terça-feira, 15 de março de 2022

COMO FUNCIONA TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS? QUASE 50 MIL PESSOAS ESPERAM UMA DOAÇÃO


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 Entre as diversas coisas que dificilmente conseguimos prever em nossas vidas, a morte é uma delas — a certeza é que ela virá em algum momento. Falar sobre o tema é importante, quebrar tabus acerca de nossa finitude, mas também sobre nossa capacidade de ajudar o próximo. A doação de órgãos é uma dessas conversas importantes e sobre a qual falamos pouco. pode se tornar uma questão que dará a chance de outras pessoas sobreviverem ou continuarem as suas vidas de maneira mais confortável.

No Brasil, a recusa para doação de órgãos foi de 42% em 2021, de acordo com os últimos dados da ABTO(Associação Brasileira de Transplante de Órgãos). São 2.642 pessoas que poderiam doar seus órgãos, mas a recusa familiar impossibilitou o transplante. Enquanto isso, mais de 48 mil pessoas esperam por algum tipo de doação de órgãos.

Pensando nisso, Ecoa conversou com especialistas para entender melhor como funciona a doação de órgãos, quando ela acontece e outras questões acerca do tema.

O que é transplante de órgão, como e quando é feito?

“O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico em que um ou mais órgãos de uma pessoa com uma doença grave, sem possibilidade de melhora com outros tipos de tratamentos, é substituído por outro ou parte de um órgão de um doador”, diz José Eduardo Afonso Júnior, coordenador Médico do Programa de Transplantes do Hospital Israelita Albert Einstein.

O médico ainda explica que o procedimento pode ser feito tanto de doadores vivos como de doadores commorte encefálica (cerebral). “Em vida pode ser feita apenas para rim, parte do fígado ou dos pulmões”, esclarece Afonso Júnior. Já quando a morte ocorre por parada cardíaca ou respiratória só é possível doar córneas, peles e ossos.

A morte cerebral é quando não há mais nenhuma função cerebral e o estado é irreversível. O diagnóstico segue uma série de procedimentos e precisa ser feito por mais de um médico.

Diferente do coma, a morte cerebral não tem volta. Uma vez diagnosticada, não há chance que o paciente volte à vida e os órgãos são mantidos funcionando apenas pelo uso de aparelhos. A Lei nº 9.434/2017, conhecida como Lei dos Transplantes, assegura que a doação de órgãos só pode ser feita depois de constatada a morte encefálica.

“É importante que haja clareza para a família que morte encefálica é igual à morte, não há possibilidade de reversão do quadro. Para que haja diagnóstico de morte encefálica, é necessária uma avaliação clínica minuciosa, por profissionais habilitados para fazer esse diagnóstico, dentro de critérios definidos pelo Conselho Federal de Medicina, além de exames confirmatórios”, esclarece Afonso Júnior.

“Não existe possibilidade de se propor a doação de órgãos a uma família se não houver certeza de que o potencial doador está em morte encefálica. Esse diagnóstico é revisto por mais de um profissional e também por profissionais de fora da instituição em que está o potencial doador. O protocolo para diagnóstico de morte encefálica no Brasil é 100% confiável”, completa tranquilizando.

Como funciona a fila de espera do transplante de órgãos?

A de fila de espera para quem precisa receber uma doação funciona de acordo com o grau de gravidade. Mas não faz nenhuma diferenciação entre localidade ou classe social do paciente que precisa do órgão. A cirurgia do transplante e o tratamento podem ser feitos por meios particulares. No entanto, todos estão sujeitos à fila pública de órgãos.

“A fila de transplante é pública, independentemente de qualquer característica social do paciente. Seja pelo sistema público ou não. Então, não há qualquer diferenciação nesse sentido. O sistema de distribuição de órgãos oferece para todos a mesma oportunidade e chance de conseguir transplantar”, explica o médico nefrologista Gustavo Ferreira, presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).

Além disso, os dados inseridos na fila não identificam quem são os pacientes de meio particular ou da rede pública, e mais de 90% dos procedimentos são feitos pelo SUS.

Em casos de pacientes que residem em um Estado onde não há a especialidade de transplante de que necessite, a rede pública oferece o custeio completo em outra cidade e estado por meio do TFD (Tratamento Fora do Domicílio).

“O Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo. O controle das listas de espera é feito pela Central Nacional de Transplantes, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, com apoio das Centrais Estaduais de Transplantes”, comenta Afonso Júnior.

Ele reconhece, que apesar das dificuldades relacionadas à gestão da lista de espera em um país com dimensões continentais como o Brasil, a eficiência do Sistema Nacional de Transplantes é reconhecida internacionalmente. “Se há algo que os brasileiros podem se orgulhar é a seriedade e competência com que o SUS trabalha em relação à doação de órgãos e às atividades transplantadoras”, acredita o médico.

Como se tornar doador de órgãos e qual o papel da família no processo?

Mesmo que uma pessoa se conscientize sobre o tema e já tenha pensado em ser doadora de órgãos, a decisão final será sempre de sua família no momento da constatação da morte cerebral.

“O doador falecido (em morte encefálica), em geral, sofreu um evento trágico e inesperado levando-o à morte. Uma realidade extremamente dolorosa à família que, no momento de dor e sofrimento, é acolhida e entrevistada em relação à intenção de doar os órgãos de seu ente querido”, explica Afonso Júnior.

“Na legislação brasileira, é necessário que a família autorize a doação de órgãos. Pois não há documentos criados em vida que permitam que os órgãos sejam extraídos sem autorização da família de uma pessoa em morte encefálica”, completa o médico.

