segunda-feira, 10 de junho de 2019

FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO PUBLICA NOTA SOBRE MENSAGENS ROUBADAS DE CELULAR

A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná (MPF) divulgou uma nota na noite de ontem, 09, após a divulgação de conversas vazadas entre procuradores da operação e também do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.


Confira os principais pontos.

“A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná (MPF) vem a público informar que seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes.

A ação vil do hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunicação privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtração de identidade de alguns de seus integrantes” 

Em seguida a nota afirma que a atividade exercida pela operação foi com “pleno respeito à legalidade”. “Há a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em mais de cinco anos de Operação.”

Eles ainda apontam três preocupações: 
(1) a operação, segundo eles, sempre foi alvo daqueles interessados na manutenção da corrupção. E a violação “das comunicações de autoridades constituídas é uma grave e ilícita afronta ao Estado”; 
(2) a deturpação dos fatos e conversas decorrentes do vazamento, entretanto, afirmam que “os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais”;  
(3) “Vários dos integrantes da força-tarefa de procuradores são amigos próximos e, nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras. Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações equivocadas.”

A nota ainda critica o vazamento das informações sem qualquer pedido de esclarecimento prévio. “Contudo, nenhum pedido de esclarecimento ocorreu antes das publicações, o que surpreende e contraria as melhores práticas jornalísticas. 

Esclarecimentos posteriores, evidentemente, podem não ser vistos pelo mesmo público que leu as matérias originais, o que também fere um critério de justiça. Além disso, é digno de nota o viés tendencioso do conteúdo até o momento divulgado, o que é um indicativo que pode confirmar o objetivo original do hacker de, efetivamente, atacar a operação Lava Jato”, diz.