A Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febasgo), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), lançou o Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério, para baixar gratuitamente, que reúne orientações fundamentais sobre essa questão de saúde pública.
Elaborado por um grupo de 16 especialistas em ginecologia obstetrícia, o guia destaca a importância de medidas preventivas para evitar complicações decorrentes da dengue durante a gravidez e após o parto.
O manual ressalta a atratividade das gestantes para o mosquito Aedes aegypti, devido ao odor e ao aumento do gás carbônico exalado pela pele, juntamente com o aumento da temperatura corporal. Gestantes e puérperas são consideradas grupos de risco para complicações decorrentes da dengue, segundo a Febasgo.
Entre as recomendações, está o uso de repelentes aprovados pela Anvisa, como picaridina, icaridina, DEET, IR 3535 ou EBAAP. Além disso, a escolha das cores das roupas pode influenciar na atração do mosquito, sendo a cor branca menos atrativa, enquanto cores como vermelho, azul, alaranjado ou preto devem ser evitadas.
Em casos leves de infecção, repouso e aumento da ingestão de líquidos são indicados. No entanto, gestantes com dengue necessitam de acompanhamento médico regular, incluindo avaliação do hemograma até 48 horas após a febre desaparecer.
Em situações graves, a internação é recomendada, podendo ser necessária a transferência para uma unidade de terapia intensiva.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano em comparação com o mesmo período de 2023.
Medidas como controle de criadouros do Aedes aegypti, uso de inseticidas e repelentes, além da nebulização ambiental ou domiciliar, são essenciais para prevenir a contaminação.
FONTE: Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febasgo), da Agência Brasil e do Ministério da Saúde (MS).