Cientistas publicam segunda carta em defesa da
hidroxicloroquina: “ciência está politizada”
Um grupo de 25 cientistas que defende o uso da hidroxicloroquina nas fases iniciais da Covid-19 escreveu uma segunda carta em defesa do uso da substância contra o que eles chamam de "pseudocientistas", pesquisadores que estariam deturpando a ciência por motivos pessoais e políticos - no caso, para atingir o governo federal. No documento, eles lembram que não existem pesquisas definitivas sobre nenhum medicamento que está sendo usado contra a doença; que não há provas de que hidroxicloroquina funciona, mas que ela tem se mostrado em todo o mundo tão ou mais eficaz do que outros remédios, e que os efeitos colaterais são mínimos se usada na dose correta. A carta foi escrita por Marcos Eberlin, doutor em Química e professor da Universidade Mackenzie, com 25 mil citações em pesquisas. Os outros signatários da carta são citados 44 mil vezes em artigos científicos.
Depois de citar que países como EUA, Espanha, França,
Itália, Índia, Israel, Rússia e Senegal estão usando a hidroxicloroquina no
combate à Covid-19, em conjunto com outras substâncias, estudando livremente
qual seria a melhor solução para tratar da doença, os cientistas citam docentes
e pesquisadores que, ao criticar o uso da hidroxicloroquina, estariam usando
"a ciência para defender sua opinião, seu bolso, ou sua paixão".
"Indignado, ouço todos os dias prefeitos e governadores
afirmando, a plenos pulmões, que 'seguem a ciência'. Presidentes de conselhos e
alguns de seus conselheiros, e de academias, e reitores em seus gabinetes
escrevem cartas em nome de toda a sua comunidade, como se fosse uma posição de
todos, consensual. Nada mais falso. Seguem a ciência? Seguem nada! Seguem a ala
da ciência que gostam, e os cientistas que do seu lado eles escolheram colocar.
Desprezam a outra ala da ciência, pois há também centenas de cientistas e
artigos que se opõe às suas posições e medidas".
Na carta, eles fazem uma crítica dura a um estudo de Manaus,
publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).
No final, os cientistas reiteram que não há estudos
definitivos sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, mas,
como no caso de outros remédios, reforçam que experiências bem-sucedidas que
devem ser levadas em conta. Citando ainda, que nas doses usadas há 40 anos pelos
usuários desse medicamento, os efeitos colaterais são mínimos.
"Se há então dúvida, pela 'ciência', e uma
possibilidade plausível é a cura, com a HCQ, e se a droga é barata, quase de
graça, disponível e distribuída por vários laboratórios no Brasil (Cristália,
Apsen, EMS, Forças Armadas, Sanofi-Aventis), e se ela apresenta efeitos
colaterais mínimos em dosagem agudas de só 5 dias (muitos tomam a droga
diariamente por anos), como todo o fármaco (vide a aspirina e o paracetamol), e
se o réu corre ou pode correr maior risco de vida, se não medicado, então
PRÓ-VIDA!".
Leia a carta na íntegra:
Ao Brasil,
A “ciência” da Pandemia
Nessa pandemia, o termo “ciência” tem sido utilizado “ad
nauseam”. Repetem a exaustão: “Ciência, ciência, ciência”, eu sou
“pró-ciência”, e “por ela, nela e para ela” me guio e atuo. “Eu, portanto,
estou certo, coberto de razão”. É nítida aqui a intenção de conduzir-nos todos
à ideia de decisões alicerçadas em algo inquestionável e infalível, tão
científico com uma lei, como a lei da gravidade.
Grupos de “experts da ciência” ou famosos cientistas do
YouTube, muito deles “mirins”, alguns com mínima ou nenhuma experiência em
combates de pandemias, são selecionados pelo establishment e pela mídia para
dar um “verniz científico” para o isolamento social e a condenação da
hidroxicloroquina (HCQ) como uma droga ineficaz; pior, mortal.
Simulações desastrosas apocalípticas do “Imperial College” –
esse nome pomposo que nos remete à ideia de um centro de excelência e saber
infalível, onipotente e inquestionável, um “Colégio Imperial” – são usadas para
colocar todo mundo em casa, e para então comparar dados como sendo a referência
absoluta da verdade. “Algo fizemos e por isso, esse tanto de óbitos reduzimos.
Salve a “ciência”!
Mas que “ciência” seria essa para qual apelam? E quem, em
nome dessa “ciência”, estaria autorizado a falar? Ciência (sei que há
controvérsias, pois cientistas divergem até sobre o seu significado) é “a busca
desapaixonada pela verdade sobre o Universo e a vida”. Mas por ironia, buscamos
verdades que nem sequer sabemos como essas verdades seriam, ou onde estariam.
