O proprietário de uma oficina e um de seus funcionários foram formalmente acusados pela morte de quatro jovens que foram intoxicados por gás tóxico dentro de uma BMW.
De acordo com a conclusão da Polícia Civil, um componente instalado de maneira "precária" resultou no vazamento de gás no interior do veículo. Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro, 21 anos, Karla Aparecida dos Santos, 19 anos, e Nicolas Koyaleski, 16 anos, estavam em Balneário Camboriú para celebrar o Ano Novo.
Os jovens perderam a vida por asfixia devido à exposição ao monóxido de carbono. As medições revelaram concentrações de 1.000 ppm (partículas por milhão) de monóxido de carbono dentro do veículo, enquanto o padrão normal varia de 20 a 30 ppm.
A investigação policial revelou que o veículo foi alterado em uma oficina localizada em Aparecida de Goiânia (GO) em julho de 2023. O serviço foi executado por um indivíduo de 48 anos sem formação técnica, sob a supervisão e controle do proprietário da oficina, de 35 anos.
A peça instalada no veículo substituiu o catalisador original e foi "produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante", conforme declarado pela polícia. Ambos os homens foram indiciados por quatro homicídios culposos, quando não há intenção de matar.
A defesa da oficina alega que a troca do escapamento foi realizada por uma empresa terceirizada. No entanto, o advogado David Soares não forneceu informações sobre o nome da empresa terceirizada, nem sobre quando ou onde a peça foi fabricada ou adquirida.