Para José Huygens Garcia, chefe do serviço de transplante de fígado do Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará e ex-presidente da ABTO (2020-2021), trabalhar algumas questões da importância do transplante podem ajudar a família a decidir pelo procedimento depois da morte cerebral constatada.

“Geralmente os acidentes com morte encefálica têm um sofrimento da família. Mas nessa hora da entrevista, esse sofrimento pode ser amenizado pela doação de órgãos sabendo que aquela morte não será em vão. Vai salvar alguém que precisa de um coração, tirar uma pessoa da hemodiálise ou ainda fazer com que pessoas voltem a enxergar”, explica o médico.

“Essas questões podem amenizar esse momento, mas quem decide no final é a família. Por isso, é importante que todo cidadão informe esse desejo em vida aos seus familiares”, reforça Garcia.

Qual a importância da conscientização sobre o transplante?

Apesar da recusa de mais de 40%, o Brasil ainda ocupa o 23º lugar de doadores efetivos por milhão de habitantes (15,8 por milhão) e é o quarto em números absolutos de transplantes renais, de acordo com os últimos dados da ABTO. EUA e Espanha figuram em primeiro e segundo lugar, com 38 e 37,4 doadores por milhões de habitantes, respectivamente.

Para o presidente da ABTO, o alto índice de recusa ainda se deve à falta de informação. “O Brasil tem elevada taxa de sucesso de transplantes e temos milhares de pessoas aguardando pelo órgão, mas a desinformação ainda é um problema”, acredita.

Garcia vai ao encontro das afirmações do colega e afirma que essa é realmente uma forma de dar uma nova chance aos que esperam. “O transplante é o último tratamento para curar um órgão, quando não há mais o que fazer, e eles realmente podem salvar vidas. As pessoas que estão na fila do transplante, na maioria das vezes terão a cura com esse procedimento”, explica.

É no caminho da conscientização que o projeto de Lei Tatiane (PL 2839/2019) luta pela proposta de inserir o tema de doação de transplante de órgãos em escolas e faculdades do Brasil, a fim de conscientizar estudantes em fases diferentes da vida.

“Enquanto a sociedade não entender que é essencial a doação para que esses pacientes possam ter a chance de continuar vivendo, vamos manter esse número elevado de negativas familiares”, acredita Ferreira.

FONTE: TB NOTÍCIAS

 

O CANDIDATO QUE NÃO PODE GANHAR O 'VALE TUDO'

 Mesmo que Bolsonaro tenha 99% dos votos, as classes intelectuais, os meios de comunicação e aquilo que se apresenta como o ”campo progressista” vão dizer que o resultado não vale



Ninguém sabe, e possivelmente não vai saber antes de terminar a apuração dos votos, qual será o resultado das eleições para presidente no próximo mês de outubro. Mas de uma coisa pode se ter, desde já, certeza absoluta: vão aparecer todas as razões, por mais espantosas que sejam, para os derrotados dizerem que um dos candidatos, o presidente Bolsonaro, não tem o direito de ganhar e continuar no seu cargo para um novo mandato de quatro anos. Ele não. Mesmo que Bolsonaro tenha 99% dos votos, como Fidel Castro tinha nas eleições de Cuba, as classes intelectuais, os meios de comunicação em peso e aquilo que se apresenta como o “campo progressista” vão dizer que o resultado não vale. Por que não vale? Porque decidiram que ele não pode ficar nem mais um minuto no governo, mesmo que o eleitor queira que fique; pode ser perfeitamente legal, mas, segundo dizem o tempo todo, “o país não aguenta” — e, por esta razão superior, a lei não deve ser aplicada. Eleições não se destinam a saber se o país aguenta ou não alguma coisa, nem a eleger o mais virtuoso, e sim a colocar no governo o escolhido pela maioria. Mas não é este o entendimento do que passa hoje por ser a “oposição” no Brasil. Nunca aceitaram, não de verdade, o resultado das eleições de 2018, que o atual presidente ganhou com 58 milhões de votos. Não vão aceitar de novo agora.

O Brasil que quer pensar por todos os brasileiros está convencido que o povo não tem direito de opinar

Vão dizer que não vale? Já estão dizendo, e não vão parar mais — a não ser que Lula, e não existe outro candidato além de Bolsonaro na vida real, ganhe as eleições. Não interessa minimamente se Bolsonaro tem sido um presidente bom, médio ou péssimo; interessa menos ainda o que poderia ser em mais um mandato. Isso é uma questão de opinião e, nesse caso, o Brasil que quer pensar por todos os brasileiros está convencido que o povo não tem direito de opinar. Mas eleição, numa democracia, não é justamente para a população escolher quem governa? É, mas só vai valer se o eleito não for Bolsonaro — ele não, de jeito nenhum. A única ideia em circulação entre os negacionistas da candidatura do presidente, à medida que outubro se aproxima, é que ele é “contra a democracia” — e, portanto, “não pode usar as eleições” para continuar com a sua ação “antidemocrática”. É uma alucinação, porque eleição não se “usa” — ou se ganha ou se perde. Mas aí é que está: também é exatamente o que estão falando.

