Se você defende que a saúde pública esteja acima dos interesses comerciais, então vai adorar essa notícia: recentemente, foi zerado o IPI de extratos e aromatizantes concentrados utilizados na fabricação de refrigerantes e bebidas açucaradas.
Com isso, as poderosas indústrias de bebidas adoçadas, localizadas na Zona Franca de Manaus, perderam um benefício fiscal milionário chamado "crédito fictício". E que funcionava mais ou menos assim: as indústrias não pagavam IPI nenhum (porque é a regra da Zona Franca de Manaus) e ainda ganhavam créditos extras de acordo com a alíquota do imposto: quanto maior a alíquota, mais as indústrias embolsavam em "créditos". Acredita?
Em português claro e direto, isso quer dizer o seguinte: com a alíquota zero do IPI, acabou parte da mamata das grandes indústrias de bebidas adoçadas. Mas só uma parte. É que as indústrias ainda têm outros incentivos fiscais como reduções de IRPJ, PIS/COFINS, ICMS e Imposto de Importação, por exemplo. Em 2016, a Receita Federal calculou que a mamata dos refrigerantes era de R$ 3 bilhões de reais por ano!
Pois é... parece mentira, mas o governo brasileiro dá recursos públicos para incentivar a produção e o consumo de um produto que adoece crianças, adultos e idosos, e pode levar até a morte.
Juntos, podemos mudar essa situação. Chega de #MamataDosRefrigerantes
Apoie medidas que podem ajudar a reverter essa situação.