O preço do barril de petróleo superou a barreira dos US$ 100 nesta quarta-feira (2), em um momento de grande preocupação com o abastecimento mundial devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Por volta das 6h40, o barril do tipo Brent subia 5,99%, negociado a US$ 111,26, enquanto que o WTI subia 5,85%, a 109,46. Mais cedo, o Brent atingindo US$ 113,02 – o maior pico desde 2014, enquanto que o WTI atingiu US$ 110,18, registrando a maior cotação desde 2013.
Os dois principais indicadores de preços de petróleo estão em alta desde que a Rússia – terceiro maior produtor de petróleo do mundo – invadiu a Ucrânia na semana passada, desencadeando uma série de sanções contra Moscou, o que bloqueia as exportações.
Na véspera, o barril do Brent fechou em alta de 7,14%, a US$ 104,97, enquanto o barril do WTI ficou em US$ 103,41, alta de 8,03%, após subir mais de 11% durante o dia.
“Enquanto a situação se intensifica na Ucrânia, os preços continuarão subindo, porque aumenta a probabilidade de que as exportações russas sejam sancionadas e se tornem inacessíveis”, avaliou John Kilduff, da Again Capital.
Os operadores de petróleo bruto mantêm a atenção em uma reunião que acontece hoje entre os países produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Seu dez parceiros adicionais (Opep+), entre eles a Rússia, também participarão para discutir um eventual aumento na produção.
A disparada do petróleo coloca mais pressão sobre os preços dos combustíveis no Brasil. Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. O último reajuste foi anunciado em 11 de janeiro. Na semana passada, a estatal disse que iria monitorar impacto de invasão à Ucrânia para petróleo antes de decidir sobre reajustes.
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