicional 'semana do professor' de outubro será de 15 a 19/10.

                            Escolas terão autonomia para definir calendário 

Prédio sede da Escola Estadual Pedro de Alcântara na cidade de Varginha/MG 
Segundo a resolução, o calendário deverá ser elaborado em cada unidade com a participação da comunidade escolar e aprovado pelo colegiado. Além disso, deve ser construído coletivamente com as escolas estaduais de uma mesma cidade e as instituições municipais, respeitando a autonomia da rede local de ensino, o interesse dos estudantes, as especificações locais e viabilizando o melhor gerenciamento do transporte escolar.

A elaboração do Calendário Escolar 2018 deve prever o mínimo de 200 dias letivos e carga horária de 800 horas para os anos iniciais do Ensino Fundamental e Ensino Médio noturno e 833 horas e 20 minutos para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio diurno.

Ainda de acordo com a resolução, 15 de setembro de 2018 será dia letivo, destinado às atividades da “Virada Educação Minas Gerais”. Já o dia 10 de novembro será destinado à realização de Feira de Ciências e das mostras de trabalhos da disciplina “Diversidade, Inclusão e Mundo do Trabalho (DIM) do Ensino Médio Regular e na Educação de Jovens e Adultos noturno”; da “Diversidade, Inclusão e Formação para a Cidadania (DIC) da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental noturno”; dos estudantes dos Centros Estaduais de Educação Continuada (Cesec) e dos Conservatórios de Música.

A Prestação de Contas da Gestão Escolar deverá acontecer no dia 1º de dezembro de 2018. O período de 19 a 23 de novembro será destinado às atividades da “Semana de Educação para a Vida”, instituída pela Lei Federal nº 11.988/2009. As Escolas do Campo, Indígenas e Quilombolas poderão elaborar proposta de calendário diferenciado, considerando as especificidades das comunidades locais.

                                  Sindicato critica as mudanças de datas propostas

Mesmo antes da publicação da resolução que alterou o começo e término do ano letivo de 2018 nas escolas estaduais mineiras, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (SindUte-MG) já contestava a mudança em texto publicado em seu site. Segundo a entidade, o prolongamento das férias escolares tem como objetivo "economizar" ao deixar de pagar parte do salário para mais de 130 mil contratos temporários, além de extensões da carga horária de servidores efetivos.

“Também deixará de arcar com despesas com transporte e alimentação escolar por quase um mês, considerando que o ano letivo será adiado para ter início em 19/02/18. Mais uma vez, a opção do governo do estado prejudica trabalhadores que recebem os mais baixos salários, estabelece uma precarização sem precedentes na rede estadual, pois, os dias letivos serão realocados de modo que a categoria não receberá por eles (em sábados e recessos)” diz a publicação.

Segundo o SindUte, a medida ataca o direito à educação ao pegar o dinheiro que é vinculado à área para cobrir outras despesas. “Não há o que justifique o governo fazer economia às custas do direito à educação, porque ao fazer isso ele desvia os recursos vinculados a área para investimento em outros setores”, destaca. Por fim, a entidade afirmou que construirá um calendário de mobilização que reverta, por meio da luta coletiva, o que o governo estadual está fazendo na rede estadual.

Dê: EM

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

INGLESES VÃO IMPLANTAR O "IMPOSTO DO CAFÉ" PARA REDUZIR O CONSUMO DE COPOS DESCARTÁVEIS

O Reino Unido deveria cobrar um imposto de 25 centavos de libra sobre copos de café descartáveis para reduzir o desperdício, e proibí-los totalmente se uma meta de reciclagem não for atingida até 2023, disse uma comissão parlamentar nesta sexta-feira (5).
Menos de 1% dos copos de café são reciclados no Reino Unido devido ao forro de plástico firmemente colado, às dificuldades de reciclar embalagens que estiveram em contato com comidas e bebidas e à falta de instalações adequadas, disseram os parlamentares.
As redes Pret A Manger, Costa Coffee, Caffe Nero e Greggs, junto com a norte-americana Starbucks, estão entre as maiores vendedoras de café do Reino Unido e cresceram rapidamente nos últimos 10 anos para atender a uma crescente demanda.