Prepare-se, assim, para ler, ver e ouvir cada vez mais que o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e “a sociedade” terão o dever cívico de impedir que “Bolsonaro destrua a democracia” e, assim sendo, não podem permitir que ele seja eleito mais uma vez para a Presidência. Ninguém diz direito como, na prática, se poderia fazer uma coisa dessas — anular uma eleição livre. Mas essa vai ser a alma da campanha do “Ele Não”; depois se vê como ficam os detalhes, não é mesmo? Não há nada que não possa ser resolvido no plenário do STF. O que interessa é impedir a vitória do candidato proibido pelos professores universitários, os jornalistas e os ricos que se consideram civilizados, incluindo aí os banqueiros de investimento de esquerda e os departamentos de marketing que descobriram a urgência de defender a “diversidade”, combater o efeito carbono e censurar os Sete Anões da Branca de Neve. Basicamente, para encurtar a conversa, esse mundo considera que quem vota em Bolsonaro é um nazista, ou algo assim, e, como não existe o direito de ser nazista no Brasil, não é possível votar pela sua reeleição. Da mesma maneira que os menores de 16 anos não podem votar, por exemplo, os eleitores de Bolsonaro também não poderiam; não seriam “aptos”, simplesmente, a exercer o seu direito de votar. É um rompimento com os circuitos normais pelos quais as ideias são processadas no aparelho cerebral — seria preciso achar uns 70 milhões de nazistas para fazer a maioria na eleição, e nem na Alemanha havia tanto nazista assim. Mas e daí? Os negacionistas da existência política do presidente (há os que pregam, também, a conveniência de sua morte física) há muito tempo se dispensaram da obrigação de pensar.

A aflição, em geral, aumenta à medida que afunda a “terceira via”. A “terceira via” sempre foi uma piada; hoje não chega a ser nem isso. (Veja a reportagem seguinte.) O que dizer do movimento pelo “equilíbrio” se o seu grande nome, o ex-juiz Sergio Moro, tinha até cinco minutos atrás esse Arthur do Val, o lamentável deputado que foi à Ucrânia, como candidato a governador do maior Estado do Brasil? Se isso é o que Moro tem de melhor para governar São Paulo, quem seriam os seus ministros? É complicado. Tudo bem para os inimigos de Bolsonaro que querem Lula na Presidência, abertamente ou não; vão batalhar por ele e chamar o VAR se perderem, como fará todo o Brasil que vive na bolha do “Ele Não”. Problema mesmo, e mais cômico, está tendo o lado que não admite nenhum dos dois. Quem, então? Esses são os únicos candidatos que há no Brasil das realidades. Onde vão achar o nome que querem: na Nova Zelândia?

O “Ele Não”, naturalmente, não vai ser um passeio. Que argumentos reais poderiam ser apresentados para dar alguma justificativa ao que pretendem fazer? Não vai dar para dizer, já de saída, que houve fraude na apuração se Bolsonaro ganhar; o STF garante, 24 horas por dia, que é impossível haver fraude na apuração. E agora: como se poderia voltar atrás? (O ministro Edson Fachin inventou uns ataques à “justiça eleitoral” brasileira por parte da “Rússia”, ou da “Macedônia do Norte”; mas estava apenas sendo irresponsável, e logo em seguida teve de desfazer, de forma tão incompreensível como havia feito, as suas acusações.) Se a eleição não pode ser roubada, como é questão de fé em todo o ecossistema do “Ele Não”, então quem ganhou foi quem teve realmente mais votos e, portanto, tem de levar, certo? Ainda não há, ao que se sabe, uma saída razoável para esse problema.

Em três anos e três meses, ainda não apareceu nenhuma denúncia de roubalheira que tenha ficado minimamente de pé contra Bolsonaro ou algum de seus ministros

Também não parece possível, até agora, acusar o presidente e o seu governo de corrupção — o remédio clássico para se combater candidaturas à reeleição. Em três anos e três meses, ainda não apareceu nenhuma denúncia de roubalheira que tenha ficado minimamente de pé contra Bolsonaro ou algum de seus ministros. Nem a obra mais ambiciosa de todas as tentativas da oposição para descobrir algum delito do governo — a “CPI da Covid”, que ficou aí seis meses inteiros — conseguiu achar nada de errado com Bolsonaro; até agora, dos “nove crimes” dos quais acusou o presidente, não se produziu uma única ação penal de verdade, nem na mais miserável comarca deste país. “Impeachment”, então, é melhor esquecer de vez. Desde o início do governo, foram apresentados mais de 100 pedidos de “impeachment”; nenhum chegou sequer a ser recebido para discussão na Câmara dos Deputados. Um problema-chave, nessa história, é que o grande candidato do “Ele Não”, o ex-presidente Lula, não pode nem pensar em ficar falando de ladroagem na sua campanha — não depois de ter sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove magistrados diferentes, na justiça brasileira. Aí não é um caso de “Ele Não” — é “Isso Não”.

O argumento-chefe para o veto à reeleição de Bolsonaro, pelo que deu para deduzir até agora, é que a sua vitória eleitoral seria “ilegítima” — ou seja, pode estar dentro da lei, mas estaria fora do que “é bom para o país”, e não é bom para o país porque Bolsonaro é contra “a democracia”. Não parece valer grande coisa como argumento, levando-se em conta que argumento é um raciocínio que leva a justificar uma afirmação através dos instrumentos da lógica comum. Não há lógica nessa história de “contra a democracia”; não é certo nem que haja um raciocínio. Mas é o que temos no momento; é isso o que dizem. Parece bem pouco. O que seria preciso, para o presidente ser um antidemocrata verdadeiro, seria uma lista dos atos objetivos que ele cometeu contra a democracia em seu governo. Não existe essa lista. Bolsonaro não mandou prender nenhum deputado depois de entrar no Palácio do Planalto, nem antes. Na verdade, não mandou prender cidadão algum. Não deixou de cumprir nenhuma ordem judicial; ao contrário, a cada cinco minutos tem de “dar explicações” ao STF sobre as coisas mais extravagantes. A última delas: por que o seu filho foi com o senhor para a Rússia? (Já houve mais de 100 exigências dessas até agora.) Todas as medidas que tomou, incluindo as acusadas de serem “autoritárias”, foram através de recursos legais, como projetos de lei ou medidas provisórias a serem aprovadas pelo Congresso.

