sexta-feira, 19 de maio de 2017

DEPOIS DE 14 ANOS O "MELÃOZINHO" COMEÇA A SER DEMOLIDO EM VARGINHA

Empresa de São Paulo venceu leilão de ferragem da estrutura do ginásio; restante será demolido.

Após quase 14 anos de obra parada, toda a estrutura do que seria o Ginásio Melãozinho, em Varginha (MG), está sendo desmontada. A estrutura foi leiloada pela prefeitura municipal para uma empresa de São Bernardo do Campo (SP), que pagou R$ 0,52 pelo quilo de material retirado da obra.

Uma empresa de Varginha (MG) foi contratada para retirar todo o material da estrutura do ginásio, que soma cerca de 120 toneladas de ferragem. O material foi leiloado no dia 19 de abril deste ano. O lance mínimo era de R$ 0,20 e a empresa do interior de São Paulo venceu pelos R$ 0,52.
“A desmontagem é bem complicada devido ao risco, porque as peças estão danificadas, a estrutura, então é bem complicado”, explica o empresário Anderson Augusto Silva, responsável pelo serviço.
A construção do ginásio, que ganhou o nome popular de Melãozinho, começou em 2004. Na época, foram feitas a base e toda a estrutura de concreto, mas a obra, de cerca de 5 mil metros quadrados, parou porque a empresa que faria a parte de cobertura alegou risco de segurança. Os pilares teriam sido superdimensionados, ou seja, as estruturas não encaixariam.

O prefeito de Varginha, Antônio Silva (PTB), disse que quando assumiu o mandato anterior, em 2013, pediu à própria Secretaria de Obras que fizesse um laudo sobre a situação do ginásio e a possibilidade de retomar as obras. A prefeitura chegou a cogitar a possibilidade de construir um anel para segurar a cobertura, mas a ideia foi logo descartada.
O caminho foi abrir uma ação judicial pra que fosse feito um laudo levantando todos os problemas na obra. Segundo o documento, entregue no final de 2015, a única alternativa seria a demolição, o que também não deu certo.
O principal problema, segundo a prefeitura, é que o dinheiro investido pelo Governo Federal teve que ser devolvido, somando quase R$ 900 mil que ainda estavam na conta. Mais R$ 630 mil tiveram que sair dos cofres públicos.
“Nós não temos ainda uma posição jurídica concreta para que possamos acionar alguém e obrigar alguém a responder por isso. É uma situação complexa pela própria condição em que a obra foi executada. Várias empreiteiras passaram por ali, então os erros foram sucessivos”, explica o prefeito.

A empresa que está desmontando e retirando a estrutura tem mais três semanas pra terminar o trabalho. Assim que ele for concluído, a própria prefeitura deve demolir o que sobrar do ginásio.