 Embora algumas lojas ofereçam descontos para clientes que usem sua própria caneca, apenas entre 1% e 2% dos consumidores aceitam a proposta, de acordo com a comissão de auditoria ambiental do Parlamento, que disse que, dessa forma, um "imposto do café" é necessário.


"O Reino Unido joga fora 2,5 bilhões de copos de café descartáveis todos os anos, o suficiente para dar a volta no planeta cinco vezes e meia", disse a presidente da comissão, Mary Creagh.
"Estamos chamando à ação para reduzir o número de copos de uso único, promover copos reutilizáveis sobre copos descartáveis e reciclar todos os copos de café até 2023", disse.


A comissão disse que o dinheiro arrecadado pela taxa deveria ajudar a melhorar instalações de reciclagem e que, se a meta de 2023 não for atingida, copos de café descartáveis devem ser banidos no Reino Unido.


Dê: Reuters

VOVÓ CONFUNDE TEMPEROS COM MACONHA E DROGA TODA FAMÍLIA NA CEIA DE NATAL

Na cidade de Vatrimov, na República Tcheca, uma família teve que passar o Natal no hospital.
Nesse dia o jantar era especial e quem se encarregou de cozinhar foi a avó, a pessoa mais idosa da casa, que confundiu as ervas e temperou a ceia de Natal com maconha.
Como a erva usada era indicada para fins medicinais no tratamento de um dos membros da família, somente ele conseguiu aproveitar o jantar, enquanto as outras seis pessoas – que não eram usuárias regulares – precisaram ir ao hospital após uma série de alucinações, dores de cabeça e náuseas.
Segundo o site Publimetro, os quatro adultos e duas crianças de 3 e 6 anos precisaram de assistência médica após ingerirem a droga acidentalmente.
Na República Tcheca, o uso de maconha medicinal é legalizado desde 2013 e as pessoas a adquirem com receita médica. Além disso, o cultivo doméstico é legal se for registrado junto às autoridades. 

Dê: Metro

GARRAFA DE VODCA DE R$ 4 MILHÕES ROUBADA EM COPENHAGUE FOI ACHADA VAZIA

Garrafa é feita com três quilos de ouro e de prata. 

'É a garrafa que tem valor, podemos colocar vodca na Rússia', diz dono de bar.

 A  garrafa foi roubada há quatro dias de um bar de Copenhague foi achada em bom estado, mas vazia, informou nesta sexta-feira (5) a polícia da Dinamarca.
garrafa de vodca avaliada em 1,1 milhão de euros (cerca de R$ 4,2 milhões) que
A garrafa, da marca Russo Baltique, é única na sua classe, feita com três quilos de ouro e de prata e com uma fita de couro com o desenho do primeiro carro Monte Carlo de 1912 na parte superior, o que a transforma na mais cara do mundo, segundo declarou à imprensa dinamarquesa o dono do bar, Brian Ingberg.
As autoridades revelaram que a garrafa foi achada por um operário da construção junto a uma obra em Charlotenlund, ao norte da capital dinamarquesa.
"Agora a garrafa está em poder da polícia, aparentemente intacta, para ser examinada", consta em um comunicado oficial na rede social Twitter.
Ingberg, que diz que possui a maior coleção de vodca do mundo com cerca de 12 mil garrafas, explicou que a Russo Baltique fazia parte de seu mostruário há seis meses e que era um empréstimo do fabricante de automóveis letão Dartz, propriedade do milionário russo Leonard F. Yankelovich.
"Falei com Leon e ele também está muito contente com o achado. Na verdade é a garrafa que tem valor, podemos colocar vodca na Rússia", afirmou à edição digital do tablóide "Ekstra Bladet".
O roubo ocorreu na madrugada entre segunda-feira e terça-feira e foi realizado supostamente por dois encapuzados capturados pelas câmeras de segurança, que abriram a cerca e a porta de entrada do porão do bar com uma cópia da chave, o que dirige as suspeitas para algum ex-funcionário.
Por: Agencia EFE / G1


