A recente mudança de visual de Yan Couto, lateral-direito do Girona, gerou grande repercussão nas redes sociais.
Conhecido por seu cabelo rosa durante toda a temporada, Yan se apresentou à seleção brasileira com os cabelos pretos para a preparação da Copa América. Em entrevista ao 'UOL', o jogador revelou que a troca foi um 'pedido' da CBF.
"Foi um pedido, basicamente. Falaram que o rosa é meio 'vacilão' assim. Eu não acho, mas vou respeitar, né. Me pediram, vou fazer", disse Yan.
Apesar dessa solicitação, o portal 'UOL' aponta que a lista de recomendações comportamentais da CBF para os jogadores convocados não inclui nenhuma determinação contra cabelos coloridos. As recomendações focam em passar uma imagem de seriedade e incluem orientações como evitar brincos chamativos, colares extravagantes, e o uso excessivo de redes sociais. Além disso, os jogadores devem respeitar horários, evitar atrasos e seguir o plano nutricional rigorosamente.
Na semana passada, antes de admitir que a mudança foi um pedido da CBF, Yan Couto disse que a troca de visual fazia parte de uma ideia pessoal de 'fim de ciclo'.
"Estava jogando com o cabelo rosa a temporada toda. Na verdade, foi uma escolha minha, estava dando certo, foi legal. Mas foi uma coisa mais para o Girona, muita gente lá pintou o cabelo, foi meio que moda. Aqui na Seleção, o ciclo encerrou. Sou o Yan de cabelo preto, não muda nada, continua sendo o mesmo", afirmou Yan antes do amistoso contra o México.
O Brasil estreia na Copa América no dia 24 de junho contra a Costa Rica, pela primeira rodada do Grupo C, às 22h (horário de Brasília), no SoFi Stadium, em Los Angeles, Estados Unidos.
A CBF bate na tecla que é apenas uma orientação e não proibição. No entanto, a entidade não esconde o fato de que quer mudar a imagem da seleção brasileira, que já não vem recebendo o mesmo respeito como outrora.
Veja alguns itens na lista da CBF:
– Passar imagem de seriedade;
– Evitar brincos chamativos;
– Não usar colares extravagantes;
– Usar as redes sociais de maneira sóbria e com discrição, sem brincadeirinhas;
– Usar o celular na mesa de jantar somente depois da refeição;
– Evitar chegar ao estádio com fones de ouvido ou música alta;
– Evitar aparecer em vídeos oficiais ouvindo música e brincando no vestiário;
– Respeitar horários;
– Não atrasar a saída do ônibus;
– Não comer nada fora do plano nutricional no quarto.
- Cuidado para passar uma imagem de seriedade;
- Evitar o uso de brincos chamativos;
- Não utilizar colares extravagantes;
- Uso das redes sociais de forma sóbria e com discrição, sem brincadeirinhas;
- Utilização do celular na mesa de jantar apenas após terminar a refeição;
- Evitar chegar ao estádio com fones ou ouvindo música alta;
- Evitar que os atletas apareçam em vídeos oficiais ouvindo música e brincando no vestiário;
- Respeitar os horários;
- Não atrasar a saída do ônibus da delegação;
- Não comer nada fora do plano nutricional no quarto.
Na última semana, antes de admitir que teria trocado de tintura de cabelo por conta de um pedido da CBF, Yan Couto disse que a mudança seria parte de uma ideia pessoal de 'fim de ciclo'.
Veja a nota oficial da CBF:
A CBF reafirma seu compromisso com a liberdade, a pluralidade, o direito à autoexpressão e livre construção da personalidade de cada indivíduo que trabalhe na entidade ou defenda a Seleção Brasileira. Para a entidade, o desempenho do colaborador fala por si só.
O compromisso da CBF é com o bom futebol e as melhores práticas de gestão. Cada colaborador ou atleta deve ter autonomia sobre sua própria aparência, credo, orientação sexual, expressão de gênero.
Desde o início da atual gestão, a CBF tem como uma das prioridades a luta contra o racismo e qualquer tipo de preconceito no futebol. A entidade é parceria do Observatório da Discriminação Racial no Futebol e do coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, e está sempre aberta a novas iniciativas para que o futebol brasileiro se torne um espaço mais inclusivo e livre de preconceitos.
Curiosamente, veio à tona uma cartilha da CBF com algumas “proibições”, logo após uma lista que funcionários precisam cumprir para trabalhar no Maracanã em jogos de Flamengo e Fluminense. Essa cartilha foi feita pelos próprios clubes.
Apesar de fazer algo semelhante, a CBF bate na tecla que é apenas uma orientação e não proibição. No entanto, a entidade não esconde o fato de que quer mudar a imagem da seleção brasileira, que já não vem recebendo o mesmo respeito como outrora.