Depois de ser flagrado com mulheres,
bebidas e celular em um clube de Varginha, no Sul de Minas, o goleiro Bruno Fernandes teve a
autorização para trabalho suspensa pela Justiça.
A secretaria de Estado de Administração Prisional
(Seap) informou que Bruno cumpre pena em regime fechado no Presídio de
Varginha. Ele tem permissão para trabalho concedida pelo Poder Judiciário e
atualmente exerce função laboral nas obras da Apac da cidade. Ainda segundo a
pasta, presos com autorização para trabalhar não necessitam de escolta de
agentes de segurança penitenciários.
De acordo com a secretaria, Bruno saía às 7h e
retornava às 18h, de segunda a sexta-feira, em transporte fornecido pela Apac.
A direção do presídio já comunicou o fato à Vara de Execução da comarca que
suspendeu a autorização para o trabalho do preso. Procurado pela reportagem, o
Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que está apurando o caso, mas
ainda não deu retorno.
Um dos mentores do assassinato da modelo
Eliza Samudio, em 2010, conquistou em março deste ano, o direito de cumprir o resto da pena de
quinze anos em casa
Acusado de envolvimento
na morte de Eliza Samudio, Luiz Henrique
Ferreira Romão, de 32 anos, mais conhecido por Macarrão,
deixou a cadeia em março. Ele cumpria pena no
Presídio Doutor Pio Canedo, em Pará de Minas (MG), e obteve o direito de passar para o regime aberto.
Macarrão, que não quer mais ser
chamado pelo apelido, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza e
pelo sequestro de seu filho. Ao sair do presídio ele foi cercado por repórteres
e falou que nunca tentou se passar por “coitadinho”. Mas garantiu que está
arrependido do crime que cometeu. “Infelizmente não tenho como voltar atrás. Se
pudesse eu voltaria.”
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo nunca foi encontrado, sendo Luiz
Romão (Macarrão) condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e
cárcere privado. Ele foi acusado de ajudar o goleiro Bruno Fernandes a se
livrar da vítima, com quem teve um filho e se negava a assumir a paternidade.
Bruno
na época era jogador do Flamengo e o caso ganhou grande repercussão. O atleta
foi condenado inicialmente a mais de 22 anos de prisão, tendo depois a pena
caído para 20 anos e nove meses. Hoje ele está em Varginha (MG), onde durante o
dia deixa a cadeia para dar aula de futebol para crianças de uma entidade
local. A defesa vem tentando a progressão da pena, mas o direito ao semiaberto
deve ser concedido somente em 2019.
Com: Estadão/EM