terça-feira, 15 de março de 2022

EX- CANDIDATO A PREFEITO FOI UM DOS ALVOS DA OPERAÇÃO DO GAECO SOBRE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EM PRESÍDIO

Zacarias Piva, foi alvo de um dos mandados judiciais cumpridos na operação.


Ex-candidato a prefeito foi um dos alvos da Operação do GAECO sobre esquema de corrupção em presídio

Um dos principais alvos da operação “Penitência” é o ex-candidato a prefeito ZACARIAS PIVA derrotado nas eleições de 2020 na cidade de Varginha, no Sul de Minas.

A operação desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, foi desencadeada na manhã de segunda-feira (14/03). Ao todo foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, cinco de prisão preventiva e um de prisão temporária contra advogados, diretores, um empresário e policiais penais. Os presos foram o diretor geral do presídio de Varginha,  o diretor adjunto,  coordenador geral, e um advogado.

Um dos alvos de um dos mandados de busca e apreensão foi Zacarias Piva, que também é advogado e uma advogada.

Segundo o Ministério Público (MPMG), conforme apurou as investigações, os policiais penais cobravam propinas de presos para diversos fins, tais como: transferências para outros presídios, permanência no regime semi aberto que é domiciliar e até para os presos trabalharem internamente, dentre outras regalias. O esquema acontecia desde 2016.

Durante coletiva de imprensa na sede do Ministério Público (MPMG), Igor Serrano Silva, chefe do Gaeco de Varginha, explicou mais detalhadamente como funcionava o esquema. “Já se sabia, desde logo, a existência desse esquema. Foi apurado durante investigação, que os presos eram cientes que isso acontecia há muito tempo. E falam isso abertamente: que para obter trabalho externo, eles têm que pagar e para obter transferência, eles têm que pagar. Esses negociadores pegavam esse dinheiro e encaminhavam para os líderes do esquema, os servidores públicos.”

As prisões preventivas foram necessárias para que os acusados não atrapalhassem as investigações, já que segundo conforme disse o chefe do Gaeco, foi apurado durante as investigações que os acusados estavam destruindo provas e combinando versões. Um deles tinha o mandado de prisão expedido e estaria foragido.

Ainda durante a entrevista o promotor de Justiça, Daniel Ribeiro Costa, disse como era a participação do empresário preso. “Na verdade, o empresário, o que foi apurado é que ele tinha um elo com os responsáveis do presídio”, afirmou o promotor.

Os policiais penais foram transferidos para o presídio de Matozinhos (MG) e o advogado para Uberlândia. Ainda de acordo com o GAECO não está descartado a prisão de mais pessoas.

Veja o vídeo da Tv Alterosa:

CRÉDITOS: MINAS ACONTECE