Philip Morris diz que pretende deixar de vender cigarros no Reino Unido

Fabricante das marcas Marlboro e L&M publicou anúncios em jornais do país
informando que sua meta para 2018 é substituir a venda por produtos alternativos,
como o cigarro eletrônico



A Philip Morris, maior fabricante de cigarros do mundo, anunciou no início deste ano que pretende deixar de vender cigarros tradicionais no Reino Unido e substituí-los por alternativas que ajudem a largar o vício em nicotina, como o cigarro eletrônico, que está em seu portifólio de produtos.

A fabricante das marcas Marlboro e L&M publicou anúncios em vários jornais britânicos na terça-feira (3) informando que sua meta de Ano Novo para 2018 é "parar de vender cigarros" no país, segundo o site "Business Insider".


"A Philip Morris é conhecida por seus cigarros. Todo ano, muitos fumantes desistem de fumar. Agora é nossa vez", diz o comunicado.
"Nossa ambição é parar de vender cigarros no Reino Unido. Não será fácil. Mas estamos determinados a mudar nossa visão da realidade. Há 7,6 milhões de adultos fumantes no Reino Unido. O melhor que eles podem fazer é parar de fumar", informa a empresa.
O anúncio faz parte da estratégia da empresa, previamente anunciada, de abandonar gradualmente a produção de cigarros e substituída por dispositivos eletrônicos para fumar. A empresa não deu uma data para o que chama de "futuro livre do cigarro".
 


Homem fuma cigarro eletrônico da Philip Morris em imagem de arquivo
em Bogotá, Colômbia (Foto: Reuters/Jaime Saldarriaga)
A companhia afirma que, entre suas metas está a de desenvolver, divulgar e vender alternativas ao cigarro "o mais rápido possível ao redor do mundo". A empresa também diz que pretende propôr normas regulatórias para estimular a substituição do fumo por estes produtos "menos nocivos".

                              



                                 Regulamentação no Brasil

Em alguns países, a regulamentação veta o uso do cigarro eletrônico. No Brasil, a importação e venda de cigarros eletrônicos foi proibida em 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na ocasião, o órgão entendeu que o produto libera nicotina e outras substâncias cancerígenas e não ajuda no propósito de parar de fumar.
Procurada, a Philip Morris no Brasil informou que a iniciativa do Reino Unido reforça o compromisso global de longo prazo de substituir cigarros por "produtos de risco reduzido, como produtos de tabaco aquecido". Segundo a empresa, estes produtos são melhores alternativas para os adultos fumantes que cigarros.
Segundo a empresa, a Anvisa pode regulamentar esses novos produtos "nas próximas semanas" pela revisão da RDC 90, que regulamenta todos os produtos de tabaco.
"Nossa visão de construir um futuro sem fumaça não significa construir um futuro sem tabaco. Nosso principal produto de risco reduzido é um produto que contém tabaco, o que reforça nosso compromisso com a cadeia produtiva do tabaco no Brasil", informou a empresa em nota.

                                 Obrigadas a combater o fumo

No ano passado, a maioria das grandes companhias de tabaco dos EUA difundiram uma série de anúncios que advertem para os riscos que fumar representa para a saúde, seguindo uma ordem judicial de 11 anos atrás.
Em novembro de 2006, uma corte federal dos Estados Unidos concluiu que as companhias que fabricam e distribuem tabaco fizeram um acordo para mentir e enganar os consumidores a respeito dos riscos do tabagismo.
A Justiça havia ordenado na ocasião que empresas como R.J. Reynolds e Philip Morris difundissem na TV e na imprensa escrita mensagens para "corrigir suas mentiras"). As empresas apelaram da sentença para mudar algumas partes do texto, conseguindo, assim, retardar em mais de dez anos a divulgação de suas declarações.