Por isso, às vezes, por ironia, mesmo quando cientistas
acham uma verdade de fato verdadeira, duvidam até de tê-la achado.
Ziguezagamos literalmente no escuro em busca de soluções para os nossos
problemas. Por isso, falamos às vezes que: “comer ovos é ruim, aumenta o
colesterol; às vezes que é bom, coma à vontade”.
Richard Feymann assim a classificou: “A ciência é a cultura
da dúvida”. E eu acrescento, “ciência é a cultura do embate, da divergência de
opiniões”.
Raras são as situações em que alcançamos consenso em
ciência, mesmo que provisório. Uns defendem o “Big Bang” e a evolução, outros
os questionam, entre eles, eu. Uns com dados defendem o papel central do homem
no aquecimento global, outros afirmam com os mesmos dados que é irrelevante.
Cientistas são seres, portanto, céticos e questionadores que podem e devem sim
falar por si, como cientistas que são, mas NUNCA UM CIENTISTA OU UM GRUPO DELES
PODE SE DECLARAR AUTORIZADO A FALAR EM “NOME DA CIÊNCIA!”
Ninguém, absolutamente ninguém está autorizado a falar pela
ciência ou declarar que por ela é “guiado”! Em tempos de pandemia, essa
impossibilidade é maior ainda, pois enfrentamos um inimigo ainda pouco
conhecido. Dados ainda estão sendo coletados, e as pesquisas são feitas por
cientistas divididos por suas cosmovisões e preferências políticas e
partidárias.
Quem disse que agiu em nome da ciência, desonestamente
usurpou o prestígio dela. Pois que tipo de “ciência” foi essa, unânime e
consensual, que dela ninguém nunca ouviu falar? Poderiam me passar seu endereço
para com ela seu consentimento eu confirmar? Telefone, e-mail, WhatsApp?
Quanto à hidroxicloroquina (HCQ), o embate científico
inevitável entre teses fica nítido quando cientistas renomados por todo o mundo
e no Brasil, como o virologista Paolo Zanotto (com 7,4 mil citações
científicas) e os médicos Didier Raoult (com 148 mil citações), Philip M.
Carlucci e Vladimir Zelenko, defendem seu uso baseados em estudos e artigos,
enquanto outros, também renomados e baseados nos mesmos e em outros estudos e
artigos, a condenam. Inúmeros países como EUA, Espanha, França, Itália, Índia,
Israel, Rússia e Senegal usam o fármaco no combate à covid-19, enquanto outros
eximem-se em utilizá-lo como uma das estratégias para contenção da pandemia,
apostando em táticas também controversas.
Quem fala então aqui em nome da “ciência”? Qual grupo tem o
monopólio da razão e a autorização exclusiva de ser da “ciência” seu porta-voz?
Cadê a autorização?
Escolha uma opinião, e baseie nela sua estratégia, tudo bem,
mas não cometa o sacrilégio de proteger sua decisão e correr o risco de manchar
com ela o “manto sagrado da ciência”.
Indignado, ouço todos os dias prefeitos e governadores
afirmando, a plenos pulmões, que “seguem a ciência”. Presidentes de conselhos e
alguns de seus conselheiros, e de academias, e reitores em seus gabinetes
escrevem cartas em nome de toda a sua comunidade, como se fosse uma posição de
todos, consensual. Nada mais falso.
Seguem a ciência? Seguem nada! Seguem a ala da ciência que
gostam, e os cientistas que do seu lado eles escolheram colocar. Desprezam a
outra ala da ciência, pois há também centenas de cientistas e artigos que se
opõe às suas posições e medidas.
Pior, cientistas não são anjos. Cientista é gente, e gente
tem gostos e desgostos, paixões e opiniões político-partidárias. Ou não teriam?
Há muitos cientistas, portanto, que fazem o bem sem olhar para quem, conheço e
admiro muitos. Mas há pseudocientistas que usam a ciência para defender sua
opinião, seu bolso, ou sua paixão. Cientistas trabalharam e ainda trabalham com
afinco e desprendimento para contribuir para o bem da humanidade, muitos dos
quais estão hoje em laboratórios, arriscando suas vidas para desenvolver novos
métodos de detecção do coronavírus, drogas e vacinas, quando poderiam ficar em
casa. Mas, para ilustrar, conheço cientistas que publicaram artigos, uns até na
“Science” ou na “Nature”, com dados fabricados de madrugada, outros que
retiraram pontos de suas curvas, e outras estratégias afins.
Muitos cientistas estavam ao lado de Hitler, ou não estavam?
Agiram eles em nome da “ciência”? Outros desenvolveram bombas atômicas. Outros
desenvolvem ainda hoje armas químicas e biológicas e drogas ilícitas, de
design.
