Ação do Ministério Público e Polícia Militar combate a receptação de carros
e peças roubadas ou fraudadas.
O Ministério Público, por meio do Grupo
de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia
Militar deflagraram a segunda fase da Operação Calhambeque. Três pessoas foram
presas na manhã desta quarta-feira (17) em Varginha (MG) e Elói Mendes (MG). A
ação combate a receptação de carros e peças roubados, furtados ou vindos de
fraudes de seguradoras.
De acordo com a Polícia Militar, um dos
sete mandados expedidos pela Justiça foi cumprido na cadeia de Elói Mendes. O
suspeito já estava preso e teve sua assinatura colhida.
"Foi denunciado novamente o líder
da organização criminosa, que se encontra preso em Elói Mendes, foram
denunciadas ainda pessoas que são funcionárias, que executavam o serviço de
desmanche de veículos, transporte de veículos produtos de crime e também venda
de peças de veículo com sinais identificadores adulterados", diz o
promotor Daniel Ribeiro Costa.
Outros três suspeitos já haviam sido
encaminhados para a delegacia de plantão de Varginha. Três pessoas estão
foragidas.
"Foram também denunciadas pessoas
que são líderes de organizações criminosas em Varginha, que ou cediam o espaço
para que os veículos fossem desmontados e também auxiliavam no transporte de
peças, cedendo veículos próprios para que essas peças fossem transitadas entre
Varginha e Elói Mendes", completa o promotor.
As três pessoas que foram presas nesta
quarta-feira foram levadas para o presídio de Elói Mendes.
Operação Calhambeque
A operação pretende desmantelar uma
organização criminosa que atua nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na
primeira fase, os suspeitos foram denunciados
por crimes de receptação qualificada, estelionato, adulteração de sinal
identificador de veículo automotor e organização criminosa.
Durante as investigações, alguns
veículos roubados foram localizados e foram realizadas 12 prisões em flagrante.
As investigações apontaram ainda para outros crimes cometidos pela organização
criminosa, como receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de
veículo automotor e corrupção de menores.
Os suspeitos realizavam desmanche e
vendiam as peças em estabelecimentos locais. A Confederação Nacional de
Empresas e Seguros estima que as ações criminosas geraram um prejuízo em 2016
que chegou a R$ 520 milhões.
Operação Calhambeque combate organização criminosa no Sul de MG — Foto:
Manoela Borges/EPTV
Dê: G1