terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

EUROPA PROÍBE TATUAGENS COLORIDAS: TINTAS TEM SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

A decisão foi tomada após 4 mil produtos químicos proibidos terem sido encontrados nos pigmentos usados para colorir este tipo de desenho

 


Nova lei proíbe o uso de tintas coloridas em tatuagens e entrou em vigor na União Europeia. 

 A decisão foi tomada após ao menos 4 mil produtos químicos proibidos pela regulamentação sanitária do bloco de países terem sido encontrados nos produtos utilizados por tatuadores para a realização deste tipo de desenho.

Descritas em um documento chamado Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de Produtos Químicos (REACH) – que regulamenta os produtos comercializados no país, as substâncias estariam avaliadas como cancerígenas ou responsáveis por mutações genética.

Entre os elementos químicos identificados que causam danos à saúde, está o álcool isopropanol, já é proibido na composição de produtos destinados à aplicação na pele.

O tatuador Fabrizio Funelli, que dirige o estúdio Funestik Tattoo Mania, em Bruxelas, na Bélgica, afirmou ao jornal Politico que os fabricantes ainda não forneceram alternativas adequadas e as pigmentações que seguirão permitidas podem não proporcionar o mesmo efeito duradouro.

Segundo as autoridades de saúde da União Europeia, a decisão é preventiva e pode ser revertida. “O objetivo não é proibir a tatuagem, mas tornar as cores usadas em tatuagens e na maquiagem permanente mais seguras”, esclareceu a agência reguladora da União Europeia que cuida do assunto.

Prazo para fornecedores

Os fornecedores de tintas têm até 4 de janeiro de 2023 para encontrar produtos químicos diferentes que sejam aprovados pelo REACH para criar elaborar novos produtos. O Reino Unido deixou a UE e, portanto, os estúdios de tatuagem do país não precisam cumprir a nova lei.

Autoridades de saúde do Reino Unido estão solicitando aos fabricantes da pigmentação e aos tatuadores que enviem informações sobre a segurança da tatuagem e os ingredientes encontrados na tinta. Os legisladores querem saber mais sobre o assunto antes de decidir se também vão proibir certos produtos químicos encontrados na coloração.

 COM: METRÓPOLES