O trabalho de Manaus com a cloroquina (CQ)
publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) (1) é
emblemático nessa discussão de “ciência”. Cientistas lá usaram, o
manuscrito revela, doses letais em pacientes debilitados, muitos em estados
grave e com comorbidades. O perfil do grupo parece não ter sido “randomizado”,
pois nota-se uma nítida “preferência” no grupo da ALTA DOSE por fatores de
risco. Usou-se cloroquina, mais tóxica, e parece que cometeram “erros infantis”
até em cálculos simples de estequiometria, dobrando com o erro a dosagem. Não
sei julgar intenções, a justiça julgará. O ex-ministro Mandetta citava
esse estudo, o apoiou, e com base nele declarava categoricamente: “Não aprovo a
cloroquina pois me baseio em “ciência, ciência, ciência”!
Outro estudo publicado por pesquisadores chineses no British
Medical Journal (BMJ) e que ainda é insistentemente usado contra a HCQ foi
também no mínimo revoltante (2). Nele os autores declaram: “administramos 1.200
mg por 3 dias, seguido de 800 mg por 12 a 21 dias, em pacientes com sintomas de
moderado a severo”. Ou seja, administraram um “caminhão” da droga que poderia
chegar no final ao absurdo de 20 gramas, e deram tarde demais (deve-se
administrar a HCQ nos primeiros sintomas ou até antes). E pior, superdosagem de
HCQ ou qualquer outra droga para casos severos é venenoso. O que você achou,
foi boa ciência? A dosagem recomendada desde ontem (20/05/2020), pelo
Ministério da Saúde, para sintomas leves é de 2 vezes 400 mg no primeiro dia
(de 12h em 12h) e 400 mg por 5 dias num total de 2,8 gramas.
Em outros estudos publicados, também nessas revistas de
renome internacional como The New England Journal of Medicine, JAMA e BMJ
(3-5), mais uma vez nota-se claramente “problemas”, pois ou os pacientes foram
randomizados de maneira irregular, colocando-se nos grupos pacientes mais
graves e hipoxêmicos, ou mais homens (quase 3 vezes mais mortais por covid que
mulheres), ou mais negros (nos USA negros apresentam maior mortalidade) e mais
fumantes, e onde a maioria das mortes ocorreu nos primeiros dias dos estudos
(sinais que foram de pacientes graves, que nessa fase seriam mais “intoxicados”
do que “tratados” com a HCQ), ou administraram a HCQ sozinha, quando se sabe
que é preciso associá-la pelo menos à azitromicina. Um desses estudos (5)
administrou a HCQ apenas no décimo sexto dia de sintomas (para tratamento
realmente precoce, deve-se iniciar administração da HCQ até o quinto dia), ou
seja, já no fim da doença, quando o remédio pouco ou nada pode fazer.
Esses trabalhos indicam que ou esqueceram como se faz
“ciência” ou que há um enorme esforço para provar que a HCQ não funciona, custe
o que custar. Como alguém ou até Conselhos e Academias de Medicina podem citar
tais trabalhos como a “ciência” de suas decisões? Como?
Na contramão, o estudo publicado e hoje já com mais de 3 mil
pacientes testados, e realizado pelo Dr. Didier Raoult na França (6), usando a
dosagem correta e na hora certa, com uma baixíssima taxa de mortalidade (0.4%),
e a experiência clínica da Prevent Senior no Brasil, também bastante
alentadora, são desqualificados com argumentos deveras “fúteis” como: “Didier
Raoult é um pesquisador polêmico e indigno de crédito”, “Na Prevent não tinham
certeza do diagnóstico” (mas quase nenhum internado com sintomas claros de
COVID morreu), “efeito placebo” (que poder sobrenatural da indução de nossa
mente que reduz de 40% para zero a mortalidade, eu quero este placebo!),
“estudo feito por plano de saúde” (esses eu não duvido que queiram salvar
vidas, pois sobretudo são seus clientes, que pagam suas contas), e efemeridades
afins.
Posto em meu Facebook, quase que diariamente,
trabalhos, estudos e relatos incríveis a favor da HCQ. Muitos comigo se
solidarizam, mas alguns são veemente contrários, e me confrontam com argumentos
tipo: “como pode um cientista de seu gabarito perder seu prestígio para
defender esse presidente?”. Alguns eu conheço pessoalmente, outros pesquiso em
seus perfis. Pode existir, eu sei, mas não encontrei sequer um desses amigos
até agora que não seja de esquerda, combata o atual presidente do Brasil e, via
de regra, não seja favorável ao desastrado #FiqueEmCasa.
