quinta-feira, 7 de abril de 2022

10 MIL/DIA: ERA QUANTIA MÉDIA EXTORQUIDA POR GOLPISTAS DO WHATSAPP

 

Golpistas do WhatsApp conseguiam até R$ 10 mil por dia em transações

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Sete pessoas de uma organização criminosa foram presas em Cuiabá, no Mato Grosso, durante a operação

Quem não conhece ou nunca ouviu falar de alguém que caiu no golpe do WhatsApp e acabou fazendo uma transferência bancária? Visando coibir a prática deste delito, sete pessoas foram presas em Cuiabá, no Mato Grosso, durante a operação Camaleão, nesta quarta-feira (6). A organização criminosa investigada movimentava cerca de R$ 10 mil por dia. Os prejuízos às vítimas podem chegar até R$ 1,8 milhão.

A operação é fruto do trabalho integrado do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Polícia Militar (PM). O promotor de Justiça Mauro da Fonseca explicou o modus operandi do grupo. “Conseguiam os dados pessoais por meio de fontes não oficiais, os utilizavam para ludibriar familiares e se passar pelo titular. Eles pediam dinheiro que era enviado pelo PIX”.

Fonseca ressaltou que o grupo dividia as funções de maneira estruturada. “O núcleo operacional pegava os dados, habilitava os chips e fazia contato com as vítimas. Já o núcleo financeiro fornecia as contas bancárias, as chaves PIX que eram indicadas para as vítimas fazerem os depósitos e depois retirava os valores das contas para evitar o bloqueio e possível recuperação por parte da vítima”, explicou.

A organização criminosa já aplicou o golpe em 15 estados do país.

Denuncie

As investigações começaram em junho de 2021 e a major Layla Brunella, porta-voz da PM, destacou a importância das vítimas denunciarem o golpe. “Muitas pessoas deixam de registrar a ocorrência achando que isso não vai dar em nada, mas é o unir de cada um dos registros que possibilitou o sucesso desta operação”.

“É uma ação inédita no país envolvendo dois estados e deve ser ampliada ainda mais”, disse a major.

Os indícios até o momento colhidos indicam que a organização criminosa movimentou a quantia aproximada de R$ 10 mil por dia útil, o que representa cerca de R$ 1,8 milhão de prejuízos ocasionados às diversas vítimas. 

O nome da operação (Camaleão) faz referência ao fato de os estelionatários se “camuflarem” para enganar as vítimas e mudarem constantemente de identidade utilizada no Whatsapp.

WhatsApp

Procurada pela reportagem, a assessoria do WhatsApp esclareceu que “para cooperar com investigações criminais, pode fornecer dados disponíveis em resposta às solicitações de autoridades públicas e em conformidade com a legislação aplicável”.

“Por utilizar criptografia de ponta a ponta como padrão, o WhatsApp não tem acesso ao conteúdo das mensagens trocadas entre usuários. O aplicativo encoraja que as pessoas reportem condutas inapropriadas diretamente nas conversas, por meio da opção “denunciar” disponível no menu do aplicativo (menu > mais > denunciar)”, alertou.

Os usuários também podem enviar denúncias para o email support@whatsapp.com, detalhando o ocorrido com o máximo de informações possível e até anexando uma captura de tela.

CRÉDITOS: FOLHA DA MANHÃ/ASCOM/PMMG