terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

"MULTA PROPORCIONAL": DEPUTADO DO PT QUER MUDAR FORMA DA COBRANÇA DE MULTAS DE TRÂNSITO; ENTENDA

 

Foto: Ag. Câmara/deputado Kiko Celeguim (PT-SP


25/02/2025 - 3 minutos para saber


O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) pode estar prestes a passar por uma transformação significativa caso um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados seja aprovado.

Atualmente, as multas aplicadas por infrações seguem um modelo padronizado, com valores definidos que variam apenas conforme a gravidade da infração — leve, média, grave ou gravíssima. Esse sistema, porém, tem sido alvo de críticas por não considerar a realidade financeira dos condutores, gerando impactos desiguais entre motoristas de diferentes classes sociais.

Uma proposta apresentada pelo deputado Kiko Celeguim (PT-SP) busca mudar essa lógica, introduzindo um critério que promete ajustar as penalidades à capacidade econômica de cada motorista, com base em um elemento central: o preço de mercado do veículo.

O Projeto de Lei (PL 78/25) sugere abandonar os valores fixos atuais — R$ 88,38 para infrações leves, R$ 130,16 para médias, R$ 195,23 para graves e R$ 293,47 para gravíssimas — e substituí-los por percentuais vinculados ao valor do automóvel.

Para uma infração leve, por exemplo, o condutor pagaria 0,1% do preço do carro; para uma média, 0,15%; para uma grave, 0,2%; e para uma gravíssima, 0,35%. Veja a tabela a seguir!

Comparação das multas de trânsito

Categoria da infração

No CTB

No Projeto de Lei

Leve

R$ 88,38

0,1% do valor do veículo

Média

R$ 130,16

0,15% do valor do veículo

Grave

R$ 195,23

0,2% do valor do veículo

Gravíssima

R$ 293,47

0,35% do valor do veículo

Fonte: PL 78/25

Esses valores seriam atualizados anualmente pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), responsável por definir o preço de mercado de cada modelo. Segundo Celeguim, a medida visa equilibrar o peso das multas:

“Enquanto para proprietários de automóveis de menor valor o impacto financeiro das multas pode ser extremamente significativo, para condutores de veículos de luxo, o mesmo valor torna-se irrisório”. Ele defende que o sistema atual pune desproporcionalmente os menos abastados, enquanto os mais ricos mal sentem o efeito.


Para ilustrar, consideremos dois exemplos práticos. Um motorista do Citroën C3, o carro mais acessível à venda no Brasil, com preço aproximado de R$ 70 mil, pagaria R$ 70 por uma infração leve, R$ 105 por uma média, R$ 140 por uma grave e R$ 245 por uma gravíssima, como dirigir sem CNH.


Já o dono de um veículo de alto padrão, avaliado em cerca de R$ 250 mil, desembolsaria R$ 250 por uma infração leve, R$ 375 por uma média, R$ 500 por uma grave e R$ 875 por uma gravíssima. Hoje, ambos pagariam os mesmos R$ 293,47 por uma infração gravíssima, independentemente da diferença econômica entre os carros.

“O objetivo é tornar o sistema de aplicação de multas de trânsito mais equitativo”, explica Celeguim, destacando que a proposta corrige essa distorção ao alinhar a penalidade ao poder aquisitivo implícito no valor do veículo.


O projeto não mexe em outros aspectos do CTB, como o sistema de pontos na CNH ou os fatores multiplicadores para infrações gravíssimas, conforme informado pela Agência Câmara.

Ainda em fase inicial, o PL será avaliado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se passar na Câmara, seguirá para o Senado e, em caso de aprovação, dependerá de sanção presidencial.


Após isso, o Contran terá 90 dias para regulamentar a nova regra, que entrará em vigor 180 dias depois. A mudança promete reacender debates sobre justiça social no trânsito, mas também levanta questões práticas, como a precisão na avaliação dos veículos e os custos de implementação de um sistema tão personalizado. E mais: Zelensky revela medida que tomaria para por fim ao conflito entre Rússia e Ucrânia. 
 

