quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

PREÇOS DA CARNE, CAFÉ, E AZEITE VÃO CONTINUAR A SUBIR? VEJA AS PREVISÕES PARA OS ‘VILÕES’ DA INFLAÇÃO

 

12 de fevereiro de 2025 - 3 minutos de leitura 

Com o início de 2025, consumidores e o governo estão atentos ao comportamento dos preços dos alimentos. Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do mês de janeiro registrou uma leve alta. Nesse contexto, produtos como carne, café e azeite apresentam elevações significativas de preço, alimentando a preocupação sobre a continuidade dessa tendência.

Como o preço da carne continua subindo?

Preços da carne, café, e azeite vão continuar a subir? Entenda as previsões para os 'vilões' da inflação
Carne – Créditos: depositphotos.com / ArturVerkhovetskiy

A alta nas exportações de carne, favorecida pelo câmbio, diminui a oferta interna. Além disso, o abate elevado de fêmeas nos anos anteriores, para gerar caixa imediato, comprometeu a reposição de rebanhos, o que pressiona os preços no médio prazo. A expectativa é que esse cenário de alta se mantenha nos próximos anos, até que o número de animais seja restabelecido.

Como o clima afetou a produção nacional de café?

O café, um dos produtos mais consumidos no Brasil, tem enfrentado desafios significativos. O ano de 2024 foi marcado por condições climáticas adversas, incluindo uma seca severa seguida de chuvas intensas, que prejudicaram a produtividade dos cafezais. Além disso, o café possui um ciclo de produção bianual, em que anos de menor oferta alternam com anos de maior disponibilidade.

As previsões indicam que 2025 será um ano com menor oferta, o que manterá os preços pressionados. Com isso, o café permanece como um dos itens sujeitos a aumentos significativos nos preços, influenciando tanto o mercado interno quanto o externo.

Qual é a perspectiva para outros produtos alimentícios?

Além de carne e café, outros produtos como laranja, óleo de soja e azeite também estão sob a influência de fatores de mercado e condições climáticas que afetam seus preços. A safra de laranja em 2024 foi severamente impactada por secas, especialmente considerando o papel do Brasil como grande produtor e exportados.

O óleo de soja, embora tenha registrado uma queda nos preços em janeiro, ainda acumula uma alta de 24,55% nos últimos 12 meses. Já o azeite, predominantemente importado, sofre a influência de preços internacionais e câmbio desvalorizado, dificultando reduções significativas de preço no mercado interno.

Para os brasileiros, a alta nos preços dos alimentos representa um desafio contínuo, tornando essencial o acompanhamento constante das dinâmicas do mercado por parte do governo e das famílias.

COM: IBGE/TBN - Felipe Dantas