Nem Bolsonaro nem o seu governo censuraram até agora um órgão de imprensa, nem impediram o trabalho de um jornalista. O presidente não pediu a expulsão de nenhum correspondente estrangeiro, nem apresentou projetos de “controle social” da mídia. Não deixou de obedecer a nenhuma decisão do Congresso. Não fez nada, até hoje, que a justiça brasileira considerasse contra a lei. Não há registro, em nenhuma vara penal ou civil do país, de alguma queixa de cidadãos contra atos de arbitrariedade de agentes federais — muito prefeito mandou algemar mulheres com filhos pequenos durante a covid, pelo fato de estarem tomando ar em público, mas não se sabe de nada parecido por parte da Polícia Federal ou das Forças Armadas. Não houve repressão policial do governo contra qualquer manifestação popular, ou da oposição.

Bolsonaro não expropriou nada, nem invadiu propriedade de ninguém. Não interferiu nos cultos religiosos. O que mais?

Daqui a pouco vão dizer que pagar o funcionalismo em dia é beneficiar-se de dinheiro do Erário para ganhar os votos dos funcionários públicos

Também vai se falar muitíssimo, na verdade já está se falando, que Bolsonaro não pode ser eleito porque vai usar os “recursos do governo” para ganhar votos; assim não vale. De novo, é complicado. Todos os 27 governadores estaduais e todos os 6.000 prefeitos brasileiros têm o direito de inaugurar obras todos os dias — todos, menos um. Bolsonaro não pode. E qual a sugestão que fazem para as obras que estejam prontas? Não podem ser entregues à população que pagou por elas? O presidente é acusado de se beneficiar do programa de auxílio financeiro durante a covid e do novo sistema de renda mínima; o negacionismo de sua candidatura diz que isso é demagogia eleitoral. O que ele deveria ter feito, então? Não dar nada a ninguém? Se dando ele já é genocida, seria o que se não desse? Todos os governos do mundo, pelo menos os que têm um mínimo de organização, deram dinheiro para a população na pandemia; todos podem, mas ele não. É o mesmo com a modesta redução de impostos para dar um pouco de gás à economia, ou o aumento salarial para os professores do sistema federal de educação básica — também não pode, porque caracteriza “compra de popularidade”. É impossível, na verdade, evitar esse tipo de acusação; o governo precisa continuar governando, e se tudo que fizer é demagogia para tirar proveito eleitoral, então não dá para fazer nada. Daqui a pouco vão dizer que pagar o funcionalismo em dia é beneficiar-se de dinheiro do Erário para ganhar os votos dos funcionários públicos. Qual seria a saída?

É claro que também vai se falar que a reeleição não será “legítima” porque Bolsonaro não vai conseguir a maioria dos votos da população total do Brasil; para valer, mesmo, ele teria de ter pelo menos 110.000.001 votos, se forem considerados os 220 milhões de habitantes que o país deve ter hoje. Ninguém pode ter isso tudo, é óbvio, mesmo porque nem haverá 110 milhões de votantes, já que uma parte da população não está habilitada a votar e milhões de eleitores vão se abster, ou votar em branco, ou anular o voto. Em lugar nenhum do mundo, por sinal, é possível ter a maioria absoluta de tudo — até porque em nenhuma democracia séria existe a aberração subdesenvolvida do “voto obrigatório”, ou da obrigação de se exercer um direito. É claro, mais uma vez, que essa exigência não vale para nenhum outro candidato — só para ele.

Bolsonaro produziu um fenômeno esquisito neste país — o fanatismo liberal. Parece que vai ficar cada vez pior.

FONTE: REVISTA OESTE

segunda-feira, 14 de março de 2022

IMPORTANTE: SECRETARIA DE SAÚDE INFORMA


Prefeitura de Varginha manterá umidades de gripe das UBS Bom Pastor e Canaã até 31 de março 

A Prefeitura de Varginha, por maio  da superintendência especial de combate à COVID-19, informa que permanecerão em funcionamento duas unidades de gripe, até o dia 31 de março. 

As unidades de gripe das UBS Bom Pastor e UBS Canaã, funcionarão de segundas às sextas-feiras, das 15h às 20h , para atendimentos exclusivos de síndromes gripais e para testagens de COVID 19 . 

Nos demais horários e nos finais de semana, permanecerá como referência a nossa UPA 24h. 

Mantenha medidas de proteção constantemente, bem como busque pela sua dose de reforço da vacina contra COVID-19. 

Varginha conta com você .

NASCIDOS DE 1968 À 1983 PODEM AGENDAR SAQUE DE 'VALORES ESQUECIDOS' NOS BANCOS; VEJA COMO FAZER

Nascidos de 1968 a 1983 podem agendar saque de valores esquecidos; VEJA COMO FAZER

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A partir de hoje (14), as pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas abertas nesse período poderão pedir o saque de recursos esquecidos em instituições financeiras. O processo deve ser feito no site Valores a Receber, criado pelo Banco Central (BC) para consulta e agendamento da retirada de saldos residuais.

