terça-feira, 5 de junho de 2018

TORCIDA DO GALO SE REVOLTA E PROTESTA CONTRA O PRESIDENTE E ALEXANDRE GALLO


Técnico interino Thiago Larghi foi o único poupado pelos manifestantes

Continua depois da publicidade

Organizado pela internet, o protesto chegou a ter adesão de outras torcidas do Atlético, mas a única a comparecer foi a GDR Alvinegra (Garra, Determinação e Respeito). “Estamos presentes no clube para exigir uma explicação do presidente. Presidente, deixa de ser omisso. Apresente e explique pra nós a situação atual do clube. Você menosprezou dois campeonatos, a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil, falando que ia valorizar o Brasileiro. Mas nós estamos no meio da tabela. O que você vai fazer? Cadê o time para disputar o Campeonato Brasileiro”, cobrou Santiago, diretor e fundador da organizada.

Santiago não soube explicar o motivo da ausência de outras torcidas organizadas do Atlético no movimento. “Porque só a GDR veio hoje, eu não sei e também não quero saber. Acho que a obrigação do torcedor é apoiar e a cobrar quando necessário. No momento, está sendo necessário cobrar. E nós vamos cobrar, independentemente de qualquer torcida. Nossa voz ninguém vai calar não”, acrescentou.

Vários dos cânticos foram dirigidos ao presidente Sérgio Sette Câmara. Alguns o comparavam a Ziza Valadares, que foi diretor de futebol durante a disputa da Série B, em 2006, e comandou o Atlético entre 2007 e 2008. "Sette Câmara, vai se f.., tiramos o Ziza e vamos tirar você”, "Presidente, seu vacilão, cadê o time que vai ganhar o Brasileirão"; "O presidente, seu vacilão, bota a cara para me dar explicação". Esses foram alguns gritos entoados na sede de Lourdes contra o atual mandatário, que chegou a afirmar que o time estaria entre os três primeiros até a parada da Copa do Mundo. O título nacional, inclusive, é a grande pretensão da gestão de Câmara neste primeiro ano de mandato.


Outro alvo da manifestação foi o diretor de futebol Alexandre Gallo. Ao se referir a ele, os torcedores pronunciavam apenas o primeiro nome, segundo eles, em respeito ao Galo, mascote do clube. “Alexandre otário, o nosso Galo não é time de empresário”. Faixas expostas diante da sala de troféus do clube pediam a saída do dirigente: “Fora Alexandre Gallo”. “Diretoria, quando é que os reforços de verdade chegarão?”, indagava outra.


O time também recebeu duras críticas. O único poupado foi o técnico interino Thiago Larghi. De acordo com os organizadores do protesto, ele não tem culpa pelos insucessos na temporada, que incluem a perda do Campeonato Mineiro para o Cruzeiro.

"Acabou a caô, ou joga por amor ou joga por terror". "Time pipoqueiro, deixa de farra pra ganhar o Brasileiro". “Vergonha, vergonha, vergonha, time sem vergonha". "Time fdp, só quer dinheiro, cerveja e prostituta". Esses foram alguns dizeres dirigidos ao elenco.

Alguns jogadores, em especial, foram mais atacados no protestos, casos do volante Elias, do meia Luan e do meia equatoriano Cazares: "Ah que bom será, se o Elias voltar para os gambá". "Cazares, vai se ferrar, vai jogar bola e pare de ...". 

Considerado um dos ídolos da torcida, Luan foi atacado por fazer críticas públicas ao técnico Thiago Larghi pela imprensa após o empate com a Chapecoense, por 3 a 3, no Independência. “Ei, você aí, avisa ao Luan para parar se mimimi".

Ao fim do protesto, os torcedores entregaram a Aloísio Sperman, chefe de segurança do Atlético, uma lista de sugestões e reivindicações. Entre elas, foi pedida uma reunião com o presidente Sérgio Sette Câmara.

Um dos pedidos dos torcedores é para que o clube volte a mandar seus jogos no Mineirão, não mais no Independência.



Dê EM