Minas Gerais precisa interiorizar o turismo e aproveitar as vantagens que o Estado tem para oferecer aos visitantes.  Na avaliação do vice-governador Mateus Simões (Novo), a saída é investir em infraestrutura de atendimento e serviços aos turistas. Segundo ele, um dos exemplos de como o turismo poderia ser utilizado está no Sul de Minas.

“O Sul de Minas é a França do Brasil. Tem todos os equipamentos necessários para termos um turismo gastronômico de altíssimo valor agregado. Temos muitas cidades lindas na região, como São Lourenço e Poços de Caldas. Mas a gente falha na oferta de serviços mais qualificados", diz.

O vice-governador cita como exemplo cidades conhecidas da região que não conseguem aproveitar todo seu potencial. "Um exemplo, que me dói o coração, é Maria da Fé, o melhor azeite do Estado. Mas é uma dificuldade para você comprar um azeite de Maria da Fé. A cidade produz azeites bons, azeites caros, mas você chega na cidade e precisa ir numa padariazinha para conseguir comprar”, diz.

Mateus Simões foi o entrevistado do quadro Café com Política desta terça-feira (25) na FM O TEMPO. Ele disse que não cabe ao governo do Estado ou às prefeituras oferecer as soluções, mas apenas qualificar os empreendedores privados para que resolvam as questões por conta própria.

Eles (empreendedores) têm que perceber que tem mais para oferecer. Durante a campanha eu falei que queira comprar um queijo do Serro quando estivesse passando pela cidade. Mas não existe uma banca de queijo na passagem rodoviária do Serro. A gente tem como ir melhorando isso. No caso de Maria da Fé e do Serro eu posso mostrar para eles Piranguinho, quem já foi na cidade sabe que tem vinte lojas de pé-de-moleque na entrada da cidade, uma mais arrumada e mais bonita que a outra”, destaca.

O vice-governador lembrou que Minas Gerais é o segundo destino turístico do país, que só perde para São Paulo em número de visitantes. “Muita gente acha que não, porque não temos mar. Mas temos muitas coisas para oferecer”, diz. Mas ele comemorou que os resultados obtidos têm sido positivos, com alta taxa de ocupação hoteleira, e que ao governo cabe manter os investimentos na infraestrutura mineira.

“Temos que trazer a referência das cidades de médio porte para Minas Gerais. Na Zona da Mata, as cidades todas se viraram para o Rio de Janeiro; no Triângiulo e no Sul, as cidades se viraram para São Paulo. Nós precisamos trazer de volta estas cidades para Minas. A forma é prestar atenção a estas cidades e atender as demandas delas. Criar infraestrutura para ligar os nossos grandes centros e abandonar a ideia de oposição entre o centro político com o interior tem prejudicado muito o desenvolvimento econômico do Estado”, avalia.

COM: O TEMPO