A consulta foi aberta na noite de 13 de fevereiro. Na ocasião, o próprio sistema informou a data e o horário em que usuários com recursos a sacar devem retornar ao site para fazer o agendamento. O processo vai até sexta-feira (18). Quem perder o prazo ou o horário poderá fazer uma repescagem no sábado (19), das 4h às 24h. O usuário que perder a repescagem só poderá retornar a partir de 28 de março.

Após o pedido de saque, a instituição financeira terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é que pagamentos realizados por meio de Pix ocorram mais rápido.

Para agendar o saque, o usuário deverá ter conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br. Identificação segura para acessar serviços públicos digitais, a conta Gov.br está disponível a todos os cidadãos brasileiros. O login tem três níveis de segurança: bronze, para serviços menos sensíveis; prata, que permite o acesso a muitos serviços digitais; e ouro, que permite o acesso a todos os serviços digitais.

Segundo o BC, cerca de 114 milhões de pessoas e 2,7 milhões de empresas acessaram o sistema de consultas criado para o resgate do dinheiro. Desse total, 25,9 milhões de pessoas físicas e 253 mil empresas descobriram que têm recursos a receber.

Confira abaixo o passo a passo para a retirada do dinheiro:

Passo 1
Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Quem esqueceu a data pode repetir o processo, sem esperar o dia 7 de março.

Passo 2
Fazer login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro). Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer logo o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br. O BC aconselha ao correntista não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate. Confira aqui como aumentar o nível do login Gov.br.

Passo 3
Ler e aceitar o termo de responsabilidade

Passo 4
Verificar o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso. A primeira etapa da consulta só informava a existência de valores a receber, sem dar detalhes.

Passo 5
Clicar na opção indicada pelo sistema:

“Solicitar por aqui”: para devolução do valor por meio de Pix em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.

“Solicitar via instituição”: a instituição financeira não oferece a devolução por Pix. O usuário deverá entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada: Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Crédito (DOC).

Importante: Na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve clicar no nome da instituição para consultar os canais de atendimento.

Calendário

Para evitar excesso de procura no site, o Banco Central escalonou o pedido de saque conforme a idade do correntista ou a data de fundação da empresa. A cada semana, um público diferente será atendido.

O prazo de agendamento para pessoas nascidas até 1968 ou empresas fundadas antes desse ano ocorreu de 7 a 11 de março, com repescagem no último sábado (12). Para quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 e 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perder os prazos não precisa se preocupar. O direito a receber os recursos é definitivo e eles continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

Nesta primeira fase, estão sendo liberados R$ 3,9 bilhões esquecidos em instituições financeiras. Em maio, haverá nova rodada de consultas, com mais R$ 4,1 bilhões disponíveis.

Além dos valores residuais em bancos, o cidadão pode ter outras fontes de dinheiro esquecido, como cotas de fundos públicos, revisão de benefícios da Previdência Social, restituições na malha fina do Imposto de Renda e até pequenos prêmios de loterias. A Agência Brasil preparou guia para facilitar a busca por recursos adicionais.

COM: VALOR

domingo, 13 de março de 2022

UBER LANÇA AJUDA DE R$ 100 MI PARA MOTORISTAS; A ALTA DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS INVIABILIZA A ATIVIDADE

 

Uber lança ajuda de R$ 100 milhões para motoristas devido à alta dos combustíveis

A Uber anunciou na sexta-feira (11) que vai lançar um pacote de medidas voltadas a motoristas parceiros da empresa no Brasil com o objetivo de mitigar os custos adicionais gerados pela nova alta dos combustíveis implementada pela Petrobras.

O total de investimentos com o plano chega a cerca de R$ 100 milhões, e eles serão realizados ao longo das próximas semanas.

As iniciativas envolvem o aumento nos ganhos e redução de custos, assim como um reajuste temporário no preço das viagens pelo aplicativo.

A alta temporária nas viagens será de 6,5%, e começará a ser aplicada na próxima semana. Os usuários poderão ver no aplicativo as modalidades de transporte disponíveis e o preço de cada uma antes de solicitar a viagem.

O reajuste nos combustíveis anunciado pela Petrobras foi o 13º em um ano, e o valor de reajuste foi o maior até o momento. A gasolina subiu 18,7%, enquanto o diesel S-10 avançou 24,9%.

A medida não é exclusiva no Brasil, segundo a Uber, e está ligada aos efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia, com o preço do petróleo chegando a níveis recordes e rondando os US$ 110 o barril.

A companhia lançou uma iniciativa global voltada para os motoristas devido à “instabilidade no cenário internacional causada pelo conflito no Leste Europeu, que tem pressionado custos de insumos em todo o mundo, particularmente os combustíveis”.

Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil, afirmou que “motoristas estão entre os primeiros a sentir o impacto dos preços recordes dos combustíveis, então estamos implementando essas iniciativas para ajudá-los.

“Esperamos que essas ações emergenciais colaborem para reduzir os impactos no dia a dia, mas continuaremos ouvindo nossos parceiros, especialmente neste momento”.

A Uber afirmou que vai continuar monitorando as condições de mercados nas próximas semanas para reavaliar as iniciativas atuais.

Créditos: CNN.

sexta-feira, 11 de março de 2022

BOM PASTOR RECEBE 'MUTIRÃO DA DENGUE' NA QUARTA, DIA 16: CONFIRA CRONOGRAMA E ITINERÁRIO

O Mutirão da Dengue, quarta-feira, dia 16, será no bairro Bom Pastor, das 7h30 às 13h. 