Mas a pergunta mais importante creio que seria esta: estamos
absolutamente certos pela “ciência” que a HCQ é eficiente e salva vidas? Creio
que não. A chance é alta, mas certo nenhum cientista está. Daqui há alguns
anos, talvez. Estamos absolutamente certos hoje que a HCQ não salva? Claro que
não, ninguém honestamente está. Quero, portanto, deixar a “ciência da dúvida”
de lado, pois cientistas divergem, e apelar para outra área: o direito.
Inclusive, remeteram a questão até para lá, para que juízes julguem com base na
“ciência”. Basta saber quem por ela falará. Mas há, em Direito, um princípio,
esse inquestionável e consensual, que deveria ser usado para definir o dilema:
“In dubio pro reo”. Ou seja, na dúvida, favorecimento ou
absolvição do réu (no caso a HCQ).
Se há então dúvida, pela “ciência”, e uma possibilidade
plausível é a cura, com a HCQ, e se a droga é barata, quase de graça, disponível
e distribuída por vários laboratórios no Brasil (Cristália, Apsen, EMS, Forças
Armadas, Sanofi-Aventis), e se ela apresenta efeitos colaterais mínimos em
dosagem agudas de só 5 dias (muitos tomam a droga diariamente por anos), como
todo o fármaco (vide a aspirina e o paracetamol), e se o réu corre ou pode
correr maior risco de vida, se não medicado, então PRÓ-VIDA!
QUE TODOS, ABSOLUTAMENTE TODOS OS BRASILEIROS QUE ASSIM
DESEJEM, TENHAM O DIREITO DE SER TRATADOS COM A HCQ.
Isso sim é ciência, não a “ciência” que eu gosto ou a que
usurpam por aí, mas a “ciência” que temos aqui e agora, baseada nos fatos de
hoje, na razão.
Por fim, lembremos todos que diante da uma doença nova e da
sua progressão extremamente veloz nos mais debilitados com complicações
gravíssimas, e de tantas incertezas no diagnóstico, e por tratarmos não papéis
nem exames, mas PESSOAS, faz-se imperativo ao médico decidir no olho a olho com
seus pacientes, invocando não a “ciência” de alguns, mas a bússola valorosa da
medicina que salva vidas desde os primórdios da medicina: “A CLÍNICA É
SOBERANA!”
Prof. Marcos N. Eberlin
Email: mneberlin@gmail.com
Amilcar Baiardi, Universidade Católica de Salvador –
UCSAL, 2,5 mil citações
Bento João da Graça Azevedo Abreu, Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, 77 citações
Carlos Adriano Ferraz, Universidade Federal de Pelotas
– UFPel, 8,7 mil citações
Donato Alexandre Gomes Aranda, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, 3,6 mil citações
Elvis S. Böes, Instituto Federal de Brasília, 686
citações
Esteban Lopez Moreno, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 302 citações
Heloísa Candia Hollnagel, Universidade Federal de São
Paulo
Jaime Henrique Amorim, Universidade Federal do Oeste da
Bahia, 407 citações
José Roberto Gomes Rodrigues, Universidade do Estado da
Bahia
Kin Shung Hwang, sem afiliação
Laércio Fidelis Dias, Universidade Estadual Paulista
288 – UNESP, 125 citações
Leonardo Vizeu Figueiredo, Universidade Federal
Fluminense – UFF, 280 citações
Luciano Dias Azevedo, médico anestesiologista, CRM
104.119 SP
Marcelo Henrique Napimoga, sem afiliação, 3,8 mil
citações
Marcelo Hermes Lima, Universidade de Brasília, 6,3
mil citações
Marcos N. Eberlin, Universidade Presbiteriana
Mackenzie, 25,2 mil citações
Ney Rômulo de Oliveira Paula, Universidade Federal do
Piauí, 150 citações
Pablo Christiano Barboza Lollo, Universidade Federal da
Grande Dourados, 1,1 mil citações
Pedro Jorge Zany P. M. Caldeira, Universidade Federal
do Triângulo Mineiro, 65 citações
Paulo Roberto Ferreira Louzada Junior, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 3,1 mil citações
Peterson Dayan Machado Goncalves, Instituto de Educação
Superior de Brasília
Rafael Jose de Menezes, Universidade Católica de
Pernambuco
Rodrigo Caiado de Lamare, PUC-RJ e University of
York, 11,5 mil citações
Rosivaldo dos Santos Borges, Universidade Federal do
Pará, 761 citações
Rui Seabra Ferreira Junior, Universidade Estadual
Paulista – UNESP, 1,3 mil citações
(Os pesquisadores que assinam a carta somam mais de 69 mil
citações.)
Referências:
https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2765499
https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1849https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2012410
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2766117
https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1844
https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1849
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32387409/
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