terça-feira, 23 de outubro de 2018

GOLEIRO BRUNO PERDE MORDOMIAS E VOLTA AO CÁRCERE, MACARRÃO ESTÁ NO "SEMI-ABERTO DESDE MARÇO


Depois de ser flagrado com mulheres, bebidas e celular em um clube de Varginha, no Sul de Minas, o goleiro Bruno Fernandes teve a autorização para trabalho suspensa pela Justiça. 

O ex-atleta cumpre pena por assassinato, ocultação de cadáver e sequestro do filho.
A secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou que Bruno cumpre pena em regime fechado no Presídio de Varginha. Ele tem permissão para trabalho concedida pelo Poder Judiciário e atualmente exerce função laboral nas obras da Apac da cidade. Ainda segundo a pasta, presos com autorização para trabalhar não necessitam de escolta de agentes de segurança penitenciários.

De acordo com a secretaria, Bruno saía às 7h e retornava às 18h, de segunda a sexta-feira, em transporte fornecido pela Apac. A direção do presídio já comunicou o fato à Vara de Execução da comarca que suspendeu a autorização para o trabalho do preso. Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que está apurando o caso, mas ainda não deu retorno.


Um dos mentores do assassinato da modelo Eliza Samudio, em 2010, conquistou em março deste ano, o direito de cumprir o resto da pena de quinze anos em casa 

Acusado de envolvimento na morte de Eliza Samudio, Luiz Henrique Ferreira Romão, de 32 anos, mais conhecido por Macarrão, deixou a cadeia em março. Ele cumpria pena no Presídio Doutor Pio Canedo, em Pará de Minas (MG), e obteve o direito de passar para o regime aberto. 
Macarrão, que não quer mais ser chamado pelo apelido, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza e pelo sequestro de seu filho. Ao sair do presídio ele foi cercado por repórteres e falou que nunca tentou se passar por “coitadinho”. Mas garantiu que está arrependido do crime que cometeu. “Infelizmente não tenho como voltar atrás. Se pudesse eu voltaria.”
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo nunca foi encontrado, sendo Luiz Romão (Macarrão) condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. Ele foi acusado de ajudar o goleiro Bruno Fernandes a se livrar da vítima, com quem teve um filho e se negava a assumir a paternidade.
Bruno na época era jogador do Flamengo e o caso ganhou grande repercussão. O atleta foi condenado inicialmente a mais de 22 anos de prisão, tendo depois a pena caído para 20 anos e nove meses. Hoje ele está em Varginha (MG), onde durante o dia deixa a cadeia para dar aula de futebol para crianças de uma entidade local. A defesa vem tentando a progressão da pena, mas o direito ao semiaberto deve ser concedido somente em 2019.
Com: Estadão/EM