De acordo com a Vigilância Ambiental da Prefeitura de Varginha, será atendida uma parte do bairro devido à grande extensão. O objetivo é eliminar os depósitos de água parada nos imóveis e 

terrenos. Serão recolhidos todos os materiais inservíveis, no intuito de evitar uma epidemia de doenças transmitidas pelo vetor Aedes aegypti e demais espécies de mosquitos. 


Os moradores devem retirar das casas, deixando nas calçadas no mesmo dia bem cedo (no máximo até às 7h da manhã), todos os materiais inservíveis como móveis velhos, latas, vidros, metais, 

pneus, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, objetos que possam acumular água, dentre outros, pois os caminhões de coleta só percorrem as ruas uma única vez. 

A Prefeitura alerta que não serão recolhidos galhos de árvores e entulhos de construção. 


Haverá também panfletagem orientando os moradores na segunda e na terça-feira, dias 14 e 15, respectivamente. 

O Mutirão da Dengue conta com o apoio e colaboração das Secretarias Municipais de Obras (Limpeza Urbana-SOSUB), Meio Ambiente (SEMEA), Educação (Manutenção - SEDUC) e Divisão de Comunicação (Setor de Imprensa). 

Devido a extensão do bairro Bom Pastor, o mutirão no mesmo será dividido em duas etapas 

Relação de ruas que serão trabalhadas na 1ª Parte do bairro Bom Pastor:

Rua Santa Margarida 

Praça Odorico Venga 

Rua Dr. Antônio Francisco de Oliveira 

Rua Profº Liamar Lomeu 

Rua Dr. Francisco Rosemburg 

Rua Afonso Rossignoli 

Rua Otávio Pimenta de Moraes 

Rua Álvaro Mendes 

Rua Dr. José de Assis Ribeiro 

Av. Presidente Kennedy 

Rua Oscarlina Prado 

Rua Santa Luzia 

Rua Alzira Magalhães Barra 

Rua Antônio Galvão 

Rua Eutêmio Tavares 

Av. Dr. Amir Reis 

Rua Profª Elisa Carvalho 

Av. Plínio Salgado esquina da Av. Brasil até a Praça Odorico Venga 

Av. Catarina Limborço Esquina da Av. Plínio Salgado até a esquina da Rua Santa Margarida 

Rua Santa Catarina esquina da Av. Plínio Salgado até a esquina da Rua Santa Margarida 

Rua Allan Kardec esquina da Rua Oscarlina Prado até a esquina da Rua Santa Margarida 

Rua Tenente Joaquim Pinto esquina da Rua Santa Luzia até a esquina da Rua Santa Margarida 

Av. Arthur Salviolo Lima esquina da Rua Santa Luzia até a esquina da Rua Santa Margarida 

Rua Presidente Tancredo Neves esquina da Av. Presidente Kennedy até a esquina da Rua Santa Margarida 

Rua João Urbano de Figueiredo esquina da Rua Álvaro Mendes até a esquina da Rua Santa Margarida 

"Bairro limpo é sinônimo de bairro saudável".

"O lixo que você joga nas ruas, terrenos baldios e no quintal da sua casa, acaba voltando para você mesmo em forma de doenças". 

Denúncias de casos que comprometem a saúde públicas podem ser feitas por telefone: 

- Setor de Vigilância Ambiental: 3690-2230

- Guarda Civil Municipal: 153 

- Email: denguedenuncias@varginha.mg.gov.br

quinta-feira, 10 de março de 2022

POVO DE MINAS NÃO É MAIS OBRIGADO A USAR 'MÁSCARAS' AO AR LIVRE ‼️


O uso de máscaras de proteção em espaços abertos em Minas Gerais não será mais obrigatório a partir de sábado (12/03). Desde março de 2020, com o início da pandemia de COVID-19, o Governo de Minas orientava pelo uso do equipamento em todos os 853 municípios mineiros. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10), pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

“Diante deste cenário que nós estamos vivendo, com projeção de quedas de casos, continua projeção enorme de queda de casos nos próximos dias, diante do fato que estamos há mais de seis meses em onda verde, ou seja, nosso cenário está controlado, com todos indicadores, esses quatro indicadores hoje projetados estão bem, em ambiente controlado, diante da vacinação completa no estado com duas doses acima de 80% e reforço acima de 40%, a recomendação, de novo, a recomendação do estado é que cada município possa desobrigar o uso de máscara em locais abertos a partir de sábado”, afirmou o secretário, durante pronunciamento na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas, em Belo Horizonte.
“O que isso significa? Os municípios têm sua autonomia, mas a equipe técnica da secretaria desenvolveu, diante dos cenários em outros países, em especial que já vivenciaram isso a mais, que é seguro, com nosso esquema vacinal e a incidência nossa hoje, que ainda está caindo mas não chegou ao menor nível. A gente pode sim recomendar que não é obrigatório o uso de máscara em locais abertos”, completou.
Baccheretti relembra que o Governo de Minas somente recomenda as ações relativas à pandemia do novo coronavírus, como também no caso das atividades comerciais.
O plano Minas Consciente, que colocava as diretrizes aos municípios que seguiam esse plano, será extinto, já que a COVID-19 está controlada em território mineiro.
“A partir de sábado, acaba, então, o Minas Consciente. Um programa que completaria dois anos no próximo mês, muito importante, que dava uma relação de incidência, de paciência relacionado a ondas, que demonstrou muito eficaz no estado, com letalidade muito menor que a do país, e conseguindo também fazer ações mais importantes para a saúde e menos graves, obviamente, para a economia. Foi um sucesso o Minas Consciente”, afirmou.
Apesar da desobrigação do uso da máscara de proteção ao ar livre, Baccheretti diz que as pessoas podem seguir utilizando o equipamento caso queiram ou se sintam inseguras.
O secretário afirmou, por exemplo, que segue usando máscara facial em BH, que retirou a obrigatoriedade na última semana.
“Aquelas pessoas que estejam com sintomas gripais, ou as mais vulneráveis, ou as que se sentem mais seguras com máscara, não se sintam constrangidos em usar. Eu continuo usando máscara ainda em lugar aberto em Belo Horizonte, mesmo sem a obrigação. Cada um, não se sinta constrangido, a máscara foi muito importante dentro da pandemia e continua. Então, se alguém estiver com gripe, vamos proteger o outro, vá ao trabalho de máscara, na rua fique de máscara. A desobrigação não significa estimulação a retirar a máscara, é apenas as pessoas poderem entender, individualmente e coletivamente, qual que é a melhor ação a ser tomada”, disse.
CRÉDITOS: EM

