O comunicado foi enviado pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, à Comissão de Transparência Eleitoral, que conta com um representante militar, o general Heber Garcia Portella.
Segundo o TSE, as Forças Armadas fizeram “perguntas específicas com pedidos de informações para compreender o funcionamento das urnas eletrônicas, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades”.
A resposta do TSE foi elaborada pela Secretaria de Tecnologia da Informação e tem 69 páginas e três anexos, somando pouco mais de 700 páginas.
A corte disse ainda que não vai divulgar a íntegra do documento porque os militares pediram sigilo do documento.
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a segurança das urnas e disse que as Forças Armadas estavam esperando uma resposta do TSE sobre o assunto.
Em uma “live” em suas redes sociais, ele afirmou que “foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades” sobre o sistema de votação e que o tribunal havia sido oficiado para se manifestar sobre o tema – versão negada pelo TSE em suas declarações oficiais a respeito do assunto.
Ainda segundo o presidente, esse assunto está sendo monitorado pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, cotado para ser seu vice nas eleições de outubro.
No ano passado, Bolsonaro pressionou pela aprovação da PEC do Voto Impresso. A proposta, no entanto, foi enterrada pelo Congresso.
Diante desse cenário, o TSE tem tentando dar mais transparência aos processos que envolvem o sistema de votação. A corte, por exemplo, convidou o Exército para participar do teste segurança das urnas, realizado em novembro, mas nenhum representante foi escalado.
Em uma tentativa de aumentar a interlocução com as Forças Armadas, o general da reserva Fernando Azevedo, que foi ministro da Defesa de Bolsonaro, vai assumir o cargo de diretor-geral do TSE este mês, após a posse do ministro Edson Fachin como presidente da corte, marcada para terça-feira da próxima semana.
COM: VALOR/TBN