Dê: G1



BRASILEIRO ESTÁ PRESO NA VENEZUELA POR DISTRIBUIR COMIDA AOS MENDIGOS

O Governo da Venezuela informou ao Itamaraty que o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, de 31 anos, está detido em um edíficio de segurança no país. 

A família estava sem notícias desde o dia 26 de dezembro. O governo venezuelano não detalhou exatamente o paradeiro, se é uma prisão ou delegacia, mas informou que Diniz está bem. O consulado brasileiro aguarda autorização para visitá-lo, o que ocorreria ainda hoje.

Entenda o caso:
O brasileiro Jonatan Moisés Diniz, catarinense de trinta e um anos, foi preso pelo regime de ditadura socialista venezuelano no dia 27 de dezembro quando encontrava-se no estado de Vargas, no norte da Venezuela, desenvolvendo uma ação humanitária: distribuição de alimentos a moradores de rua. Sua família, que vive no Brasil, procurou ajuda junto ao governo brasileiro, que até o momento não forneceu qualquer informação sobre o paradeiro de Jonatan nem sobre as condições em que ele se encontra. Para quem é de fora da Venezuela é muito difícil entender qual a situação dos seus prisioneiros políticos do país.









O anúncio da prisão de Jonatan, juntamente com outros três venezuelanos, foi feito de maneira extra-oficial por Diosdado Cabello, homem forte do regime de ditadura, integrante da Assembleia Nacional Constituinte, organismo chavista não reconhecido internacionalmente, e acusado nos Estados Unidos de tráfico de internacional de drogas. O comunicado da prisão foi feito pelo próprio Diosdado Cabello na televisão estatal VTV, que acusou o brasileiro e a entidade da qual ele participa, Time to Change the Earth, de promoverem ações para desestabilizar o regime de ditadura. Uma acusação que obviamente não tem fundamento algum, e que serviu apenas de pretexto para a prisão arbitrária e ilegal.
Jonatan vinha arrecadando donativos através destas entidades para que no Natal pudesse dar alegria a algumas crianças na Venezuela. Ele já conhecia a Venezuela há algum tempo, e nunca esperava ser preso por sua boa ação. As entidades das quais Jotantan faz parte, tanto a Time to Change the Earth quanto a Angels of Warriors, são organizações dedicadas a ajuda humanitária e não são envolvidas com assuntos políticos.
A família de Jonatan ainda não obteve informação sobre em qual prisão venezuelana ele se encontra e a chancelaria brasileira não tomou nenhuma medida concreta para exigir do regime venezuelano que informe o paradeiro, as condições em que ele se encontra e as acusações formais contra um cidadão brasileiro que, para para todos os fins práticos, encontra-se nesse momento na condição de preso político da ditadura socialista venezuelana.
Dê: CRÍTICA NACIONAL / Mariana Frechon é venezuelana moradora do estado de Miranda e colaboradora do Crítica Nacional na Venezuela.
Edição de texto de Paulo Eneas. #CriticaNacional #TrueNews

A FALCATRUA NUA E CRUA - APOSTA SIMPLES E REPETE 3 VEZES


Você que está iniciando a leitura desse texto, por acaso acredita que um sujeito, por engano, fez o mesmo jogo em três cartões distintos e assim teve três apostas vencedoras, numa mesma lotérica na Mega-Sena da Virada?


E quem é o sortudo?

E as outras 14 apostas vencedoras? Todas elas realizadas em pequenas currutelas. Alguém conhece os ganhadores?

Fica difícil duvidar de inúmeros ‘boatos’ que dão conta de que as loterias da Caixa não merecem o mínimo de credibilidade.

Inúmeras já foram as denúncias e no limiar de 2018 querem que acreditemos que um ‘abestalhado’, por engano, jogou três vezes o mesmo cartão e justamente esse foi a aposta premiada.

Parece evidente que o lapso foi na falcatrua, na distribuição dirigida dos cartões premiados.