EXTRA!!! SENADO APROVA FUNDO PARA CONTER ALTA DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS; ENTENDA

 


O Senado aprovou nesta quinta-feira (10) por 61 votos a 8 o projeto que cria a conta de estabilização dos preços dos combustíveis (CEP), com o objetivo de frear a alta dos preços dos produtos.

A proposta também estabelece a ampliação do auxílio-gás, dobrando o alcance do benefício que custeia parte do botijão de gás, e cria o auxílio-gasolina, destinando um “vale” nos valores de R$ 100 e R$ 300 para taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos.

A aprovação do fundo de estabilização se dá em meio à disparada dos preços do petróleo e a mais um reajuste anunciado pela Petrobras. Nesta quinta, a estatal informou que o valor da gasolina sofrerá um aumento de 18,8%. Já o diesel enfrentará uma alta de 24,9%.

O texto foi aprovado conforme versão proposta pelo relator. Agora, a proposta seguirá para votação na Câmara dos Deputados.

A votação da proposta chegou a ser adiada três vezes por falta de consenso entre os senadores.

Diante da escalada de preços nos combustíveis, que tende a se acentuar com a elevação do preço internacional do barril do petróleo em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia, os congressistas concordaram em votar o projeto. A Rússia é um dos principais exportadores de petróleo no mundo.

A elevação dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores para a disparada da inflação. Em 2021, a gasolina acumulou alta de 47,49% e foi o item que mais pesou na alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, no ano passado, que ficou em 10,06%.

O diesel, por exemplo, é o combustível utilizado pelos caminhoneiros, que, entre outros itens, transportam os alimentos consumidos pela população. A alta do diesel provoca, portanto, provoca reflexos negativos nos orçamentos familiares.

Pela proposta, o fundo de estabilização terá o objetivo de reduzir o impacto da volatilidade dos preços dos combustíveis derivados do petróleo, do gás de cozinha, do gás natural, para o consumidor final.

A conta, segundo o projeto, receberá recursos de:

  • royalties, participações do governo relativas ao setor de petróleo e gás destinadas à União, resultantes da concessão e da comercialização do excedente em óleo no regime de partilha de produção, ressalvadas as parcelas já vinculadas a determinadas áreas;
  • dividendos (lucros distribuídos a acionistas) da Petrobras pagos à União;
  • receitas públicas geradas com a evolução das cotações internacionais do petróleo bruto, desde que haja previsão em lei específica;
  • parcelas de superávits financeiros extraordinários.

Em uma versão anterior do parecer, o senador Jean Paul Prates havia proposto a criação de um imposto de exportação incidente sobre o petróleo bruto, para também abastecer a conta. Controversa, a medida foi retirada da proposta.

CRÉDITOS: G1.

PRESSÃO ALTA: ENTENDA POR QUE ESTÃO RECOLHENDO A LOZARTANA DAS FARMÁCIAS

 


Foto: Medley/Reprodução.

Quem faz uso do medicamento losartana potássico foi surpreendido por um chamamento para recall da Sanofi Medley, farmacêutica responsável pelo remédio. De acordo com a empresa, foi identificada a presença de impurezas mutagênicas nos produtos e, por isso, como uma medida preventiva, a farmacêutica chamou para o recolhimento voluntário de todos os lotes do medicamento.

De acordo com a empresa, as impurezas detectadas podem causar alterações no DNA dos usuários, aumentando a possibilidade de câncer a longo prazo. Porém, a farmacêutica ressaltou ao Correio que não há indícios de que “o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade”. Dessa forma, a empresa diz que “não há risco imediato em relação ao uso dessas medicações contendo losartana”.

Segundo o professor do Laboratório de planejamento de fármacos e modelagem molecular (LabMol) da Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás (UFG) Bruno Junior Neves algumas impurezas tem o potencial de ser danosas a saúde. “Nem todas as impurezas oferecem risco a saúde humana. Entretanto, algumas delas são consideradas mutagênicas e/ou carcinogênicas. As impurezas mutagênicas são capazes de induzir mutações e danos ao DNA humano”, explica.

Esse tipo de contaminação ocorre por algum erro durante a fabricação do produto. De acordo com o professor de química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luiz Carlos Dias, os processos para liberação de medicamento são muito rígidos e, por isso, qualquer impureza detectada é o suficiente para o medicamento precisar de um recall. “O controle de qualidade é feito por amostragem. Pode ser que em alguns frascos alguém tenha cometido algum erro, porque todas as impurezas são removidas durante o processo de purificação”, explica.

