Conforme noticiou o jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 7, Gilberto Carvalho, ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e homem de confiança do ex-presidente Lula, é quem está comandando as articulações. O objetivo do núcleo: adaptar a comunicação das campanhas ao protestantismo.
Benedita da Silva (PT-RJ), deputada e coordenadora do Núcleo de Evangélicos do PT (NEPT), afirma que a federação formada por PT e PSB busca reverter a ideia de que evangélicos são antiesquerda. “No governo Lula, os evangélicos melhoraram de vida, e os dízimos das nossas igrejas aumentaram”, disse.
Com a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, e em meio às denúncias de corrupção da Lava Jato contra o PT, pastores que se opõem à legenda começaram a se manifestar contra o partido. Um dos principais pontos levantados por eles foi a agenda de costumes, que associa o PT ao aborto, à liberação de drogas e à “ideologia de gênero”.
Novos aliados do PT
O partido se aproxima de evangélicos que não são filiados ao partido, como o pastor Paulo Schallenberger. Em dezembro de 2021, o pastor se encontrou com Lula, em uma reunião que durou mais de duas horas, em São Paulo.
Segundo Benedita, Schallenberger é quem procurou o PT. O pastor apresentou diversas propostas para aproximar Lula dos evangélicos.
Schallenberger já tentou se candidatar pelo Podemos, mas não se elegeu. Agora, o pastor atua nos bastidores do movimento neopentecostal em defesa dos petistas. Schallenberger, que hoje apoia a sigla, também já foi preso em Foz do Iguaçu (PR) por suspeita de posse de arma e drogas.
Nas suas origens, o PT teve forte inspiração religiosa. As Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica constituíram uma das bases do Partido dos Trabalhadores.
CRÉDITOS: REVISTA OESTE