Nada justifica a Caixa não divulgar o nome dos vencedores, alegando motivos de ‘segurança’.

Em todos os demais países do mundo onde se realizam loterias, o vencedor tem o seu nome divulgado, é festejado e todos ficam sabendo.

Só no Brasil é diferente.

Projetos de lei já tramitaram na tentativa de que se tornasse obrigatório a divulgação dos nomes dos vencedores, mas foram esmagados por um ‘lobby’ oculto, mas muito forte, que transita nas esferas do poder.

O brasileiro, por sua vez, otário e de boa fé, continua acreditando, rezando e orando para que um dia seja o felizardo.

Só com muita fé e sorte...

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

COTAÇÃO DE PREÇOS DA GASOLINA NOS POSTOS DE VARGINHA


CASO MEGA-SENA: O IMPOSSÍVEL ACONTECEU

Dos 17 bilhetes premiados na Mega-Sena, três são de uma única lotérica, Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo. 
Isso já seria uma aberração, mas a Veja apurou que o buraco é ainda mais embaixo: uma única pessoa teria feito três apostas iguais, por engano, no meio de várias outras.
Se ela tivesse sido a única ganhadora, não faria diferença. Essa pessoa levaria os R$ 306,7 milhões com um bilhete ou com 10. Mas, como houve vários ganhadores, a história é bem diferente.
Com o prêmio em R$ 306,7 milhões, cada um dos 17 bilhetes premiados deu direito a R$ 18 milhões, certo? Se o apostador, ou apostadora, de Parelheiros tivesse feito um jogo só, teríamos 15 ganhadores, e cada um terminaria com R$ 20,4 milhões. Mas não. Ele fez três, então ganhou o direito a três das 17 “cotas” vencedoras. E levou R$ 54 milhões; o triplo do resto.
Para todos os efeitos, então, é como se esse sujeito tivesse ganhado três vezes na Mega-Sena, o que nos deixa diante de uma das maiores anomalias estatísticas da história da humanidade. Se não a maior.
A chance de vencer na Mega com um jogo simples, de seis números (como foi o caso aqui) é de uma em 50 milhões. A de vencer duas vezes, porém, não é de 100 milhões, mas de 50 milhões vezes 50 milhões. Isso dá uma chance em 2 quatrilhões (o número 2 seguido de 15 zeros, ou 2 x 10ˆ15, em notação científica). A chance de ganhar três vezes, então, é de 50 milhões ao cubo. Ou seja: 125 sextilhões, ou 125 mil bilhões de bilhões – 125 x 10ˆ21.
Para você ter uma ideia de quão grande é este número, imagine que, há 125 sextillhões de segundos, o Big Bang ainda não tinha acontecido. O Universo existe há 13,8 bilhões de anos. Isso dá “só” 430 quintilhões de segundos – um número mil vezes menor que a sorte do apostador de Parelheiros.
Em seu livro “O Universo Elegante”, o físico Brin Greene dá um exemplo bacana para explicar o tunelamento quântico – grosso modo, a propriedade que partículas subatômicas têm de desaparecer num lugar e aparecer em outro, como se tivessem atravessado uma parede. Greene mostra que tais aberrações até poderiam acontecer no mundo das coisas grandes. Você teria como atravessar uma parede se todas as zilhões de partículas que formam o seu corpo sumisse e reaparecessem do outro lado ao mesmo tempo. “Se você tentar atravessar um muro um vez a cada segundo, você vai ter de esperar mais tempo do que a idade corrente do Universo para ter uma boa chance de sucesso. Com paciência (e longevidade) eterna, porém, você acabaria aparecendo do outro lado, cedo ou tarde”, diz Greene.
É isso. Se o apostador de Parelheiros tivesse gasto sua sorte tentando atravessar um muro, tudo indica que ele teria conseguido. Agora, porém, ele vai ter de se contentar com seus R$ 54 milhões mesmo.

Dê: Superinteressante