Fontes: MotorSport; AutoEsporte

VAI SUBIR: PELA 19ª VEZ SEGUIDA, MERCADO ELEVA PREVISÃO DA INFLAÇÃO

 

FOTO: ILUSTRAÇÃO

 

25/02/2025 – 3 minutos para saber


As previsões para a inflação brasileira em 2025 continuam em trajetória ascendente, conforme apontado pelo relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central.

O documento, que reúne estimativas de analistas do mercado, reflete um cenário de desafios econômicos, com destaque para a alta nos preços dos alimentos e bens industriais, agravada por fatores como estiagem e câmbio.

A mediana do IPCA para 2025, segundo o Focus, avançou de 5,60% para 5,65%, marcando a 19ª semana consecutiva de aumento. Esse índice está 1,15 ponto porcentual acima do teto da meta estipulada, que é de 4,50%. 

Há um mês, a projeção era de 5,50%. Levando em conta apenas as 105 estimativas ajustadas nos últimos cinco dias úteis, o número evoluiu de 5,58% para 5,66%. Para 2026, a expectativa também subiu, passando de 4,35% para 4,40%, na nona semana seguida de alta.

Na mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central alertou sobre um panorama “adverso” no curto prazo, mencionando que “em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”.

O colegiado elevou a Selic em janeiro de 12,25% para 13,25% e sinalizou novo aumento de 1 ponto em março, chegando a 14,25%, como parte da estratégia para conter a pressão inflacionária.

A meta de inflação, que a partir deste ano passa a ser medida de forma contínua em 12 meses, tem como centro 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos. Caso o IPCA ultrapasse esse limite por seis meses seguidos, o BC será considerado fora do alvo.

O horizonte de atuação do Copom está focado no terceiro trimestre de 2026, quando espera uma inflação de 4,0%. Já para 2027, a mediana do Focus segue em 4,0%, enquanto a de 2028 recuou ligeiramente de 3,80% para 3,79%.

Economia e Câmbio

A perspectiva para o crescimento do PIB em 2025 ficou em 2,01%, ante 2,06% um mês atrás, enquanto para 2026 permanece em 1,70%.

Já a cotação do dólar ao fim de 2025 caiu de R$ 6,00 para R$ 5,99, quebrando a barreira dos R$ 6,00 pela primeira vez desde janeiro. Para 2026, a projeção segue em R$ 6,00. O BC prevê que a economia crescerá 3,50% em 2024 e 2,10% em 2025, segundo o Relatório Trimestral de Inflação. E mais: Inflação já consome boa parte da renda das famílias brasileiras. 

Fonte: Estadão

 

CARLOS ANDREAZZA: LULA UTILIZA PRONUNCIAMENTO OFICIAL PARA FAZER DISCURSO ELEITORAL

Presidente convocou cadeia nacional de rádio e TV para falar sobre os programas Pé de Meia e Farmácia Popular

Pé-de-meia: Lula anuncia depósito de R$ 1 mil a estudantes que passaram de ano em 2024

25/02/2025 – 2 minutos de leitura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento oficial em tom informal na noite desta segunda-feira (24) para divulgar duas ações do governo envolvendo os programas Farmácia Popular e Pé de Meia. Para o colunista de política da BandNews FM Carlos Andreazza, Lula utilizou o pronunciamento para fazer um discurso eleitoral.

Esses pronunciamentos tem natureza específica. Convoca-se para um anúncio excepcional, medida emergencial, resposta importante (...) não tem nada a ver com isso o que Lula fez. É algo inédito e já é a mão do marqueteiro Sidônio Palmeira

O colunista avalia que Lula anunciou os programas de governo de olho na eleição de 2026, o que deve acontecer quinzenalmente, seguindo orientação do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

Tem método, com Carlos Andreazza