As investigações têm como alvo, empresários e ganhadores de prêmios de 2015 e 2016, alguns deles da ordem de R$ 300 mil
Um grupo que vende supostos títulos de capitalização foi alvo de operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (22/3).
As investigações identificaram que o grupo criminoso tinha bases em mais de um estado da Federação e teria lavado cerca de R$ 12 milhões. A ação foi batizada de Operação Venerália.
Três frentes foram apuradas: lavagem de valores obtidos com a venda das cartelas, por meio de omissão da real quantidade efetivamente comercializada; possível fraude nos sorteios das cartelas numeradas; e suposto desvio do quinhão que deveria, por força de lei, ser creditado a entidade beneficente ou de utilidade pública.
As investigações têm como alvo empresários e ganhadores de prêmios de 2015 e 2016, alguns deles da ordem de R$ 300 mil. Os investigados responderão por crimes de lavagem de bens e valores, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. As penas, somadas, podem chegar a 22 anos de prisão.
A Polícia Federal atendeu 27 ordens judiciais, todas expedidas pela 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, sendo nove medidas cautelares judiciais específicas e 18 mandados de busca e apreensão em desfavor de pessoas físicas e jurídicas. Elas foram cumpridas nas cidades mineiras de Belo Horizonte e Varginha, além de Porto Alegre (RS), Chapecó (SC), Blumenau (SC), São Paulo (SP), Cajamar (SP), Tanabi (SP), Presidente Prudente (SP), Matão (SP), Caruaru (PE), Garanhuns (PE) e Cachoeirinha (PE).
Venerália
O nome da Operação é uma alusão ao festival dedicado à deusa Vênus, que ocorria em 1º de abril de cada ano (no calendário gregoriano, Dia da Mentira), em face à fraude nos sorteios, também objeto da investigação.
Rifas
Nessa segunda-feira (21), a coluna divulgou, em primeira mão, a deflagração da Operação Huracán, desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A ação desmantelou um esquema criminoso envolvendo rifas clandestinas e lavagem de dinheiro que rendeu milhões de reais ao youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido na internet como Klebim. As investigações apontaram que uma sofisticada rede de laranjas era usada para ocultar a fortuna amealhada com o sorteio de veículos de luxo.
COM: METRÓPOLES