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26/02/2025 | 4 min de leitura
O número de adultos vivendo com diabetes no mundo
ultrapassou a marca 800 milhões no final do ano passado. Isso representa um
aumento de quatro vezes desde 1990. A doença crônica se caracteriza por níveis
elevados de açúcar no sangue e é considerada incurável.
Um cenário que pode mudar a partir do resultado de novo
estudo pré-clínico. Pesquisadores conseguiram reverter um caso de diabetes tipo
1 através de uma técnica que combina o transplante de células produtoras de
insulina com células formadoras de vasos sanguíneos modificados.
Objetivo é restaurar a capacidade do corpo produzir
insulina
Os cientistas explicam que as ilhotas pancreáticas são o único tecido humano
que produz insulina em resposta ao aumento dos níveis de glicose no sangue.
No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói lentamente estes
grupos de células, o que causa à deficiência.
Nos últimos anos, a ciência fez progressos notáveis em relação ao transplante
de ilhotas.
O objetivo é restaurar a capacidade produção de insulina pelo organismo.
No entanto, um grande desafio tem sido replicar o ambiente rico em vasos
sanguíneos do qual as células dependem para sobreviver.
Camundongos com a doença passaram por experimento
Agora, pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, tiveram
sucesso ao transplantar ilhotas junto com células formadoras de vasos
sanguíneos modificadas. Esta técnica foi capaz de reverter o quadro de diabetes
em testes feitos em camundongos.
O objetivo da equipe era desenvolver uma técnica menos
invasiva que permitisse que as ilhotas fossem implantadas em um local mais
acessível, sob a pele, e que permitisse a sobrevivência delas. Para isso, eles
projetaram células endoteliais humanas genéricas, que revestem o interior dos
vasos sanguíneos.
O trabalho mostrou que é possível criar uma rede de vasos
capazes de transportar o sangue a partir destas células modificadas. Além
disso, as ilhotas se incorporaram à rede vascular recém-formada, o que
significa que o organismo voltou a ser capaz de produzir insulina.
Os cientistas agora querem avançar nos estudos para
comprovar que a técnica seja segura e eficaz em humanos. A esperança é que a
nova abordagem possa significar a cura da diabetes. As conclusões foram
descritas em estudo publicado na revista Science Advances.
Fonte: Olhar Digital