O Brasil é referência mundial em Odontologia, combinando excelência no ensino, pesquisa científica de ponta e uma indústria robusta de produção de materiais odontológicos. Dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO) destacam que o país possui o maior número de cirurgiões-dentistas do mundo, com mais de 330 mil profissionais formados até 2021, além de quase 210 mil auxiliares e técnicos de saúde bucal e prótese dentária.
Esse protagonismo é sustentado por um tripé que une o ensino de qualidade, a capacitação de profissionais e o avanço da indústria. Regiane Marton, cirurgiã-dentista e presidente da Kulzer Brasil, ressalta que a indústria brasileira tem investido em tecnologia e inovação para oferecer produtos que atendam às exigências clínicas e técnicas da Odontologia moderna. Tecnologias como impressão 3D e equipamentos digitais já são realidade nos consultórios e laboratórios, trazendo agilidade e eficiência.
Outro fator essencial para o reconhecimento global é a produção científica. De acordo com o professor Rafael Onofre, da Atitus Educação, o Brasil ocupa o segundo lugar em publicações científicas odontológicas entre 1996 e 2020, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. No entanto, Onofre aponta que há espaço para evolução, especialmente na relação entre academia e indústria, com maior ênfase na qualidade e impacto das pesquisas.
Essa notoriedade tem atraído investimentos internacionais. A empresa argentina MABB Biomaterial, líder em implantes dentários de zircônia, expandiu para o Brasil, reconhecendo o potencial do mercado local e o alto nível de inovação odontológica. Segundo Daniel Miguez, presidente da MABB, a parceria com profissionais brasileiros reflete o status do país como referência global.
Com tendências que incluem a digitalização de processos, biomateriais inovadores e plataformas digitais de compra e conhecimento, o futuro da Odontologia brasileira aponta para a manutenção de sua posição de liderança no cenário mundial. “A Odontologia brasileira é exemplo para o mundo, com uma preocupação única em unir saúde bucal e sensibilidade social”, conclui Miguez.
COM INFORMAÇÕES DA ABO