O professor Bruno ainda destaca que os processos exigidos pela Anvisa são bastante seguros. “É importante ressaltar que a Anvisa monitora de perto a fabricação de medicamentos no Brasil. Os protocolos de gerenciamento de risco utilizados atualmente são eficientes e suficientes para mapear o risco de formação destas impurezas em toda a cadeia de produção de medicamentos.”, afirma.

Segundo Luiz Carlos, a falha cometida pela Medley é muito grave, já que todos os produtos devem passar por controle de qualidade dentro da fábrica, antes de ser levado até o consumidor. “Houve falha no controle de qualidade e isso é algo muito sério. É esperado a aparição de impurezas, mas o setor de qualidade é fundamental no sentido de fazer as análises e hoje temos equipamentos com altíssimo grau de precisão. Provavelmente eles não testaram a qualidade de todos os lotes.”

Luiz Carlos, no entanto, ressalta que o problema é especificamente com os lotes em circulação. Isso não quer dizer que o medicamento tenha algum problema ou que ele cause câncer. “Isso não diz respeito à qualidade do produto. Este é um medicamento muito importante, ele está na lista de medicamentos do SUS e é um dos principais compostos para combater a hipertensão”, afirma.

A losartana é utilizada no tratamento de hipertensão arterial e atua como bloqueadora dos receptores da angiotensina II (BRAs). O remédio consta na lista de medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e integra a primeira linha das drogas no combate às doenças cardíacas, de proteção aos rins em pacientes com diabetes tipo 2 e na recuperação após ataques cardíacos.

A farmacêutica também esclareceu que o remédio será ajustado e voltará ao mercado em alguns meses. O recall está ocorrendo desde outubro do ano passado. Segundo a farmacêutica, o recolhimento é preventivo. “Mesmo com o risco desta substância em humanos ainda não ser conhecido, optou pelo recolhimento de todos os lotes com o potencial de conter esta substância, o qual foi aprovado pela Anvisa, reforçando o compromisso da empresa com a qualidade de seus produtos e segurança dos pacientes”, afirmou.

Segundo o professor Luiz Carlos, este é o procedimento correto. “Se tiver qualquer impureza é preciso saber qual o potencial dela, mesmo que ela esteja em 0,1% do produto. Geralmente todas as impurezas possíveis já são de conhecimento da empresa. Quando a impureza não tem nenhum potencial de prejudicar, as agências reguladoras podem aceitar uma porcentagem pequena, mas nesse caso eles nem sabem o potencial dela”, ressalta.

A farmacêutica também ressalta que parar de tomar o medicamento de forma abrupta, sem trocar apresenta mais riscos à saúde “do que o risco potencial apresentado pela impureza em níveis baixos”.

Processo químico
A fabricação de um medicamento envolve várias etapas de produção. De acordo com Luiz Carlos, em cada uma dessas etapas é necessário usar produtos e também são gerados componentes químicos que não estarão no composto final. Por isso, o medicamento passa por vários processos de purificação. “É como peneirar um suco de laranja. Essa etapa tem como objetivo retirar materiais que foram utilizados, que não serão incorporados na estrutura final”, explica. No fim, é esperada uma taxa de pureza de mais de 99,5% e que, em alguns casos, pode chegar a 100%.

Não é a primeira vez que a Medley tem esse problema com a losartana. Entre 2018 e 2019, o uso do fármaco foi suspenso após ser detectada a presença de um contaminante no princípio ativo da droga, a nitrosamina — um subproduto da síntese da losartana. De acordo com o professor Bruno, existe uma determinação da Anvisa de que a nitrosamina não é aceitável em anthipertensivos. “As nitrosaminas são uma classe de impurezas mutagênicas e potencialmente carcinogênicas em humanos e, por esse motivo, devem ser controlados a níveis considerados aceitáveis e seguros”, destaca.

Para quem toma o medicamento, a recomendação é entrar em contato com o SAC da Medley pelo 0800-703-0014. O professor Bruno ressalta que caso a pessoa faça uso de losartana de outra marca não é necessário parar o uso do medicamento. “Os pacientes que utilizam losartana da Medley devem procurar imediatamente o farmacêutico e o médico para devolução, mediante correta checagem do lote, e substituição da medicação, respectivamente”, explica.

CRÉDITOS: CORREIO BRASILIENSE 

INFLAÇÃO BATE 7,9%; MAIOR EM 40 ANOS

Inflação anual nos EUA chega a 7,9%, a mais alta em 40 anos

A inflação nos Estados Unidos atingiu um novo recorde em fevereiro, puxada pelo aumento no preço da gasolina em meio aos efeitos da guerra na Ucrânia.

Nos últimos doze meses até fevereiro, o índice chegou a 7,9%, maior nível em 40 anos

Na comparação com janeiro, o avanço no mês foi de 0,8%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho.

O preço da gasolina teve alta de 6,6% em relação a janeiro. O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula avanço de mais de 45% no ano, e chegou a alcançar US$ 139 na segunda-feira (7). 

Nesta quinta-feira, é negociado acima da faixa de US$ 115.

URGENTE: PETROBRÁS ANUNCIA AUMENTO DE 18,8% PARA GASOLINA; DIESEL SOBE 24%


Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou na manhã desta quinta-feira (10) reajustes nos preços de gasolina e diesel após quase 2 meses de preços congelados nas refinarias.

“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou a estatal, em comunicado.

A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg. O produto não era reajustado há 152 dias.

“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, afirmou a Petrobras.