sexta-feira, 18 de junho de 2021

IVERMECTINA NA OAS: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL QUER ESTUDOS APROFUNDADOS SOBRE MEDICAMENTO CONTRA COVID-19

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS), embora demonstrando certo ceticismo sobre a eficiência da ivermectina na luta contra a Covid-19, não descartou a possibilidade e pediu estudos consistentes sobre o medicamento e outros potenciais candidatos.

Durante entrevista coletiva virtual nesta sexta-feira (18), a cientista chefe da OMS, Sumya Swaminathan, disse que “infelizmente, não há estudos de muita qualidade conduzidos com ivermectina, são todos pobres, de baixa qualidade”. Isto posto, ela pediu “mais evidências” nessa frente.

Sumya Swaminathan tratou da questão na coletiva, ao ser questionada por uma jornalista sobre o caso do México. A repórter disse que o país tem há meses queda nos casos da Covid-19 e que lá se utiliza ivermectina. A cientista chefe da OMS afirmou que vários países, depois de um pico da doença, conseguiram reduzir seus números na pandemia, fazendo “uma série de intervenções públicas, sem ivermectina necessariamente”.

Segundo ela, “é preciso ter a mente aberta”, mas a pesquisadora também notou que os estudos de observação “dão pistas”, especialmente em contextos em que várias coisas estão ocorrendo ao mesmo tempo. Swaminathan ressaltou a importância de que potenciais medicamentos passem por estudos robustos e, só nesse caso, possam ser apontados como responsáveis por melhorar o quadro.

Líder técnica da resposta à pandemia de Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove afirmou que a melhora no quadro do México deve ser fruto de uma combinação de fatores, seja de saúde pública, como a vacinação dos mais idosos e de profissionais de saúde, seja por medidas individuais.

Sobre a ivermectina, ela também notou que a recomendação da OMS é de que se use o medicamento em ensaios clínicos. Kerkhove disse que pesquisadores pelo mundo têm se debruçado sobre a ivermectina e que seus estudos são analisados regularmente.

Quando essas informações forem atualizadas, a OMS pretende olhar de novo para os dados disponíveis e decidirá se qualquer recomendação pode ser alterada.

FONTE: TBN